quinta-feira, 4 de março de 2021

A Saga de Carlota - a 1a audionovela de divulgação científica do país e 1a filhota do podcast Fronteiras da Ciência


No próximo dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher - uma data fundamental de lutas em todo o mundo - estreará a primeira "radionovela" (ou "audionovela") de divulgação científica do país. A ciência como ela é – A Saga de Carlota é  uma "podfiction" - termo em inglês que se refere ao fato de ser veiculada como podcast, ou seja, um arquivo de áudio portátil, e não através do rádio, como tradicionalmente ocorria - mas não se preocupem, será toda falada em português. 
 
Trata-se de uma versão ampliada da peça em cinco esquetes criada em 2017 pela colegas Carolina Brito e Márcia Barbosa, professoras do Instituto de Física da UFRGS, e apresentada em vários congressos científicos no país e no exterior *. É também o primeiro "filhote" (ou spin-off) oficial do Fronteiras da Ciência, o que nos dá muito orgulho. O projeto foi selecionado para receber o apoio do Instituto Serrapilheira no edital Camp Serrapilheira 2019 de Divulgação Científica.



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sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

Veni, Covid, Vici!


 


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sexta-feira, 25 de dezembro de 2020

Perdido no espaço! O desconhecido Programa Espacial Brasileiro e a síndrome de vira-lata

Amazônia-1 um satélite totalmente nacional
No programa final do Fronteiras da Ciência deste ano - "O melhor da Ciência e Tecnologia da década" (T11E40, nosso editorial de fim de ano) - comentava sobre os programas espaciais dos países como China (missão à Lua) e Índia (missão à Marte) e mencionei que "inclusive nosso programa espacial é muito bom". Soube, então, que alguns não acreditaram, e houve até quem dissesse que o programa aeroespacial brasileiro teria retrocedido para pequenos lançadores e micro satélites. É fato que nos últimos anos o país inteiro retrocedeu em vários setores, em particular no apoio à C&T, bem sabemos, mas se até as pessoas bem informadas têm essa percepção do setor de tecnologia de ponta em nosso país é por que sua divulgação anda bastante falha, por isso acho que vale a pena compartilhar algumas observações e dados.

Quanto aos lançadores, a crítica, de certo modo, procede, os projetos de lançadores maiores deixaram de ser prioridade desde o acidente de Alcântara em 2003, mas o programa não consiste apenas de "microsatélites", como mostra, por exemplo, esta matéria deste ano.
No seu lugar, o Brasil estabeleceu colaborações com diversos países para fins de lançamento de satélites (França, China, Índia e Rússia, sobretudo). Aliás, o programa de lançadores continuou se desenvolvendo, como pode-se ver nesta publicação do EAE (Instituto de Aeronáutica e Espaço) de 2018, embora mais no setor militar, infelizmente.

O problema é que há um verdadeiro apagão midiático acerca de tudo que desenvolvemos de alta tecnologia e megaprojetos científicos no Brasil, especialmente desde abril de 2016 com a interrupção da normalidade democrática: por exemplo, o Criosfera1 na Antártica (e o 2 a caminho - no qual a UFRGS tem um papel proeminente), a participação nos consórcios internacionais Gemini SOAR de grandes telescopios, o Observatório de Torre Alta ATTO de estudos climáticos na Amazônia, as tecnologias únicas da PETROBRÁS que levaram à descoberta do Pré-Sal, nosso submarino nuclear, as aeronaves de distinto porte desenvolvidas pela EMBRAER (mais detalhes aqui), etc,etc - enfim, a lista não é pequena.

O Brasil tem 9 satélites em órbita, e apenas 3 desses são nanossatélites, todos de uso educacional (suponho que sejam os micro satélites mencionados). Quatro dos grandes são relativamente antigos, mas o CBERS-4 foi lançado há apenas seis anos de Talyuan na China, e o SGDC-1, um geoestacionário de defesa, subiu em 2017 numa colaboração com a França. Nosso décimo satélite será o Amazonia I , completamente desenvolvido no Brasil, programado para ser lançado em fevereiro de 2021 próximo a partir da base SHAR/Sriharicota na India, também nos marcos de uma cooperação internacional. Fora isso há projetos mais ambiciosos que estão em fase avançada de desenvolvimento, como o satélite científico Monitor e Imageador de Raios-X MIRAX (veja contextualização aqui) e a missão ASTER , uma sonda espacial brasileira que estudará um asteróide carbonáceo triplice chamado 2001SN263. Sobre esses últimos dois projetos, e muito mais, sugiro que escutem os programas do Fronteiras T07E06, T07E10 e T07E13).

Diante disso, e apesar dos cortes na C&T e todas as dificuldades que vimos enfrentando no pais, parece-me equivocado imaginar que o programa espacial brasileiro está parado. Basta seguir a página www.inpe.br/noticias para saber de tanta coisa interessante que fazemos. A grande mídia tem grande responsabilidade no tocante à invisibilidade de todo esse trabalho, não demonstra interesse em mostrar brasileiros se esforçando para desenvolver uma nação soberana, só enfoca nosssa mazelas de corrupção e prepotência. Quando fala, seu objetivo parece ser realimentar um certo complexo de vira-lata, a idéia de que certas coisas são "areia demais pro nosso caminhãozinho". Bem, temos capacidade e podemos fazer o que bem entendermos!  

O Brasil já está no espaço, e pode muito mais!

O problema são os entreguistas - ora no comando, e eles controlam boa parte da narrativa pública. Por isso é importante irmos sempre às fontes (ou à wikipédia).

Ano que vem gravaremos balanços desses projetos.


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terça-feira, 15 de dezembro de 2020

O apocalipse zumbi aconteceu: o que nos resta após 233 semanas de pós-verdade?

Há exatos 1632 dias - 233 semanas - fizemos nossa última postagem neste blog - pouco mais de dois meses após o golpe jurídico-parlamentar-midiático de 17 de abril (que mal chegamos a comentar). O momento pedia urgência e como estávamos afogados em tarefas, trocamos escrever por falar, e seguimos analisando, criticando, denunciando no podcast Fronteiras da Ciência, que encerrou esta semana sua 11a temporada, com 436 programas produzidos.

Não comentamos o golpe diretamente antes, mas o essencial está contido na última postagem (logo abaixo). E, aparentemente, a única coisa que não deveríamos nunca perder de vista, foi exatamente o que se perdeu.

Resgatemo-la, então!


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segunda-feira, 27 de junho de 2016

O que não deveríamos esquecer na longa trilha...

Com algum atraso - pois fora escrito para registrar o
Ano Internacional da Luz / 2016, publiquei na edição de abril de 2016 (No. 167) de Scientific American Brasil, a coluna Observatório a seguir. Para manter a tradição, atrasei mais ainda para publicá-lo aqui...

O foco do artigo é um filme muito especial - Nostalgia de la Luz, do chileno Patricio Guzman, uma obra  inclassificável (como explico) e que recomendo a todos que assistam logo, caso ainda não o tenham feito. Assistam de preferência antes de prosseguir e ler a coluna abaixo.

Tod@s podem assistir a íntegra do filme aqui . Está narrado em espanhol (que não é uma lingua estrangeira) e aparece, aqui, com legendas em inglês.

As idéias foram alinhavadas para um debate realizado no IF da UFRGS durante a Semana Nacional de C&T (Semana Acadêmica da UFRGS), em 20 de outubro de 2015, após a exibição do filme.

Divirtam-se, e, sobretudo, reflitam.




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segunda-feira, 9 de maio de 2016

Você pode substituir...

Memes envolvendo o "você pode substituir" da Bela Gil existem em grande número. Mas envolvendo a transformada de Legendre, uma ferramenta muito útil em mecânica e termodinâmica, acho que os nossos são os primeiros. Este aqui foi feito pela Brenda Malabarba:


e este por mim:



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sábado, 31 de outubro de 2015

Mais um Dia do Saci !

 
Mais uma vez estamos inundados de referências "festivas" à data de 31/10, que não tem qualquer raiz em nossa cultura local, uma vez que bruxas, elfos e demônios não pertencem ao núcleo das crendices populares brasileiras. Conhecemos, é claro, através do cinema e da literatura, mas não são aquelas criaturas que nossos avós e bisavós relatavam à volta do fogão de lenha. A proposta da SOCACI, a qual eu orgulhosamente integro - apesar de ser declaradamente asiceu (não creio na existência física de Sacis) - é, de forma divertida e educativa, difundir um saudável antídoto sócio-cultural para a aculturação neocolonial que nos assola.

Como as peraltices agrárias estão de novo na moda, e
o Saci é o mais famoso travesso do meio rural,
é uma boa ocasião para Aprender a Caçar seu Saci

 Mais matérias sobre o Dia do Saci 2015: após o artigo abaixo

Dia do Saci: a resposta brasileira ao
Dia das Bruxas

No Brasil, em contraponto ao tradicional "gostosuras ou travessuras" do Halloween, temos o Saci Pererê, que não deixa a desejar no quesito travessuras.


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domingo, 11 de outubro de 2015

A era digital afeta nossos encéfalos? (reprise)


 

https://www.lojasegmento.com.br/produtos/?emocoes_a_seu_favor&idproduto=4157&action=infoNa revista Mente e Cérebro do mês de setembro de 2015 foi publicada o artigo "O encéfalo e os desafios da era digital", como parte da seção Especial Tecnologia / Psiquismo 2.0. Trata-se da versão ampliada da coluna Observatório de edição nº128 de Scientific American Brasil, de janeiro de 2013, cujo texto disponilizamos à época neste blog. Essa revista-irmã é a edição brasileira da alemã Gehirn & Geist, também pertencente ao Grupo Scientific American, dedicada à psicologia, à psicanálise  e às neurociências, e que inclui, entre outros atrativos, colunas mensais do colega Sidarta Ribeiro publicadas desde 2004.

 









&C nº 272 (Setembro 2015)


O encéfalo e os desafios da era digital
(Jorge A. Quillfeldt)

Redes sociais e videogames interativos são vistos por vários autores
como principais responsáveis pelas mudanças comportamentais
(Leia este artigo na postagem de janeiro de 2013)

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9o Congresso Mundial do Cérebro: quando as neurociências do mundo se reuniram no Brasil !


Na edição de agosto de 2015 (No. 159) de Scientific American Brasil, o artigo a seguir saiu na coluna Observatório, escrito logo antes da realização, no Rio de Janeiro, do 9º Congresso Mundial do Cérebro da IBRO, uma honraria que prestigiou toda a ciência que desenvolvemos em nosso país. Chegando com algum atraso neste blog, os interessados podem ler, a seguir, uma versão ampliada e atualizada do original.

Os interessados em conhecer mais sobre esta área no país, podem assistir aos vídeos do NeuroChannel:

https://www.youtube.com/user/neurochannel1


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segunda-feira, 6 de abril de 2015

Medicalização da Vida


 A transformação de situações normais da vida em problemas médicos, pode estar estimulando o consumo excessivo de produtos e serviços de saúde, incluindo aqueles sem qualquer base científica. Na Coluna Observatório deste mês de abril de 2014, da revista Scientific American Brasil (edição #155), Jorge Quillfeldt discute a Medicalização da Vida, uma tendência recente que cada vez abrange mais e mais aspectos de nossos quotidianos e que pode ter consequências inesperadas.


Leia, a seguir, uma versão ampliada daquela publicada na revista.


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