segunda-feira, 1 de abril de 2013

Hoje: Encruzilhadas do pensamento científico

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Esqueletos de Radiolaria desenhados por Ernst
Haeckel no século XIX já apontando ao conceito
de campo morfogenético de Rupert Sheldrake
No Fronteiras da Ciência desta segunda-feira, dois físicos teóricos, um neurocientista e um filósofo debatem alguns temas de ponta na física moderna, como a gravitação quântica e a interpretação de muitos mundos (IMM) - essa dificil encruzilhada da ciência atual onde convergem tanto a surpreendente contribuição da hermenêutica, quanto certas nuances pouco conhecidas do teorema de Gödel. Um podcast para ouvir do início ao fim (bonus após os créditos).


O programa foi ao ar na Rádio da Universidade, AM 1080 kHz, às 13h de hoje. 





9 comentários:

Chico disse...

Esse episódio do FdC foi um dos mais complexos. Sei que o tema, apesar de cientificamente sólido (Albert Einstein e Virgínia Woolf não poderiam estar errados), é muito abrangente, mas poderiam ter tentado com mais afinco simplificar para o público leigo, mesmo que para isso tivessem que apelar para o uso mais intensivo de paráforas.

Talvez devessem ter focado nos aspectos interdimensionais da transubstanciação homeopática, pela sua aplicação no SUS. Ademais. por causa dessa omissão, alguns poderiam pensar que vocês foram cooptados pela máfia da indústria alopática e do transporte coletivo em Porto Alegre. Que outra explicação haveria para quem não conhece o risco do uso da homeopatia no transporte público? Muitos não sabem sobre a chance de causar a morte de alguém em um universo paralelo onde a diluição do remédio homeopático conduziu todas as moléculas da substância ativa à mesma amostra final. É estatisticamente improvável num universo particular, mas certo no todo quando se considera a cardinalidade infinita do Multiverso.

Por fim, segundo pesquisas recentes do Institute For Specular Sciences and Resonant Systens Research, o alinhamento geométrico de espelhos planos não é suficiente para enumerar empiricamente os egos ressonantes de outras dimensões. É igualmente importante o papel do alinhamento quântico e planetário, que só não foi mencionado, suspeito, por causa do caráter fechado e discriminatório do teimoso e arrogante meio acadêmico contra o novo saber científico transcendental multidisciplinar.

Marco Idiart disse...

Como concluímos no final do programa, muito ainda deve ser adicionado. Este episódio toca apenas a ponta do iceberg, e usando uma paráfora devemos lembrar que que a profundidade das raízes não necessariamente é igual a altura da árvore.

Veja que nos limitamos por pressão de tempo a multiversos de dimensões inteiras. Questões interdimensionais, principalmente as de viés homeopático, exigem um novo programa com talvez um outro grupo de especialistas.

Chico disse...

Mas agora falando sério, a brincadeira foi longe demais, pelo menos para mim. Até os primeiros quinze minutos eu achei que fosse tudo sério e estava me sentindo estúpido por não ter o nível de instrução ou capacidade cognitiva para entender o que era dito num programa que eu sempre consegui acompanhar criticamente. "Será que só eu não estava entendendo nada?".

Repeti umas quatro vezes o 'trecho de livro' que o professor Jeferson Arenzon trouxe sobre a ressonância morfológica da biosfera ou sei-lá-o-quê. Então desisti porque era avançado demais para mim, pensei - o filósofo Carlos entendeu claramente e até elogiou o trecho.

Alguns poucos minutos depois eu finalmente aceitei a inverissímil, absurda, hipótese - recorrente no meu pensamento desde os primeiros cinco minutos do programa - de ser uma pegadinha de primeiro de abril. A partir daí tudo foi muito engraçado.

A lição é que descobri que sou sensível ao apelo à autoridade - "esses caras não falariam absurdos; o errado tem que ser eu".

Jorge Quillfeldt disse...

Tens toda razão, Chico, nas tuas duas intervenções! Falhamos miseravelmente em cobrir todo endoespectro ruminescente de tergiversação, mas sabemos usar e abusar dos mecanismos básicos da eficiente tecnoempulhação...

Jorge Q
(Mas qual deles? E se nos contactarmos, como fica o princípio de exclusão de Pauli?)

Jeferson Arenzon disse...

Chico,

dominaste rapidamente o uso das paráforas e ortóforas. Eu sempre confundo as duas. De qualquer maneira, vamos usar teu relato quando fizermos o "making off" do programa...

@_snatos disse...

Depois de anos falando groselha, finalmente resolveram falar de CIÊNCIA moderna.

KKKKKKKKKKKKKK

Marcos Rogério Mota disse...

Prof Jeferson me “trolando” no facebook! :-D

Como eu não havia ouvido nenhum episódio desse ano me recomendou que ouvisse esse... Quando li o título dei foi uma googada na web pq achei tudo muito estranho e com a data então...

O radio é o mais famoso veiculo de trolagem desde que Orson Welles fez o que fez, mesmo sendo a web muito mais utilizada atualmente... e o resto é lenda... mesmo!

Fernando Lorenzon disse...

Esse episódio deixou o Google Nose no chinelo.

Anônimo disse...

Este episódio me fez sentir burro duas vezes.

A primeira é por não entender nada do assunto abordado. Sou das humanas e sempre aconteceu em episódios de física boiar um tanto em alguns conceitos. Mas neste estava demais, pensava que não era possível ignorar tanto um tema dito tão importante...

A segunda vez foi lá pela metade do programa quando cheguei à conclusão de que só podia ser brincadeira e me dei conta que, finalmente depois de tantos anos, alguém me pegou numa brincadeira de 1º de abril! Embora tenha desconfiado do título, a seriedade dos participantes me levou a acreditar até o momento que começaram defender conceitos das pseudociências... Como é que não tinha percebido antes?

É verdade o que o Chico comentou sobre autoridade... Mesmo para autoridades científicas de alto garbo e elegância é preciso um pouco de ceticismo às vezes, heheh

Parabéns pelo episódio! Genial, genial!