Talvez o pior saldo da nossa ditadura mais recente ainda seja o de assassinatos e torturas praticados pelo Estado, mas isso para muitos acaba se perdendo em relativização, pelo distanciamento que temos hoje desse tipo de terror e pelo saldo significativamente maior de mortos das demais ditaduras militares latino-americanas e das ditaduras socialistas ou fascistas mundo afora.
Gostei do enfoque pela liberdade de expressão, que é muito mais próximo e difícil de relativizar, porque quase toda pessoa que preza a liberdade de dizer e ouvir apoiada pela tecnologia de alcance global se alvoroça quando alguma companhia de tecnologia ou de imprensa, ou algum legislador ou líder político qualquer aspirante a doutrinador tenta empreender restrições arbitrárias à liberdade de expressão. Nessa óptica, 21 anos de controle estatal paranoico devem mesmo ter sido difíceis de engolir.
Somos um coletivo de professores e estudantes da UFRGS preocupados com a crescente presença do obscurantismo na cultura brasileira, inclusive no meio acadêmico, que deveria caracterizar-se pelo espírito crítico. Neste espaço pretendemos nos encontrar ocasionalmente para "jantar" e conversar: os pratos preferidos serão pseudociências, crendices, posmodernismo, mistificações e pensamento mágico, alguns, mera picaretagem, outros, equívocos notáveis. Todos evitáveis... portanto, brindemos! *** Alerta de Conteúdo Adulto: Neste blogue não achamos feio discutir religião.
Fronteiras da Ciência
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2 comentários:
Bravo Jorge. Que baita texto.
Talvez o pior saldo da nossa ditadura mais recente ainda seja o de assassinatos e torturas praticados pelo Estado, mas isso para muitos acaba se perdendo em relativização, pelo distanciamento que temos hoje desse tipo de terror e pelo saldo significativamente maior de mortos das demais ditaduras militares latino-americanas e das ditaduras socialistas ou fascistas mundo afora.
Gostei do enfoque pela liberdade de expressão, que é muito mais próximo e difícil de relativizar, porque quase toda pessoa que preza a liberdade de dizer e ouvir apoiada pela tecnologia de alcance global se alvoroça quando alguma companhia de tecnologia ou de imprensa, ou algum legislador ou líder político qualquer aspirante a doutrinador tenta empreender restrições arbitrárias à liberdade de expressão. Nessa óptica, 21 anos de controle estatal paranoico devem mesmo ter sido difíceis de engolir.
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