tag:blogger.com,1999:blog-70928876889533511502024-03-05T05:00:53.408-03:00Coletivo Ácido CéticoUnknownnoreply@blogger.comBlogger346125tag:blogger.com,1999:blog-7092887688953351150.post-68917453322132689312021-03-04T14:14:00.011-03:002021-03-04T17:06:52.781-03:00A Saga de Carlota - a 1a audionovela de divulgação científica do país e 1a filhota do podcast Fronteiras da Ciência<div><div><br /></div>No próximo dia 8 de março, <i><b><a href="https://www.brasildefato.com.br/2019/03/08/marco-das-mulheres-or-a-verdadeira-historia-do-8-de-marco" target="_blank">Dia Internacional da Mulher</a></b> - </i>uma
data fundamental de lutas em todo o mundo - estreará a primeira
"radionovela" (ou "audionovela") de divulgação científica do país. <span style="font-weight: 400;"><a href="https://www.ufrgs.br/asagadecarlota/" target="_blank"><b><i>A ciência como ela é – A Saga de
Carlota</i></b></a> é uma</span> "<i>podfic</i>tion"<i> - </i><span style="font-weight: 400;">termo em inglês que se </span>refere ao fato de ser veiculada como <i>podcast</i>, ou seja, um <i>arquivo de áudio portátil</i>, e não através do rádio, como tradicionalmente ocorria - mas não se preocupem, será toda falada em português. <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhZS0DsGCdwlYYm2thmRjP50Yo7F82ReLPwMx6B8jB1jQdBxplxRLXUz6VGpY65N0khodRr18PxJF07dskPNlpfZhPG6ypRGNJEWJhY4I1G5AOxhxHGaCkhKwqox0ql701OdbCUuLApk8/s768/A_Ciencia_como_ela_%25C3%25A9_-_A_Saga_de_Carlota_08mar2021.png" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="576" data-original-width="768" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhZS0DsGCdwlYYm2thmRjP50Yo7F82ReLPwMx6B8jB1jQdBxplxRLXUz6VGpY65N0khodRr18PxJF07dskPNlpfZhPG6ypRGNJEWJhY4I1G5AOxhxHGaCkhKwqox0ql701OdbCUuLApk8/w320-h240/A_Ciencia_como_ela_%25C3%25A9_-_A_Saga_de_Carlota_08mar2021.png" width="320" /></a></div><div> </div><div>Trata-se de uma versão ampliada da peça em cinco esquetes criada em 2017 pela colegas Carolina Brito e Márcia Barbosa, professoras do Instituto de Física da UFRGS, e apresentada em vários congressos científicos no país e no exterior *. É também o primeiro "filhote" (ou <i>spin-off</i>) oficial do <i>Fronteiras da Ciência</i>, o que nos dá muito orgulho. O projeto foi selecionado para receber o apoio do <a href="https://serrapilheira.org/" target="_blank">Instituto Serrapilheira</a> no edital <i>Camp Serrapilheira 2019 de Divulgação</i> Científica.</div><br /><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"></div><div><span><a name='more'></a></span></div><div> </div><div> </div><div>N'<i>A Saga de Carlota</i>, a personagem principal, Carlota, narra suas vivências desde a infância de menina curiosa até tornar-se uma cientista estabelecida e comprometida com a causa feminista, lembrando de todos os grandes e pequenos obstáculos que enfrentou. As histórias baseiam-se em relatos verídicos colhidos de muit<b>a</b>s colegas cientistas reais, em suas resilientes jornadas enfrentando os múltiplos, e por vezes sutis, tentáculos do preconceito de gênero em nossa sociedade. Mas vão além - talvez para surpresa de alguns(mas) - mostrando que essas mesmas práticas estão presentes no meio acadêmico, que muitos supunham estar "acima" das mazelas comuns a uma sociedade machista. A denúncia resta clara: ainda falta muito que mudar!<p></p><p>Em dez episódios, disponibilizados todas as semanas até maio deste ano, os "causos" são apresentados com bom humor, sem nunca perder a seriedade, e intercalados com informações e estatísticas de estudos sobre o tema. Dissecam, cada um, os modos de tratamento observados e <span style="font-weight: 400;">a consequente baixa representatividade de
mulheres que se verifica na ciência</span> (especialmente nas ciências exatas - Carlota é Física), fenômeno que se alastra às hierarquias institucionais acadêmico-cientificas, apontando a gravidade de suas implicações. Aliás na página do projeto <i>A Saga de Carlota </i>pode-se encontrar <a href="https://www.ufrgs.br/asagadecarlota/referencias/" target="_blank">todas as referências citadas</a>, no formato canônico que os cientistas utilizam no seu dia a dia. Ou seja, serviço completo em termos de divulgação científica de primeira linha: <i>arte cientificamente embasada e socialmente engajada</i>.</p><p>O saboroso <a href="https://www.ufrgs.br/asagadecarlota/quem-somos/" target="_blank">projeto surge da reunião de</a> Carolina e Márcia com Jeferson Arenzon, também do IF/UFRGS, Cristina Bonorino, imunologista e professora da UFCSPA, e Ricardo Severo, compositor, diretor musical e dramaturgo - um velho amigo dos tempos em que vários de nós <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Sociedade_Astron%C3%B4mica_Riograndense" target="_blank">éramos astronônomos amadores</a>, antes mesmo de entrarmos na Universidade. Atuando como criadores e roteiristas, produziram essa nova versão que foi gravada por um grupo de atores profissionais sob direção técnica e artística de Severo: <a href="https://www.ufrgs.br/asagadecarlota/elenco/" target="_blank">estão no elenco</a>, além de <i>Mel Lisboa </i>no papel de Carlota, e <i>Ilana Kaplan </i>e <i>Rubens Caribé</i> como narradores, <i>Eduardo Semerjian, Eduardo Silva, Érica Montanheiro, Fafy Siqueira, Herbert Richers Jr., Jamile Godoy, Nany People, Otavio Martins, Samuel de Assis </i>e <i>Tuna Dwek</i>. A trilha sonora também original foi especialmente composta e gravada por Ricardo Severo.<br /></p><p>A minisérie estréia nesta segunda, dia 8 de março, e, como não poderia deixar de ser, é também o assunto do episódio de estréia da 12a Temporada do <a href="https://frontdaciencia.ufrgs.br/" target="_blank"><i>Fronteiras da Ciência</i></a> (<a href="http://multimidia.ufrgs.br/conteudo/frontdaciencia/Fronteiras_da_Ciencia-T12E01-08.03.2021.mp3" target="_blank">ouça aqui</a> dia 8), com Márcia Barbosa, Carolina Brito, Jeferson Arenzon e o resto da equipe do <i>podcast. </i>Não perca!<br /><br />Escute os episódios aqui:<br /><br /></p><p style="text-align: center;"><b><a href="https://www.ufrgs.br/asagadecarlota/a-saga-de-carlota/" target="_blank">A Ciência como ela é - <i>A Saga de Carlota</i></a></b></p><p style="text-align: center;"><span style="font-size: xx-small;"> <br /></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: xx-small;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizgN9hB4ahDIHPZDUHzg7I3meoDZYV-5PbGiBKj2bdGZYi9BtOYsP0T4K1eXvUc3sECgtwQsVQzU_lMhjFxcNHvCfOzYyptF-yP5abQadWqj031ZhFl1LLkXFzHcxhnQ2I8b0QHdmH9Rk/s1280/ensaio-da-Saga.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizgN9hB4ahDIHPZDUHzg7I3meoDZYV-5PbGiBKj2bdGZYi9BtOYsP0T4K1eXvUc3sECgtwQsVQzU_lMhjFxcNHvCfOzYyptF-yP5abQadWqj031ZhFl1LLkXFzHcxhnQ2I8b0QHdmH9Rk/w400-h225/ensaio-da-Saga.jpg" width="400" /></a></span></div><span style="font-size: xx-small;"><br /></span><p></p><p><span style="font-size: xx-small;"> </span></p><p><span style="font-size: xx-small;">__________________________<br /><br />(*) Existe uma versão gravada em estúdio disponível <a href="https://www.ufrgs.br/napead/portfolio/70" target="_blank">aqui</a>. </span><br /></p><span><!--more--></span><span><!--more--></span></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7092887688953351150.post-67404324814383808722021-01-15T07:52:00.001-03:002021-01-15T07:52:15.138-03:00Veni, Covid, Vici!<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYs9TAw7_wsacOAoqBMez7mtb5igp84DLkYKKZRT8h5n8Uz3NfJhSiZPslqqyWTpD47VojxRV41ILcHe706IlDNvoooRc5y5Fjv5X3DJwfi0gQQ95Y_k0KPJeseg4QSM0UVKRbXZdfB_C2/s636/oie_FrlK5Ow3bk5m.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="636" data-original-width="536" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYs9TAw7_wsacOAoqBMez7mtb5igp84DLkYKKZRT8h5n8Uz3NfJhSiZPslqqyWTpD47VojxRV41ILcHe706IlDNvoooRc5y5Fjv5X3DJwfi0gQQ95Y_k0KPJeseg4QSM0UVKRbXZdfB_C2/s320/oie_FrlK5Ow3bk5m.jpg" /></a></div><br /> <p></p>Jeferson Arenzonhttp://www.blogger.com/profile/00611245031333585063noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7092887688953351150.post-15864624411292280942020-12-25T11:55:00.003-03:002020-12-25T11:56:16.834-03:00Perdido no espaço! O desconhecido Programa Espacial Brasileiro e a síndrome de vira-lata
<p><span face="DejaVu Sans, sans-serif"><span style="font-size: small;"></span></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span face="DejaVu Sans, sans-serif"><span style="font-size: small;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3kKuZKw0hk_g9qcQOAVDLHliGl3V-EaYl48PKiYLflJng8aQ9HCzXSOXKAWOaRpjK0c7JyKPsfScmP5LE-Q_MGrQTt6qfL-1pbjbr-U6y35JCjAbes97ymPrWw8njiv4hIlFTwczwvpc/s696/Arte-sat%25C3%25A9lite-brasileiro-CBERS-2-em-Orbita-Foto-INPE-696x682.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="Amazônia-1 um satélite totalmente nacional" border="0" data-original-height="682" data-original-width="696" height="196" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3kKuZKw0hk_g9qcQOAVDLHliGl3V-EaYl48PKiYLflJng8aQ9HCzXSOXKAWOaRpjK0c7JyKPsfScmP5LE-Q_MGrQTt6qfL-1pbjbr-U6y35JCjAbes97ymPrWw8njiv4hIlFTwczwvpc/w200-h196/Arte-sat%25C3%25A9lite-brasileiro-CBERS-2-em-Orbita-Foto-INPE-696x682.jpg" title="Um satélite projetado e desenvolvido no Brasil pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o Amazônia-1, já está em fase final de testes e deve ser lançado no início de 2021, marcando mais uma etapa de um processo que teve início há 12 anos." width="200" /></a></span></span></div><span face="DejaVu Sans, sans-serif"><span style="font-size: small;">No
programa final do </span></span><span face="DejaVu Sans, sans-serif"><span style="font-size: small;"><i><a href="https://www.blogger.com/#" target="_blank">Fronteiras
da Ciência</a> </i></span></span><span face="DejaVu Sans, sans-serif"><span style="font-size: small;">deste
ano - "<a href="https://www.blogger.com/#" target="_blank">O
melhor da Ciência e Tecnologia da década</a>" (T11E40, nosso
editorial de fim de ano) - comentava sobre os programas espaciais dos
países como China (missão à Lua) e Índia (missão à Marte) e mencionei que "inclusive nosso
programa espacial é muito bom". Soube, então, que alguns não
acreditaram, e houve até quem dissesse que o programa aeroespacial
brasileiro teria retrocedido para pequenos lançadores e micro
satélites. É fato que nos últimos anos o país inteiro retrocedeu
em vários setores, em particular no apoio à C&T, bem sabemos,
mas se até as pessoas bem informadas têm essa percepção do setor
de tecnologia de ponta em nosso país é por que sua divulgação
anda </span></span><span face="DejaVu Sans, sans-serif"><span style="font-size: small;"><i>bastante</i></span></span><span face="DejaVu Sans, sans-serif"><span style="font-size: small;">
</span></span><span face="DejaVu Sans, sans-serif"><span style="font-size: small;">falha,
por isso acho que vale a pena compartilhar algumas observações e
dados.<br />
<br />
Quanto aos lançadores, a crítica, de certo modo,
procede, os projetos de lançadores maiores deixaram de ser
prioridade desde o acidente de Alcântara em 2003, mas o programa não
consiste apenas de "microsatélites", como mostra, por
exemplo, <a href=": https://revistagalileu.globo.com/Tecnologia/noticia/2020/01/o-que-falta-para-termos-mais-satelites-100-brasileiros-no-espaco.html" target="_blank">esta matéria deste ano</a>.</span></span><span face="DejaVu Sans, sans-serif"><span style="font-size: small;">
</span></span><span face="DejaVu Sans, sans-serif"><span style="font-size: small;">No
seu lugar, o Brasil estabeleceu colaborações com diversos países
para fins de lançamento de satélites (França, China, Índia e
Rússia, sobretudo). Aliás, o programa de lançadores continuou se
desenvolvendo, como pode-se ver <a href="https://www.blogger.com/#" target="_blank">nesta
publicação do EAE (Instituto de Aeronáutica e Espaço) de 2018</a>,
embora mais no setor militar, infelizmente.</span></span><span face="DejaVu Sans, sans-serif"><span style="font-size: small;"><br />
<br />
</span></span><span face="DejaVu Sans, sans-serif"><span style="font-size: small;">O
problema é que há um verdadeiro apagão midiático acerca de tudo
que desenvolvemos de alta tecnologia e megaprojetos científicos no
Brasil, especialmente desde abril de 2016 com a interrupção da
normalidade democrática: por exemplo, o </span></span><a href="http://www.inpe.br/crs/pan/projetos_pesquisas/criosfera.php" target="_blank"><span face="DejaVu Sans, sans-serif"><span style="font-size: small;"><i>Criosfera1</i></span></span></a><a href="http://www.inpe.br/crs/pan/projetos_pesquisas/criosfera.php" target="_blank"><span face="DejaVu Sans, sans-serif"><span style="font-size: small;">
</span></span></a><span face="DejaVu Sans, sans-serif"><span style="font-size: small;">na
Antártica (e o 2 a caminho - no qual <a href="https://www.ufrgs.br/inctcriosfera/index.html" target="_blank">a UFRGS tem um papel proeminente</a>), a participação nos consórcios
internacionais </span></span><span face="DejaVu Sans, sans-serif"><span style="font-size: small;"><i><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Observat%C3%B3rio_Gemini" target="_blank">Gemini</a>
</i></span></span><span face="DejaVu Sans, sans-serif"><span style="font-size: small;">e </span></span><span face="DejaVu Sans, sans-serif"><span style="font-size: small;"><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Southern_Astrophysical_Research_Telescope" target="_blank"><i><span></span>SOAR</i></a>
</span></span><span face="DejaVu Sans, sans-serif"><span style="font-size: small;">de
grandes telescopios, o <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Observat%C3%B3rio_de_Torre_Alta_da_Amaz%C3%B4nia" target="_blank">Observatório de Torre Alta </a></span></span><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Observat%C3%B3rio_de_Torre_Alta_da_Amaz%C3%B4nia" target="_blank"><span face="DejaVu Sans, sans-serif"><span style="font-size: small;"><i>ATTO</i></span></span></a><span face="DejaVu Sans, sans-serif"><span style="font-size: small;">
</span></span><span face="DejaVu Sans, sans-serif"><span style="font-size: small;">de
estudos climáticos na Amazônia, as <a href="https://petrobras.com.br/pt/nossas-atividades/areas-de-atuacao/exploracao-e-producao-de-petroleo-e-gas/pre-sal/?gclid=Cj0KCQiAuJb_BRDJARIsAKkycUki_1AZ1qeKQLTcuRlMv5rbQzIbewp8iIs5JGnvbisbZJdGzLHf4LsaAvXmEALw_wcB" target="_blank">tecnologias únicas da PETROBRÁS</a>
que levaram à descoberta do Pré-Sal, nosso <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/SN_%C3%81lvaro_Alberto_(SN-10)" target="_blank">submarino nuclear</a>, as aeronaves de
distinto porte desenvolvidas pela <a href="https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2020/07/embraer-tecnologia-e-interesse-nacional.shtml" target="_blank">EMBRAER</a> (mais detalhes <a href="http://economiaetecnologia.ufpr.br/revista/22%20Capa/Armando%20Dalla%20Costa%20-%20Elson%20Rodrigo%20de%20Souza-Santos.pdf" target="_blank">aqui</a>), etc,etc</span></span><span face="DejaVu Sans, sans-serif"><span style="font-size: small;">
</span></span><span face="DejaVu Sans, sans-serif"><span style="font-size: small;">-
enfim, a lista não é pequena.</span></span><span face="DejaVu Sans, sans-serif"><span style="font-size: small;"><br />
<br />
</span></span><span face="DejaVu Sans, sans-serif"><span style="font-size: small;">O
Brasil tem 9 satélites em órbita, e apenas 3 desses são
nanossatélites, todos de uso educacional (suponho que sejam os micro
satélites mencionados). Quatro dos grandes são relativamente
antigos, mas o </span></span><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/CBERS-4" target="_blank"><span face="DejaVu Sans, sans-serif"><span style="font-size: small;"><i>CBERS-4</i></span></span></a><span face="DejaVu Sans, sans-serif"><span style="font-size: small;">
</span></span><span face="DejaVu Sans, sans-serif"><span style="font-size: small;">foi
lançado há apenas seis anos de Talyuan na China, e o </span></span><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/SGDC-1" target="_blank"><span face="DejaVu Sans, sans-serif"><span style="font-size: small;"><i>SGDC-1</i></span></span></a><span face="DejaVu Sans, sans-serif"><span style="font-size: small;">,
um geoestacionário de defesa, subiu em 2017 numa colaboração com a
França. Nosso décimo satélite será o </span></span><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Amaz%C3%B4nia-1" target="_blank"><span face="DejaVu Sans, sans-serif"><span style="font-size: small;"><i>Amazonia
I</i></span></span></a><span face="DejaVu Sans, sans-serif"><span style="font-size: small;">
</span></span><span face="DejaVu Sans, sans-serif"><span style="font-size: small;">,
completamente desenvolvido no Brasil, programado para ser lançado em
fevereiro de 2021 próximo a partir da base SHAR/Sriharicota na
India, também nos marcos de uma <a href="https://www.blogger.com/#" target="_blank">cooperação
internacional</a>. Fora isso há projetos mais ambiciosos que estão
em fase avançada de desenvolvimento, como o satélite científico
</span></span><span face="DejaVu Sans, sans-serif"><span style="font-size: small;"><i>Monitor
e Imageador de Raios-X</i></span></span><span face="DejaVu Sans, sans-serif"><span style="font-size: small;">
</span></span><span face="DejaVu Sans, sans-serif"><span style="font-size: small;"><a href="https://www.blogger.com/#" target="_blank">MIRAX</a>
(veja contextualização <a href="https://www.blogger.com/#" target="_blank">aqui</a>)
e a missão <a href="https://www.blogger.com/#" target="_blank">ASTER</a>
, uma sonda espacial brasileira que estudará um asteróide</span></span><span face="DejaVu Sans, sans-serif"><span style="font-size: small;">
</span></span><span face="DejaVu Sans, sans-serif"><span style="font-size: small;">carbonáceo
triplice</span></span><span face="DejaVu Sans, sans-serif"><span style="font-size: small;">
</span></span><span face="DejaVu Sans, sans-serif"><span style="font-size: small;">chamado
2001SN263. Sobre</span></span><span face="DejaVu Sans, sans-serif"><span style="font-size: small;">
</span></span><span face="DejaVu Sans, sans-serif"><span style="font-size: small;">esses
últimos dois projetos, e muito mais, sugiro que escutem os programas
do </span></span><a href="http://frontdaciencia.ufrgs.br/" target="_blank"><span face="DejaVu Sans, sans-serif"><span style="font-size: small;"><i>Fronteiras</i></span></span></a><span face="DejaVu Sans, sans-serif"><span style="font-size: small;">
</span></span><span face="DejaVu Sans, sans-serif"><span style="font-size: small;">T07E06,
T07E10 e T07E13).</span></span><span face="DejaVu Sans, sans-serif"><span style="font-size: small;"><br />
<br />
</span></span><span face="DejaVu Sans, sans-serif"><span style="font-size: small;">Diante
disso, e apesar dos cortes na C&T e todas as dificuldades que
vimos enfrentando no pais, parece-me</span></span><span face="DejaVu Sans, sans-serif"><span style="font-size: small;">
</span></span><span face="DejaVu Sans, sans-serif"><span style="font-size: small;">equivocado
imaginar que o programa espacial brasileiro está parado. Basta
seguir a página <a href="http://www.inpe.br/noticias">www.inpe.br/noticias</a>
para saber de tanta coisa interessante que fazemos. A grande mídia
tem grande responsabilidade no tocante à invisibilidade de todo esse
trabalho, não demonstra interesse em mostrar brasileiros se
esforçando para desenvolver uma nação soberana, só enfoca nosssa
mazelas de corrupção e prepotência. Quando fala, seu objetivo
parece ser realimentar um certo complexo de vira-lata, a idéia de
que certas coisas são "areia demais pro nosso caminhãozinho".
Bem, temos capacidade e podemos fazer o que bem entendermos! </span></span><span face="DejaVu Sans, sans-serif"><span style="font-size: small;"><b> </b></span></span><p></p><p><span face="DejaVu Sans, sans-serif"><span style="font-size: small;"><b>O
Brasil já está no espaço</b></span></span><span face="DejaVu Sans, sans-serif"><span style="font-size: small;">,
e pode muito mais!</span></span></p><p><span face="DejaVu Sans, sans-serif"><span style="font-size: small;">O problema são os entreguistas - ora no comando,
e eles controlam boa parte da narrativa pública. Por isso é</span></span><span face="DejaVu Sans, sans-serif"><span style="font-size: small;">
</span></span><span face="DejaVu Sans, sans-serif"><span style="font-size: small;">importante
irmos sempre às fontes (ou à wikipédia).</span></span></p><p><span face="DejaVu Sans, sans-serif"><span style="font-size: small;">
Ano que vem gravaremos balanços</span></span><span face="DejaVu Sans, sans-serif"><span style="font-size: small;">
</span></span><span face="DejaVu Sans, sans-serif"><span style="font-size: small;">desses
projetos.</span></span></p>
<style type="text/css">
p { margin-bottom: 2.47mm; line-height: 115%; background: transparent }
a:link { color: #000080; so-language: zxx; text-decoration: underline }</style>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7092887688953351150.post-20126079046198999302020-12-15T16:03:00.009-03:002020-12-15T16:09:06.929-03:00O apocalipse zumbi aconteceu: o que nos resta após 233 semanas de pós-verdade?<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://www.centenaryww1orange.com.au/wp-content/uploads/2014/02/box-respirator.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="512" data-original-width="487" height="295" src="http://www.centenaryww1orange.com.au/wp-content/uploads/2014/02/box-respirator.jpg" width="280" /></a></div>Há exatos 1632 dias - 233 semanas - fizemos nossa última postagem neste blog - pouco mais de dois meses após o golpe jurídico-parlamentar-midiático de 17 de abril (que mal chegamos a comentar). O momento pedia urgência e como estávamos afogados em tarefas, trocamos <i>escrever</i> por <i>falar</i>, e seguimos analisando, criticando, denunciando no podcast <a href="http://frontdaciencia.ufrgs.br/" target="_blank"><i>Fronteiras da Ciência</i></a>, que encerrou esta semana sua 11a temporada, com 436 programas produzidos. <br /><br />Não comentamos o golpe diretamente antes, mas o essencial está contido na última postagem (logo abaixo). E, aparentemente, a única coisa que não deveríamos nunca perder de vista, foi exatamente o que se perdeu.<p></p><p>Resgatemo-la, então!<br /><br /></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7092887688953351150.post-6037480480157261152016-06-27T15:46:00.002-03:002016-06-27T15:58:10.519-03:00O que não deveríamos esquecer na longa trilha...<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMsuihhTxl6zqkAamQ3juq0Bx2tuHKBQWDGNWVc7WTxzLkXdl8Ifok2ToNtflzBtuan2W8VAVgs1U95lQ_u2DjUg-4yatn8pzpirXYLJVIiNCm0aL0vAPDOymWy6Obum55x6_kY_t_YBo/s1600/Nostalgia+da+Luz.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMsuihhTxl6zqkAamQ3juq0Bx2tuHKBQWDGNWVc7WTxzLkXdl8Ifok2ToNtflzBtuan2W8VAVgs1U95lQ_u2DjUg-4yatn8pzpirXYLJVIiNCm0aL0vAPDOymWy6Obum55x6_kY_t_YBo/s320/Nostalgia+da+Luz.jpg" width="240" /></a></div>
Com algum atraso - pois fora escrito para registrar o<br />
<a href="http://www.unesco.org/new/pt/brasilia/about-this-office/prizes-and-celebrations/2015-international-year-of-light/" target="_blank">Ano Internacional da Luz / 2016</a>, publiquei na edição de abril de 2016 (No. 167) de <i>Scientific American Brasil, </i>a coluna <i>Observatório </i>a seguir. Para manter a tradição, atrasei mais ainda para publicá-lo aqui...<br />
<br />
O foco do artigo é um filme <i>muito </i>especial -<i> Nostalgia de la Luz</i>, do chileno Patricio Guzman, uma obra<i> </i> inclassificável (como explico) e que recomendo a todos que assistam logo, caso ainda não o tenham feito. Assistam de preferência <i>antes </i>de prosseguir e ler a coluna abaixo.<br />
<br />
Tod@s podem <a href="http://www.ustream.tv/recorded/26976695" target="_blank">assistir a íntegra do filme aqui</a> . Está narrado em espanhol (que não é uma lingua estrangeira) e aparece, aqui, com legendas em inglês.<br />
<br />
As idéias foram alinhavadas para um <a href="http://www.ufrgs.br/ufrgs/noticias/ano-internacional-da-luz-e-tema-de-ciclo-de-cinema" target="_blank">debate realizado no IF da UFRGS durante a Semana Nacional de C&T (Semana Acadêmica da UFRGS)</a>,
em 20 de outubro de 2015, após a exibição do filme. <br />
<br />
Divirtam-se, e, sobretudo, reflitam.<br />
<br />
<br />
<br />
<a name='more'></a><br />
<div style="text-align: center;">
<span style="color: #0b5394;"><span style="font-size: large;"><b>Na longa trilha rumo ao conhecimento do Universo</b></span></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="color: #4c1130;"><span style="font-size: xx-small;">Jorge A Quillfeldt [</span><span style="font-size: xx-small;"><span style="font-size: xx-small;"><i>escrito em 12mar2016</i>]</span></span><span style="font-size: xx-small;"><span style="font-size: xx-small;"><i><br /></i></span></span><span style="font-size: xx-small;"><i>Coluna Observatório</i> - Sci.Am.Br. # 167</span></span></div>
<br />
“Mais luz!” teria dito Goethe em seu derradeiro suspiro, talvez para não perder a oportunidade de uma última metáfora. E não faltam metáforas relacionadas com esse maravilhoso sentido que nos domina - a visão: na explicação, “se esclarece”, no parto, “dá-se à luz”, na esperança, “vê-se a luz no fim do túnel”, no reconhecimento, “brilha com luz própria” e no desvendamento de que era “invisível”, “traz-se à luz do dia”. Igualmente, abundam locuções evocando o oposto da luz.<br />
<br />
O ano de 2015, foi escolhido pela ONU para ser o Ano Internacional da Luz (AIL), a começar pelos mil anos da obra de Ibn Al-Haytham, pioneiro da óptica, proto-renascentista e primeiro físico teórico – é sempre bom quando se relembram os esquecidos pioneiros árabes da ciência moderna. Também foram homenageados Fresnel (comportamento ondulatório da luz, 1815), Maxwell (teoria eletromagnética da luz, 1865), Einstein (efeito fotoelétrico, 1905 e relatividade geral de 1915, teoria em que a luz tem papel central), além de Penzias & Wilson (radiação cósmica de fundo de 3K, 1965), e Charles Kao (fibras ópticas nas comunicações, 1965). Tão completa celebração suscita a questão: o que mais pode a luz contar-nos, que já não saibamos?<br />
<br />
O cinema, uma das “tecnologias da luz” que há mais de um século nos entretém, ocasionalmente até nos “ilumina”. É aqui que entra um trabalho que, a meu ver, elevou a metáfora da luz a um novo patamar: trata-se do surpreendente “Nostalgias de la Luz” (2010), do grande cineasta chileno Patricio Guzmán. Aos que ainda não assistiram, recomendo fazê-lo antes de prosseguir a leitura (o documentário pode ser assistido diretamente na rede).<br />
<br />
O filme começa com o que parece ser um simples documentário sobre a notável astronomia realizada hoje no Chile, sede de alguns dos maiores e melhores telescópios do planeta devido à combinação do clima extremamente seco com a altitude do deserto do Atacama. A Astronomia é a ciência que estuda o Universo precisamente mediante a luz que nos chega d´alhures. Decompondo-a, não apenas sabemos de estrelas e de galáxias, mas inferimos o que se passa em seu interior, a origem dos elementos químicos, o começo de tudo. Como a luz propaga-se com velocidade fixa, tudo que “vemos”, inevitavelmente já aconteceu: de fragmentos de segundos atrás – a distância que nos separa dos objetos refletidos a nossa volta – até os milhares, milhões ou bilhões de anos passados desde que foram produzidos aqueles fótons finalmente capturados pelos astrônomos. A luz sempre nos informa do passado, e de certo modo, define o próprio tempo.<br />
<br />
No Chile, consórcios internacionais que incluem o Brasil administram grandes complexos de instrumentos ópticos que chegam a rivalizar com telescópios em órbita: no altiplano seco, a atmosfera interpõe-se menos inoportunamente no caminho da luz dos astros, e novas tecnologias quase compensam a perfeição do vácuo espacial.<br />
<br />
Descrevendo tal particular clima, o autor nos faz então saber que esse mesmo deserto, tão seco que preserva, em notável estado de conservação, até mesmo múmias pré-colombianas, vem trazendo à luz outros fatos: Guzman conta a história de mulheres locais que procuram até hoje os corpos de seus filhos desaparecidos na ditadura que assolou o país entre 1973 e 1989. A incessante e dolorosa busca dá-se de forma quase invisível, pelo desconhecimento da maioria de seus compatriotas e de muitos de seus cientistas-visitantes.<br />
<br />
Entretecendo conexões à moda de James Burke em sua notável série de documentários homônimos, Guzman prossegue a reflexão: como é possível que, das areias do Atacama – de cujos silicatos também pode-se fabricar lentes, espelhos e chips eletrônicos – possa a humanidade “ver tão longe”, aprendendo tanto acerca do universo, sem “enxergar tão perto”, esquecendo do horror?<br />
<br />
A quem lhes pareça uma associação forçada, quiçá impertinente, não custa lembrar que o não visto, não é sentido.<br />
<br />
Pacientemente, Guzman puxa improváveis fios e os entrelaça numa inesperada tessitura. Entrevista cidadãos de vidas muito diferentes, mães e cientistas, vítimas da repressão chilena e interlocutores acidentais daqueles questionamentos. Mas não o faz para denunciar omissão ou descaso. Tenta evidenciar o grande ausente neste emaranhado de temas aparentemente desconexos, e que, ao cabo, cinge-os todos juntos: a memória. A amnésia coletiva de um povo que se recusa a conhecer-se e acertar contas com seu passado tão próximo, talvez mescle dois tipos de alienação, a involuntária e a voluntária. Exceto por essas mães, que, com luz própria, recusam-se a aceitar o desaparecimento daqueles a quem, um dia, elas próprias deram à luz. Seus entes queridos, brutalmente ceifados por uma tsunami política que durante décadas assolou esse continente. Sem sabê-lo, decifram o último enigma do tempo, o da esperança: só recordando podemos evitar a repetição de semelhantes tragédias. Em sua saudável teimosia, talvez a luz no fim do túnel.<br />
<br />
As improváveis, mas mais que necessárias associações desse filme, redefinem a própria linguagem cinedocumental, criando uma nova modalidade que poderíamos chamar de “sócio-metafísica”. De posse desse novo artifício narrativo, Guzman evoca a única coisa que, ao cabo, nunca deveríamos perder na longa trilha rumo ao conhecimento do Universo. <br />
<br />
Nossa humanidade.<br />
<br />Unknownnoreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-7092887688953351150.post-60917563129464346772016-05-09T12:26:00.002-03:002016-05-09T12:26:36.056-03:00Você pode substituir...Memes envolvendo o "você pode substituir" da Bela Gil existem em grande número. Mas envolvendo a <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Transformada_de_Legendre">transformada de Legendre</a>, uma ferramenta muito útil em mecânica e termodinâmica, acho que os nossos são os primeiros. Este aqui foi feito pela Brenda Malabarba:<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgKd_-IMdt_eUfttLUbMA17k4oUHrHQuzecMxYmF-NlvoCyO1n_xAFss1E1UQIIUkHU-Y4r3aPWyiLBHjRowbrjAGaxhuzjBT4Bg2rnuuMAZJb_eoE7adKppVaT3BxM9Bn6Qem6iHPoQo7/s1600/Brenda.Malabarba-Bela.Gil.e.transformada.de.Legendre.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="179" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgKd_-IMdt_eUfttLUbMA17k4oUHrHQuzecMxYmF-NlvoCyO1n_xAFss1E1UQIIUkHU-Y4r3aPWyiLBHjRowbrjAGaxhuzjBT4Bg2rnuuMAZJb_eoE7adKppVaT3BxM9Bn6Qem6iHPoQo7/s320/Brenda.Malabarba-Bela.Gil.e.transformada.de.Legendre.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
e este por mim:<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1rN0u5hvOKje1enGCuX71wsBBhy4GtAWKlpHW6SMHYbHX1mU3JEuo06sso6oOfblsvyMK03Ae86ht9DbqXOQGdAGpZFiLmTHEjdW15dXhhJ6ZRY0TecUCWAlNu4u7kEJajIlmSdSs2ACK/s1600/voce.pode.substituir.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1rN0u5hvOKje1enGCuX71wsBBhy4GtAWKlpHW6SMHYbHX1mU3JEuo06sso6oOfblsvyMK03Ae86ht9DbqXOQGdAGpZFiLmTHEjdW15dXhhJ6ZRY0TecUCWAlNu4u7kEJajIlmSdSs2ACK/s320/voce.pode.substituir.jpg" width="320" /></a></div>
<br />Jeferson Arenzonhttp://www.blogger.com/profile/00611245031333585063noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7092887688953351150.post-20256820434092627362015-10-31T22:02:00.002-02:002020-10-31T10:15:46.099-03:00Mais um Dia do Saci !<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJv3B-S62ejEwBACzEAaG0nxf6SVzg4qxnFumv4yu1an6A30VAriVw1rQC6wOMRVO-X1fJgCmDQ53BW6ppots2CYmgzmy9FV1E6i0IdpwYSE0DhdlVuasSPgeZRXCHVUvJ7Zq8sdDhrB4/s720/d0aa354b8bcb21a2dd10002a336e396f.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="396" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJv3B-S62ejEwBACzEAaG0nxf6SVzg4qxnFumv4yu1an6A30VAriVw1rQC6wOMRVO-X1fJgCmDQ53BW6ppots2CYmgzmy9FV1E6i0IdpwYSE0DhdlVuasSPgeZRXCHVUvJ7Zq8sdDhrB4/s320/d0aa354b8bcb21a2dd10002a336e396f.jpg" /></a><span class="f-cor f-upper"> </span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span class="f-cor f-upper">Mais uma vez estamos inundados de referências "festivas" à data de 31/10, que não tem qualquer raiz em nossa cultura local, uma vez que bruxas, elfos e demônios não pertencem ao núcleo das crendices populares brasileiras. Conhecemos, é claro, através do cinema e da literatura, mas não são aquelas criaturas que nossos avós e bisavós relatavam à volta do fogão de lenha. A proposta da SOCACI, a qual eu orgulhosamente integro - apesar de ser declaradamente <i>asiceu </i>(não creio na existência física de Sacis) - é, de forma divertida e educativa, difundir um saudável antídoto sócio-cultural para a aculturação neocolonial que nos assola.</span>
<br /></div></div>
<br />
<div style="text-align: center;">
Como as <a href="http://g1.globo.com/pr/campos-gerais-sul/noticia/2015/10/figura-supostamente-feita-por-ets-em-plantacao-fara-parte-de-documentario.html" target="_blank">peraltices agrárias estão de novo na moda</a>, e <br />
o Saci é o mais famoso travesso do meio rural, <br />
é uma boa ocasião para <a href="http://pt.wikihow.com/Ca%C3%A7ar-um-Saci" target="_blank"><i><b>Aprender a Caçar seu Saci </b></i></a></div>
<div style="text-align: center;">
(para <a href="http://ralphantunes.blogspot.com.br/2010/07/pra-ver-saci.html" target="_blank">vê-lo, é outra coisa</a>)</div>
<div class="jump">
<span class="f-cor f-upper"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
</div>
<div style="text-align: center;">
<i> Mais matérias sobre o <b>Dia do Saci 2015</b>: após o artigo abaixo</i></div>
<div class="jump" style="text-align: center;">
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/3P5Rzrjr_vk/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/3P5Rzrjr_vk?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<br />
<br />
<div>
<i><a href="http://www.kickante.com.br/campanhas/13a-festa-do-saci-de-sao-luiz-do-paraitinga-0" target="_blank">Contribua você também com a SOSACI</a></i></div>
</div>
<div class="jump" style="text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.alfarrabio.org/media/1/20060213-logo2.gif" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://www.alfarrabio.org/media/1/20060213-logo2.gif" /></a></div>
<div class="jump">
<span class="f-cor f-upper"><br /></span></div>
<h1 style="text-align: center;">
<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=7092887688953351150" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"></a><a href="https://www.blogger.com/null" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;" target="_blank"></a>
Dia do Saci: a resposta brasileira ao <br />Dia das Bruxas</h1>
<i><span class="i-n-resumo">No Brasil, em contraponto ao tradicional "gostosuras ou travessuras" do Halloween, temos o Saci Pererê, que não deixa
a desejar no quesito travessuras.</span></i><br />
<i><span class="i-n-resumo"></span></i>
<br />
<a name='more'></a><span class="i-n-resumo"></span><br />
<div class="i-n-ctrl">
<div class="i-n-controle i-n-controle-novo">
<span class="i-print"></span>
<span class="i-mais"></span>
<span class="i-menos no-b"></span>
</div>
</div>
<div class="interna-autores">
</div>
<div class="i-n-abas">
<div class="abas-area">
<div id="foto">
<br />
<div class="foto-img" style="text-align: center;">
<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=7092887688953351150" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"></a><a href="https://www.blogger.com/null" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;" target="_blank"></a><a class="fzoom" href="http://imgs.opovo.com.br/app/noticia_132346504881/2015/10/30/3526763/SACIII.jpg" title="Saci">
</a><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a class="fzoom" href="http://imgs.opovo.com.br/app/noticia_132346504881/2015/10/30/3526763/SACIII.jpg" title="Saci"></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdT0_8IyTRdgOR02h7c1lWxpSLhqOzPQJt5HkGkCCDachsTj8ONoxvLQK07MpM5Yip8FIndqHM3YmoEwlfuQ0tKOImEQrd3PAuQXqeTkGOyIQW_-saeerRxCU69RiIxVbcxq_l7OmdNEU/s324/oi.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="256" data-original-width="324" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdT0_8IyTRdgOR02h7c1lWxpSLhqOzPQJt5HkGkCCDachsTj8ONoxvLQK07MpM5Yip8FIndqHM3YmoEwlfuQ0tKOImEQrd3PAuQXqeTkGOyIQW_-saeerRxCU69RiIxVbcxq_l7OmdNEU/s320/oi.jpeg" width="320" /></a></div>
</div>
<div class="foto-legenda" style="text-align: center;">
<span style="font-size: xx-small;"><span class="jump"> (Ilustração: José Luiz Ohi/Reprodução Sosaci)</span></span>
</div>
</div>
</div>
</div>
<div class="interna-lateral">
<div class="i-l-destaque">
</div>
</div>
<div align="justify">
A celebração do dia do <b>Halloween ( Dia das bruxas) ,</b>
que tem origem americana e é festejado no dia 31 de outubro, ganha cada
vez mais espaço na cultura brasileira, porém em resposta à festa
americana, entusiastas da <b>cultura brasileira</b> criaram o <b>Dia do Saci, </b>celebrado
também no mesmo dia da festa americana. O Dia do Saci foi criado em
2003 e ganha força através de atividades musicais e apresentações
teatrais em algumas cidades brasileiras.</div>
<div align="justify">
<br />
No
Brasil, em contraponto ao “ doces ou travessuras ” do Halloween, temos o
Saci Pererê, que não deixa a desejar no quesito travessuras. O Saci é
um personagem genuinamente brasileiro e faz parte das lendas mais
famosas do nosso país. É negro, usa gorro vermelho, fuma um cachimbo,
tem uma perna só e conhecido pelas trapaiadas". As travessuras do Saci
mais conhecidas são: Aparecer e desaparecer misteriosamente pela
floresta, assustar as pessoas durante a noite com assobios e risadas
exageradas, dar nós nas crinas dos cavalos e esconder objetos.</div>
<div align="justify">
<br /></div>
<div align="justify">
A <a href="https://www.facebook.com/sosaci.observadores/?fref=ts">Sociedade dos observadores do Saci </a>(
Sosaci ) , criada em 2003, grupo de pessoas que estudam o Saci e
mitos brasileiros afins, teve a iniciativa de resgatar a lenda do Saci e
transformar em festa. Segundo Mário Cândido, fundador da Sosaci,
popularizar a celebração do Dia do Saci é importante para manter na
memória das novas gerações elementos culturais que estão correndo o
risco de desaparecer em meio a tantas influências culturais de fora.</div>
<div align="justify">
<br />
O
secretário da Sosaci, Régis Toledo, ressalta que a Sosaci não é uma
entidade xenófoba e nem pretende ir na contra-mão da história do mundo
globalizado, porém afirma que trabalha com a intenção de popularizar o
Dia do Saci para resgatar, valorizar e promover a identidade cultura
nacional.</div>
<div align="justify">
</div>
<div align="justify">
A lenda
do Saci ficou conhecida nacionamente através da obra literária " Sítio
do Pica-Pau Amarelo " de Monteiro Lobato. A obra ganhou adapatação para a
Tv e se popularizou pelo país. </div>
<div align="justify">
<br />
Apesar
do Dia do Saci ainda não ser muito comemorado pelos brasileiros, em
cidades como a Presidente Prudente, em São Paulo, o dia já virou
tradição e os moradores e turistas se divertem. </div>
<div align="justify">
<br />
Na cidade histórica de<a href="https://www.facebook.com/prefeituraslparaitinga/?fref=ts"> São Luiz do Paraitinga</a>
, no interior de São Paulo, o Dia do Saci toma as ruas da cidade e
outros personagens nacionais como a Mula-sem-cabeça, o Boitatá e Cuca
também aparecem através das manifestações artísticas populares.</div>
<div align="justify">
</div>
<div style="text-align: center;">
</div>
<div align="justify">
<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=7092887688953351150" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"></a><a href="https://www.blogger.com/null" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;" target="_blank"></a><br />
No ceará, o vereador Guilherme
Sampaio criou, em 2007, um projeto de lei que foi aprovado para
instituir o Dia do Saci em Fortaleza. “ A intenção deste projeto é
ensinar às crianças, que o País também tem seus mitos, difundindo a
tradição oral, a cultura popular e infantil, os mitos e as lendas
brasileiras ” , diz Sampaio.</div>
<div align="justify">
</div>
<div align="justify">
</div>
<div align="justify">
No
ceará, o vereador Guilherme Sampaio criou, em 2007, um projeto de lei
que foi aprovado para instituir o Dia do Saci em Fortaleza. “ A
intenção deste projeto é ensinar às crianças, que o País também tem seus
mitos, difundindo a tradição oral, a cultura popular e infantil, os
mitos e as lendas brasileiras ” , diz Sampaio. </div>
<div align="justify">
</div>
<div align="justify">
<span class="f-cor f-upper">Folclore</span>
30/10/2015 - 12h00<br />
<span style="font-size: x-small;"><u>FONTE</u>:
http://www.opovo.com.br/app/maisnoticias/curiosidades/2015/10/30/noticiascuriosidades,3526763/dia-do-saci-a-resposta-brasileira-ao-dia-das-bruxas.shtml</span> </div>
<div style="text-align: left;">
<br />
<a href="https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=7092887688953351150" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"></a><a href="https://www.blogger.com/null" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;" target="_blank"></a>____________________</div>
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Leia mais sobre o <b>Dia do Saci</b> <b>2015</b>:</div>
<div align="justify">
<ul>
<li><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Dia_do_Saci" target="_blank">Dia do Saci (Wikipédia)</a></li>
<li><a href="http://www.brasilpost.com.br/2015/10/31/dia-do-saci-nao-existe_n_8442316.html" target="_blank">A luta pela criação de uma nova data festiva</a> (Ziraldo) - Conheça o <a href="http://www2.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=235123&filename=Tramitacao-PL+2479/2003" target="_blank">P.L. No. 2479 </a><a href="http://www2.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=235123&filename=Tramitacao-PL+2479/2003" target="_blank">de 2003</a></li>
<li><a href="http://arquivo.geledes.org.br/patrimonio-cultural/artistico-esportivo/manifestacoes-culturais/21745-halloween-que-nada-31-de-outubro-e-dia-do-saci?gclid=CjwKEAjwzdGxBRC3rPWZq83FzyUSJAB9IC5iBYEqNplSn1Y1Cj5Y4_zQ1Q9ftu19n4BEb6hF_WF2qxoC8xrw_wcB" target="_blank">Halloween que nada, 31 de outubro é Dia do Saci</a> (2013)</li>
<li><a href="http://g1.globo.com/sp/presidente-prudente-regiao/noticia/2015/10/dia-do-saci-e-celebrado-com-diversas-atividades-em-presidente-prudente.html" target="_blank">Dia do Saci é celebrado com diversas atividades em Presidente Prudente</a></li>
<li><a href="http://www.redebrasilatual.com.br/entretenimento/2015/10/sao-luiz-do-paraitinga-comemora-dia-do-saci-com-shows-durante-3-dias-7901.html" target="_blank">São Luiz do Paraitinga comemora Dia do Saci com shows durante três dias</a></li>
<li><a href="http://www.jornalcruzeiro.com.br/materia/651475/hoje-e-dia-do-brasileiro-e-folclorico-saci" target="_blank">Hoje é dia do brasileiro e folclórico Saci</a></li>
<li><a href="http://noticias.bol.uol.com.br/ultimas-noticias/entretenimento/2011/10/31/dia-do-saci-faz-resistencia-pacifica-ao-halloween-para-preservar-mitos-nacionais.htm" target="_blank">Dia do Saci faz 'resistência pacífica' ao Halloween para preservar mitos nacionais</a> </li>
</ul>
<b>Achou isso meio exagerado? Desencane...</b><br />
<ul>
<li> <a href="http://andriollicosta.com.br/2013/11/03/saci/" target="_blank">Halloween é o cacete? Considerações sobre o Dia do Saci</a></li>
</ul>
<b> Contribua com a SOSACI</b>:<br />
<blockquote class="tr_bq">
<div class="thread-body" id="yui_3_16_0_1_1446334203616_3649" role="presentation" tabindex="0">
<div class="body undoreset" id="yui_3_16_0_1_1446334203616_3692" tabindex="0">
<div class="email-wrapped" id="yui_3_16_0_1_1446334203616_3691">
<div id="yiv5691662360">
<div id="yui_3_16_0_1_1446334203616_3690">
<div id="yui_3_16_0_1_1446334203616_3708" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="color: #274e13;"><span id="yui_3_16_0_1_1446334203616_3707" style="font-family: Calibri; font-size: small;">Esta mensagem é para você saciólogo que valoriza e apoia as manifestações culturais brasileiras</span></span></div>
<span style="color: #274e13;">
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<br />
<div id="yui_3_16_0_1_1446334203616_3706" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="color: #274e13;"><span style="font-family: Calibri; font-size: small;">Basta clicar no link abaixo:</span></span></div>
<div id="yui_3_16_0_1_1446334203616_3704" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="color: #274e13;"><a href="http://www.kickante.com.br/campanhas/13a-festa-do-saci-de-sao-luiz-do-paraitinga-0" id="yui_3_16_0_1_1446334203616_3703" rel="nofollow" target="_blank"><span id="yui_3_16_0_1_1446334203616_3702" style="font-family: 'Courier New'; font-size: 9pt; line-height: 115%;"><span id="yui_3_16_0_1_1446334203616_3701">http://www.kickante.com.br/campanhas/13a-festa-do-saci-de-sao-luiz-do-paraitinga-0</span></span></a></span></div>
</div>
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</blockquote>
<blockquote>
<span style="color: #274e13;"><span style="font-family: Calibri; font-size: small;">Grande abraço,</span></span></blockquote>
<blockquote class="tr_bq">
<span style="color: #274e13;"><span class="from lozengfy hcard" data-action="contact-card-menu" data-address="mario@sosaci.org" data-name="Mário Candido da Silva Filho" id="yui_3_16_0_1_1446334203616_3742" role="button" tabindex="0" title="mario@sosaci.org">Candido da Silva Filho <mario sosaci.org=""></mario></span></span></blockquote>
<br />
<b>Clássicos:</b><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/3hW77NwN9vc/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/3hW77NwN9vc?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<span style="color: #660000;"><span style="font-size: x-small;"><br />O Saci é um filme brasileiro de 1951, dirigido por Rodolfo Nanni, a
primeira produção infantil importante do cinema brasileiro. Foi também a
primeira adaptação audiovisual da obra de Monteiro Lobato, baseado no
livro O Saci, de 1921. Em 1952, um ano após o sucesso do filme, as
histórias dos livros do Sítio do Picapau Amarelo, ganharam a primeira
versão para a televisão na TV Tupi, e anos depois, várias outras em
diferentes emissoras: a segunda na Cultura em 1964, a terceira na Rede
Bandeirantes em 1967, e a quarta e quinta versão na Rede Globo, uma em
1977 e outra em 2001.</span></span><span style="color: #660000;"><span style="font-size: x-small;">[ se não estiver visualizando: https://www.youtube.com/watch?v=3hW77NwN9vc ]</span></span><br />
<span style="color: #660000;"></span><br />
<b>Em caso de alguma dúvida insistente:</b><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjON3h7FBdN7XD9AEBd91MlIAjcBiTzceSAZMCooCys-_qkIn-SgYNZVeKrMxiXswd4a3TqpCBcM5gfXDfePYl6GvCKYXvLNgHYZsLQp7kDgZslqBaW4Y_6mzU7tGXxCTZ2nfgfzmt4qe8/s400/sacinaoexiste.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="400" data-original-width="273" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjON3h7FBdN7XD9AEBd91MlIAjcBiTzceSAZMCooCys-_qkIn-SgYNZVeKrMxiXswd4a3TqpCBcM5gfXDfePYl6GvCKYXvLNgHYZsLQp7kDgZslqBaW4Y_6mzU7tGXxCTZ2nfgfzmt4qe8/w273-h400/sacinaoexiste.jpg" width="273" /></a></div><br /><a href="http://jornalggn.com.br/sites/default/files/imagecache/imagens_blog/imagens/oi1.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"></a></div>
<div id="yui_3_16_0_1_1446334203616_3705" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: Calibri; font-size: small;"><br /></span></div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7092887688953351150.post-2603667164272272222015-10-11T18:26:00.002-03:002015-11-01T00:29:48.463-02:00A era digital afeta nossos encéfalos? (reprise)<br />
<div class="separator" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em; text-align: center;">
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<div class="separator" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em; text-align: center;">
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<div class="" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em; text-align: center;">
</div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<a href="https://www.lojasegmento.com.br/produtos/?emocoes_a_seu_favor&idproduto=4157&action=info" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;" target="_blank"><img alt="https://www.lojasegmento.com.br/produtos/?emocoes_a_seu_favor&idproduto=4157&action=info" border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8pukNIl3C1aHc0mwSpws7byEiX8U4BG7eMwTCZFS3a4CJshw7HNahyVpAgW2IYMtH1PkDmrm0cyP36UgT9vbwHPGSBeDrt4RmQxjsx-4Uki9v-NVbel5z5nJPBCJMNni7LUAzArr8JuU/s200/produto_4157_emocoes_a_seu_favor.jpg" width="150" /></a>Na revista <i>Mente e Cérebro</i> do mês de setembro de 2015 foi publicada o artigo "O encéfalo e os desafios da era digital", como parte da seção <i>Especial Tecnologia / Psiquismo 2.0. </i>Trata-se da versão ampliada da coluna <i>Observatório</i> de edição nº128 de <i>Scientific American Brasil</i>, de janeiro de 2013, cujo texto <a href="http://coletivoacidocetico.blogspot.com.br/2013/01/a-natureza-do-encefalo-e-os-desafios-da.html" target="_blank">disponilizamos à época neste blog</a>. Essa revista-irmã é a edição brasileira da alemã <i>Gehirn & Geist</i>, também pertencente ao Grupo <i>Scientific American</i>, dedicada à psicologia, à psicanálise e às neurociências, e que inclui, entre outros atrativos, colunas mensais do colega Sidarta Ribeiro publicadas desde 2004.</div>
<b><br /> </b><b> </b><br />
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<i></i>
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<i><span style="font-size: x-small;">&C nº 272 (Setembro 2015)</span></i><br />
<br />
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<b><br /><span style="font-size: large;">O encéfalo e os desafios da era digital </span></b>(Jorge A. Quillfeldt)<br />
<i><br />Redes sociais e videogames interativos são vistos por vários autores <br />como principais responsáveis pelas mudanças comportamentais</i>(Leia este artigo <a href="http://coletivoacidocetico.blogspot.com.br/2013/01/a-natureza-do-encefalo-e-os-desafios-da.html" target="_blank">na postagem de janeiro de 2013</a>)</div>
</div>
<a name='more'></a><i><span style="font-size: x-small;"><br /></span></i>
<br />
<div style="text-align: center;">
<br />
(Leia este artigo <a href="http://coletivoacidocetico.blogspot.com.br/2013/01/a-natureza-do-encefalo-e-os-desafios-da.html" target="_blank">na postagem de janeiro de 2013</a>)</div>
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<a href="https://www.lojasegmento.com.br/produtos/?ideias_que_estao_transformando_o_mundo&idproduto=2807&action=info" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;" target="_blank"><img alt="https://www.lojasegmento.com.br/produtos/?ideias_que_estao_transformando_o_mundo&idproduto=2807&action=info" border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqXCJyO1jebvlBVGSKnjj1XbeV_uqNMeTh9CPW1ioX8pQql_obulXge_dG4aRkrprDvqnqgCpY3jUwNGPyB5L0ygBBxRqxvpKkYQCO6ityACoyHpggaI1auMrTCGyb3wrDPmIB7-1gWYs/s1600/produto_2807_uma_estrutura_interna_dos_quarks_.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: left;">
</div>
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<i><span style="font-size: x-small;"><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br />Janeiro 2013 - Número 128</span></i></div>
<br /></div>
Jeferson Arenzonhttp://www.blogger.com/profile/00611245031333585063noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7092887688953351150.post-64132528486774366032015-10-11T17:00:00.001-03:002015-10-11T17:20:31.340-03:009o Congresso Mundial do Cérebro: quando as neurociências do mundo se reuniram no Brasil !<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://ibro2015.org/wp-content/themes/ibro/images/logo.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://ibro2015.org/wp-content/themes/ibro/images/logo.png" height="81" width="400" /></a></div>
<br />
Na edição de agosto de 2015 (No. 159) de <i>Scientific American Brasil</i>, o artigo a seguir saiu na coluna <i>Observatório</i>, escrito logo antes da realização, no Rio de Janeiro, do <i>9</i><i>º Congresso Mundial do Cérebro </i>da IBRO, uma honraria que prestigiou toda a ciência que desenvolvemos em nosso país. Chegando com algum atraso neste blog, os interessados podem ler, a seguir, uma versão ampliada e atualizada do original.<br />
<br />
Os interessados em conhecer mais sobre esta área no país, podem assistir aos vídeos do <a href="https://www.youtube.com/user/neurochannel1" target="_blank"><i>NeuroChannel</i></a>:<br />
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<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://www.youtube.com/user/neurochannel1" target="_blank"><img alt="https://www.youtube.com/user/neurochannel1" border="0" src="http://ibro2015.org/wp-content/uploads/2015/06/Banner_NeuroChannel.jpg" height="121" width="320" /></a></div>
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<a name='more'></a><br />
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<b><span style="font-size: large;">9</span></b><b><span style="font-size: large;">º Congresso Mundial do Cérebro: </span></b></div>
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<span style="font-size: small;"><i><b>as neurociências do mundo reunidas no Brasil ! </b></i></span></div>
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<div class="separator" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em; text-align: center;">
<a href="https://www.lojasegmento.com.br/produtos/?do_lobo_ao_cao&idproduto=4143&action=info" target="_blank"><img alt="https://www.lojasegmento.com.br/produtos/?do_lobo_ao_cao&idproduto=4143&action=info" border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAqG2PsM1ZwEBpMgTQOXMJVbmdpaQfrLc3YfIdmjzwSGUtYjMcwnZAEoiRJNYhWIu0_4k-CaVGoYcx-GwlaccnQRntMmbCPBLQ-X4yie7YXpq0aHbLJcBM6kooEvu93twVUTrRnbmh6nc/s200/produto_4143_do_lobo_ao_cao.jpg" width="150" /></a></div>
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<i><span style="font-size: x-small;">S.A.B. l nº 159 (agosto 2015)</span></i></div>
De 7 a 11 de julho de 2015, os neurocientistas de todo o mundo voltaram seu olhar para o Brasil. Realizou-se, no Rio de Janeiro, o 9o Congresso Mundial do Cérebro, o encontro quadrienal da <i>International Brain Research Organization</i> (IBRO). Foi a primeira vez que esse importante encontro realizou-se nas américas, e a escolha do Brasil significa nada menos que o reconhecimento da alta qualidade da pesquisa neurocientífica que aqui fazemos. Sem dúvida, uma importante conquista.<br />
<br />
Foram 150 palestrantes de 23 países falando para um público de mais de 2400 especialistas, do Brasil e do exterior, cobrindo os mais variados assuntos de ponta que vão da dependência de drogas à epilepsia, células-tronco, estresse, memória, esquecimento, Doença de Alzheimer, apreciação musical, envelhecimento, neuroimunologia, modelos computacionais, e os limites da neuroética. As apresentações incluíram conferências, simpósios e sessões de cartazes nas quais pesquisadores, pós-graduandos e estudantes puderam discutir seus achados, interagindo com os melhores em cada especialidade. <br />
Muito se fala no crescimento da ciência brasileira, que está entre os mais notáveis entre os assim chamados países do terceiro mundo: em 2011 passamos a ser o 13o país do mundo em número de artigos publicados, embora, no quesito qualidade (impacto, citações), ainda sejamos apenas o 40o lugar. Superamos Argentina e México, e mesmo Índia em termos de produção científica, e ficamos atrás apenas da China, o que é compreensível, já que esta nação galgou à 2a posição mundial, ficando atrás apenas dos EUA, em função de investimentos maiores e mais determinados. Nossos números progrediram, mas fica aquela impressão de que não fazem jus ao fato de sermos a 8a economia do planeta, em que pese a crise que vivemos. A realidade é que não existe atalho que compense a falta de experiência como aquela acumulada pelas nações mais avançadas, algumas com séculos de tradição na busca organizada pelo conhecimento.<br />
<br />
Na ciência brasileira, as ciências biológicas e da saúde estão entre as que mais crescem, e, dentro dessas, as neurociências, básicas ou clínicas, se destacam cada vez mais, como se nota, por exemplo, no crescimento no número de participantes em reuniões científicas como aquelas que a Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento (SBNeC) organiza há 38 anos. Nestes eventos, o que mais chama a atenção é a presença maciça de jovens cientistas dando seus primeiros passos na pesquisa, um diferencial que temos em relação a maioria dos outros países. Tal característica deve-se a programas de apoio como os de bolsas de iniciação científica – caso único no planeta – e do recente estímulo à Pós-Graduação, com bolsas e outros recursos – impulso que, infelizmente, começamos a perder com o avanço da crise e os cortes (equivocados) no financiamento governamental.<br />
<br />
As neurociências no Brasil se desenvolveram ocupando nichos pre-existentes nas áreas de fisiologia, anatomia e farmacologia, que por sua vez, são subdivisões históricas das ciências da vida surgidas no século XIX. Pode-se sistematizar subdivisões do conhecimento mediante (a) argumentos <i>ontológicos </i>– baseados na natureza em si da categoria (por exemplo, vivo X não-vivo, básico X aplicado), (b) razões <i>epistemológicas </i>– que relevam características conceituais (funcional X estrutural, estático X dinâmico, etc) bem como a própria cronologia histórica das disciplinas, ou seja, “quem surgiu antes” (a física precedeu a química, que antecedeu a biologia, e assim por diante), ou mesmo (c) aspectos <i>pragmáticos </i>– a conveniência prática de assim classificar (facilidade de agrupar linhas com características em comum, formas de financiamento, conveniência didática, razões políticas ou mesmo puro e simples modismo). Áreas recentes da ciência como a astrobiologia, as nanociências e as neurociências vieram sacudir a poeira de velhas subdivisões cujas delimitações começaram a diluir-se diante dos avanços tecnológicos e conceituais. No começo, parecia suficiente trabalhar com as divisões clássicas complementadas por adjetivos algo vagos como “interdisciplinar”, “transdisciplinar” e “multidisciplinar” (esta última me parece o termo mais claro dos três), mas em algum momento não se pode mais escapar de “fundar” uma nova classificação. É assim que surgiram novas áreas do conhecimento, novas disciplinas acadêmicas, novos departamentos, novas agremiações profissionais e mesmo novos títulos de periódicos. Algumas serão problemáticas e não sobreviverão, mas a história é uma catraca que não para de avançar quando se trata de consolidar as reclassificações que aportam vantagens reais e imediatas.<br />
<br />
Essas considerações são necessárias para entender o sucesso das neurociências, que se verifica em todo o mundo, não apenas aqui. Ao ponto de vermos as <i>Neurociências </i>glamourizadas em revistas de divulgação, documentários e mesmo referências na cultura popular – estamos vivendo uma era de verdadeira <i>neuromania</i>. A transgressão favorita hoje, aliás, é recontar os conhecimentos da velha psicologia sob nova roupagem “neuro”... Mesmo assim, até hoje podemos encontrar posições algo conservadoras ou mesmo intolerantes, oriundas do coração das áreas mais “tradicionais”, que questionam se deveria ou não existir essa sub-área das ciências biológicas a que chamamos “neurociências”, como se fosse uma classificação arbitrária e meramente oportunista, tão boa em si como, digamos, “cardiociências”, “hepatociências” ou “dermociências” – referências claras a órgãos tão ou mais importantes quanto o encéfalo, no caso, o coração, o fígado e a pele. Mas então, por que são tão raros os congressos, sociedades ou departamentos com tais nomes (se bem que publicações até existem)? Pode ser por que ninguém teve a idéia ainda, mas também é possível que tal agrupamento não traga vantagens óbvias sobre as classificações pre-existentes: para que valha a pena parirmos uma nova área, algo de “novo” tem de surgir. <br />
<br />
De fato a <i>astrobiologia </i>é a única das três neodisciplinas supracitadas que, além de francamente multi e interdisciplinar, possui hipóteses testáveis singularmente próprias (“existe vida alhures?”), sendo de natureza mais epistemológica que pragmática. As <i>nanociências </i>não deixam de ser um novo nome para uma parte da velha química, porém revisitada pela física das pequenas dimensões, permitindo enfatizar as novidades que traz, ou seja, as propriedades “nano”, antes pouco percebidas, especialmente no domínio tecnológico. As neurociências também são multi e interdisciplinares, fundindo sobretudo as clássicas fisiologia, anatomia e farmacologia “do sistema nervoso”, de longa história (além da psicologia), mas sua abrangência, indo do molecular ao celular ao organísmico, ao comportamental, e a complexidade dos problemas não resolvidos pelas abordagens precedentes, favoreceu o reagrupamento conceitual, e explica seu enorme sucesso.<br />
<br />
Assim, a vocação nacional de nossas neurociências acabou historicamente expressando-se em áreas como psicofarmacologia, memória, ansiedade, visão, neuroetologia, epilepsia, sono e modelos computacionais, para citar algumas das principais Não deveria surpreender, portanto, que o homenageado especial e Presidente de Honra deste Congresso tenha sido o Professor Ivan Izquierdo – ex-professor da UFRGS e hoje na PUCRS – pioneiro nos estudos da farmacologia da memória e um dos mais citados cientistas brasileiros de todos os tempos. Izquierdo foi vencedor da Medalha Neurociências Brasil 2007 da Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento (SBNeC), entidade que congrega mais de três mil pesquisadores, pós-graduandos e estudantes da área em todo o país, e que foi a organizadora local deste grande encontro realizado em julho passado na cidade maravilhosa.<br />
<br />
Portanto, que vivam as neurociências!<br />
<br />Jeferson Arenzonhttp://www.blogger.com/profile/00611245031333585063noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7092887688953351150.post-78731019381486077562015-04-06T20:10:00.002-03:002016-01-21T21:22:11.597-02:00Medicalização da Vida<br />
<a href="https://neuroethicscanada.files.wordpress.com/2009/12/pills1.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="187" src="https://neuroethicscanada.files.wordpress.com/2009/12/pills1.jpg" width="200" /></a>A transformação de situações normais da vida em problemas médicos, pode estar
estimulando o consumo<b> </b>excessivo de produtos e serviços de saúde,
incluindo aqueles sem qualquer base científica. Na <a href="https://www.lojasegmento.com.br/produtos/?terapias_de_choque&idproduto=4042&action=info" target="_blank">Coluna <i>Observatório deste </i>mês de abril de 2014</a>, da revista<i> Scientific American Brasil</i>
(edição #155), Jorge Quillfeldt discute a <i>Medicalização da Vida</i>, uma tendência recente que cada vez abrange mais e mais aspectos de nossos quotidianos e que pode ter consequências inesperadas.<br />
<br />
<br />
Leia, a seguir, uma versão ampliada daquela publicada na revista.<br />
<br />
<a name='more'></a><br />
<br />
<span style="color: #274e13;"><br /></span>
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="color: #274e13;"><b><span style="font-size: large;"> Medicina Científica X Medicalização da Vida: <br />limites à criatividade?</span></b></span></div>
<br />
<div style="text-align: right;">
<span style="color: #4c1130;"><span style="font-size: xx-small;">Jorge A Quillfeldt [</span><span style="font-size: xx-small;"><span style="font-size: xx-small;"><i>escrito em 18fev2015</i>]</span></span><span style="font-size: xx-small;"><span style="font-size: xx-small;"><i><br /></i></span></span><span style="font-size: xx-small;"><i>Coluna Observatório</i> - Sci.Am.Br. # 155</span></span></div>
<br />
“Pessoas
saudáveis são pacientes que ainda não sabem que estão doentes”, explica
o manipulador Doutor Knock na peça em que consegue convencer todos os
cidadãos de uma cidade que estão doentes, passando a controlá-los. Jules
Romains não sabia, em 1923, que sua comédia <a href="https://www.youtube.com/watch?v=sx8de_ZUP-c" target="_blank"><i>Knock ou Le Triomphe de la Médecine</i></a> anteciparia, de certo modo, uma das características mais emblemáticas de nosso tempo, a <i>medicalização</i> progressiva de todos os aspectos da vida.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://philitt.fr/wp-content/uploads/2013/10/knock-large.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://philitt.fr/wp-content/uploads/2013/10/knock-large.jpg" height="172" width="200" /></a></div>
Vivemos
um momento privilegiado da história, em que a medicina moderna atingiu
um nível de conhecimentos e recursos tecnológicos incomparável. Com
criatividade, nosso conhecimento conquistou terreno apropriando-se até
mesmo de áreas da vida que durante séculos estiveram fora do alcance de
qualquer intervenção que não fosse a espiritual ou religiosa – como era o
caso da maioria das doenças psiquiátricas. Ainda há muitos problemas
sem solução, mas não custa indagar: há algum limite para essa
criatividade continuar lançando suas redes?<br />
<br />
<i>Medicalizar </i>consiste
em “passar a definir e tratar algo como um problema médico”, ou seja,
direcionar conhecimentos e recursos técnicos da medicina para tratar
algo que antes não era abrangido pela disciplina. É natural que, à
medida que a ciência avance, novas patologias sejam detectadas (como a
depressão ou o autismo, para citar dois exemplos bem atuais), e outras,
reinterpretadas e descartadas (como a histeria ou mesmo a
homossexualidade – considerada uma doença até poucas décadas atrás).
Avanços tecnológicos permitem não só diagnosticar <i>melhor</i>, mas também diagnosticar <i>mais</i>,
mesmo condições que não coloquem a vida em risco ou comprometam sua
qualidade. O problema reside precisamente na facilidade com que novas
doenças podem ser hoje “criadas”, quando situações antes tidas como
meras variações da normalidade acabam <i>patologizadas</i>, algumas de forma justificada, outras, não.<br />
<br />
O termo <i>medicalização </i>começou
a ser usado nos anos 1970 principalmente no campo da sociologia, por
autores como <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Peter_Conrad_%28sociologist%29" target="_blank">Peter Conrad</a>*, <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Ivan_Illich" target="_blank">Ivan Illich</a> e o psiquiatra <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Thomas_Szasz" target="_blank">Thomas Szasz</a>, que
apontavam sua proeminência especialmente no campo das enfermidades
psiquiátricas, denunciando-a como uma forma de controle social do
comportamento e subjetividade individuais, idéia que já vinha de
<a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Michel_Foucault" target="_blank">Foucault</a> (1965), onde a medicina estende sua autoridade a todos os
domínios da existência quotidiana. Illich, um dos antecipadores da
chamada <i>medicina baseada em evidências</i>, é o mais contundente, e fala de três níveis de danos causados pela medicalização da vida: a <i>iatrogênese clínica</i>, quando o paciente sofre danos causados por tratamentos inefetivos, tóxicos ou pouco seguros; a <i>iatrogênese social</i>, que é a medicalização da sociedade submetida a uma explosão de não-doenças demandando tratamento, e a <i>iatrogênese cultural</i>, que é a consequente destruição das formas sociais tradicionais de se lidar com os problemas originais.<br />
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijxh0PVWSQQf5FFqA53Jt2zZVbheSF4Vs7J_7qruspBXeys0A1EO63SMwr0qaKo5FVkKU09xawgfG3S7DqALzHCfgg1nFHDDbXfGz1kttRgVH0kmm_IKdzRJStDUzKt8fL7VxU4yCXWIo/s1600/listerine-ad4.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="158" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijxh0PVWSQQf5FFqA53Jt2zZVbheSF4Vs7J_7qruspBXeys0A1EO63SMwr0qaKo5FVkKU09xawgfG3S7DqALzHCfgg1nFHDDbXfGz1kttRgVH0kmm_IKdzRJStDUzKt8fL7VxU4yCXWIo/s1600/listerine-ad4.jpg" width="200" /></a><a href="http://www.thehastingscenter.org/uploadedFiles/About/People/Staff/Good%20and%20bad%20forms%20of%20medicalization%20early.pdf" target="_blank">Erik Parens</a> fala em “boas” e “más” formas de medicalização, reservando o termo <i>supermedicalização</i>
para a segunda categoria e observando que cada caso merece exame em
separado. Para esse autor, a medicalização incorre em três erros: confundir
categorias (coisas da vida X “doenças”), criar necessidades além da
capacidade de financiamento dos governos e minar nossas subjetividades , obscurecendo a compreensão das (eventuais) causas sociais que podem estar por trás do
sofrimento em questão. Entre os casos positivos, podemos citar a
introdução da pílula anticoncepcional, que permitiu uma verdadeira
revolução comportamental. Um exemplo negativo foi a demonização do mau hálito no
começo do século XX, quando foi rebatizado como... <i>halitose</i> (uma "doença"
que não existe): mediante notável campanha publicitária, promoveu-se a venda de uma nova
“necessidade”, o antisséptico bucal. Hoje a lista de “doenças”
questionáveis não pára de crescer, indo desde características pessoais
estigmatizáveis (“calvície”, “síndrome das pernas inquietas”, “timidez”,
sem falar em detalhes estéticos como “orelha de abano” ou variantes da "<a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Dismorfofobia" target="_blank">dismorfofobia</a>"),
<a href="http://acasadevidro.com/2010/03/20/geracao-prozac/">situações de vida</a> (“tristeza”, “luto”) e mesmo consequências do
envelhecimento (“disfunção erétil”, “deficiência de testosterona”,
“acromotriquia” - o cabelo grisalho, e mesmo, até certo
ponto, a “osteoporose”). Hoje talvez estejamos vivendo o próprio apogeu da “má” medicalização – a chamada “mercantilização das
doenças” (<a href="http://www.ploscollections.org/article/browse/issue/info%3Adoi%2F10.1371%2Fissue.pcol.v07.i02" target="_blank"><i>disease mongering</i></a>), como provam os absurdos níveis de consumo de fármacos como a <a href="http://www.unicamp.br/unicamp/noticias/2013/08/05/ritalina-e-os-riscos-de-um-genocidio-do-futuro">ritalina</a> (especialmente
entre escolares, muitos <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Overdiagnosis" target="_blank"><i>sobrediagnosticados</i></a> com <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Transtorno_do_d%C3%A9ficit_de_aten%C3%A7%C3%A3o_com_hiperatividade" target="_blank">TDAH</a>) e <a href="http://www.cartanaescola.com.br/single/show/439">antidepressivos</a>. Remédio é chiclete.<br />
<br />
Uma vez que a
medicalização ajuda, de fato, a criar novos mercados, ela pode ser
considerada (tecnicamente) uma forma de <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Innovation" target="_blank"><i>inovação</i></a>: "criar novos mercados" é um dos caminhos apontadas pelo introdutor do badalado conceito, <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Joseph_Schumpeter" target="_blank">Joseph Schumpeter</a>, em
1912. Deste modo, no
contexto de uma sociedade regida pela lógica econômica, a atual obsessão pela "inovação" talvez explique por que ainda
discutimos tão pouco a medicalização da vida.<br />
<br />
<a href="http://www.ploscollections.org/article/browse/issue/info%3Adoi%2F10.1371%2Fissue.pcol.v07.i02" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img alt="http://www.ploscollections.org/article/fetchObject.action?uri=info%3Adoi%2F10.1371%2Fimage.pcol.v07.i02.g001&representation=PNG_M" src="http://www.ploscollections.org/article/fetchObject.action?uri=info%3Adoi%2F10.1371%2Fimage.pcol.v07.i02.g001&representation=PNG_M" height="200" width="200" /></a><br />
Mas qual é
o problema de a medicina abranger cada vez mais aspectos de nossas
vidas? Do nascimento à morte, passando pelo desenvolvimento, vida
sexual, gestação e parto, climatério e envelhecimento, existem
“remédios” que aplacam sintomas indesejados, mas, ao mesmo tempo, isso
contribui para o desaparecimento de hábitos culturais preexistentes que
há gerações têm permitido a maior parte das pessoas lidar com tais
situações sem demasiado sofrimento psicológico e/ou físico. Assim, desde
que não seja uma afecção incontrolável com risco físico real –
principalmente em se tratando de doenças psiquiátricas leves – a
medicalização rouba autonomia e poder às pessoas, que acabam delegando
decisões básicas acerca de suas vidas, não à reflexão e à experiência,
mas a “substitutos” compráveis – tratamentos e medicamentos. É, de certo
modo, o fim da subjetividade. <br />
<br />
Mas há pelo menos dois
outros problemas graves resultantes dessa tendência: o aumento nos
custos da saúde – que acarreta maior elitização do atendimento, e os
efeitos da exposição excessiva (ou desnecessária) a ambientes altamente
contaminados, os hospitais, que deveriam ser utilizados apenas nos casos
mais necessários. São os chamados efeitos <i><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Iatrogenia" target="_blank">iatrogênicos</a> </i>– “de origem médica” (como também existe o hermético <i>nosocomial </i>–
“relativo ao ambiente hospitalar”). Não se trata necessariamente de “erro médico”
ou “má prática”, mas, antes, das consequências previsíveis de uma concepção <i>consumista </i>de
serviço médico, especialmente por parte dos pacientes, que os expõe ao
risco. Os próprios médicos têm dificuldade em contornar essa percepção e
orientar seus pacientes.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://img1.imagesbn.com/p/9781455519064_p0_v2_s260x420.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://img1.imagesbn.com/p/9781455519064_p0_v2_s260x420.JPG" height="320" width="211" /></a></div>
Neste ponto, cabe alertar
para os arautos da enganação e da pseudociência, tão pródigos em
brandir alguns desses mesmos argumentos acima, porém sempre tentando pintar a
medicina como uma espécie de “carnificina voltada ao lucro cego”...
Propõem, em seu lugar, uma tal de <i>medicina alternativ</i>a, que seria
não só "mais acessível" ao público (pois mais "barata", ainda que estranhamente ... não gratuita), como também "mais segura" e mesmo "sem
riscos"...<br />
<br />
Nada mais enganoso, pois esse campo não passa de uma coleção
heterogênea de teorias sem qualquer fundamento empírico. Pura pseudociência. A moderna medicina, além de ser <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Medicina_baseada_em_evid%C3%AAncias" target="_blank"><i>Baseada em Evidências</i></a>
não possui “alternativas”, embora tenha, sim, sérios desafios pendentes,
como o da distribuição mais justa dos benefícios científico-tecnológicos
e uma boa divulgação de seu funcionamento. O incongruente discurso
propagandístico da medicina alternativa, pela semelhança que tem com sua contraparte científica, contribui a deslegitimar análises
críticas como a que aqui tentamos avançar, já de por si, bastante
complexas.<br />
<br />
Pergunto, por fim, se a enorme sedução atual da
medicina alternativa não seria uma reação espontânea de uma sociedade
consumista e desinformada à crescente medicalização da vida? Convictos
(pelo <i>marketing</i>) de que "qualquer traço indesejado pode ser uma
espécie de doença tratável ou medicável", mas limitados no acesso a tais recursos (pelas
restrições financeiras), a percepção popular dessa necessidade impõe a
busca de... alternativas!<br />
<br />
Se for verdade, é irônico que <i>mais medicina</i> acabe estimulando <i>menos ciência</i>...<br />
<br />
<br />
______________<br />
<br />
<span style="font-size: x-small;">(*) Conheça o livro "<a href="https://jhupbooks.press.jhu.edu/content/medicalization-society" target="_blank">The Medicalization of Society -On the Transformation of Human Conditions into Treatable Disorders</a>" de Peter Conrad (pode ser lido <a href="https://books.google.com.br/books?id=cAE5hlP5YkAC&pg=PA6&lpg=PA6&dq=medicalization+illich&source=bl&ots=6nUe7L5j1F&sig=omkdjnt9BxsJSY-bh9_tDFO-v38&hl=pt-BR&sa=X&ei=rOQtVaq7JKrgsASWpIH4BQ&ved=0CGoQ6AEwCA#v=onepage&q=medicalization%20illich&f=false" target="_blank">aqui</a>).</span><br />
<div class="field field-name-field-byline field-type-text-long field-label-hidden">
</div>
<br />
<div style="text-align: center;">
_____________________</div>
<span style="color: #274e13;"><b><span style="font-size: large;"><br />Quer saber mais?</span></b></span><br />
(pontos e contrapontos)<br />
<ul>
<li><a href="http://medicalizacao.com.br/?page_id=12" target="_blank">Manifesto de Lançamento do Fórum sobre Medicalização da Educação e da Sociedade</a></li>
<li><a href="http://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2012/07/Caderno_AF.pdf">Subsídios para a <i>Campanha Não à Medicalização da Vida</i></a><i> </i>(PDF)<i><br /></i></li>
<li><i>Mas...</i> leiam esse<b> </b><a href="http://www.ufjf.br/psicologiaempesquisa/files/2013/08/01-v7n1.pdf"><b>contraponto</b> à campanha e seus equívocos</a> (o assunto <i>é</i> difícil...)</li>
</ul>
<ul>
<li><a href="http://www.ihu.unisinos.br/entrevistas/520460-a-medicalizacao-da-vida-faz-mal-a-saude" target="_blank">A medicalização da vida faz mal à saúde</a> (entrevista IHU com José Roque Junges) </li>
<li><a href="http://revistaforum.com.br/digital/171/medicalizacao-da-infancia-o-tdah-e-suas-controversias/" target="_blank">Medicalização da infância: o TDAH e suas controvérsias </a> (Revista Fórum) </li>
<li><a href="http://jme.bmj.com/content/1/2/73.full.pdf+html" target="_blank">The Medicalization of Life</a> (Ivan Illich, 1975) - e leia também o <a href="http://www.soilandhealth.org/03sov/0303critic/030313illich/Frame.Illich.Ch2.html" target="_blank">cap. 2</a> homônimo do seu <i><br />Medical Nemesis</i> (1976)</li>
<li><i><a href="http://www.ploscollections.org/article/browse/issue/info%3Adoi%2F10.1371%2Fissue.pcol.v07.i02" target="_blank">Disease Mongering</a> - </i>Especial <i>PLOS Medicine</i> sobre a Mercantilização das Doenças <i> (11abr2006)</i></li>
<li><a href="http://www.ted.com/talks/ivan_oransky_are_we_over_medicalized" target="_blank">Ivan Oransky: Are we over-medicalized?</a> (TEDmed Talk - legendado em português) </li>
<li><a href="http://harvardmagazine.com/2009/04/medicalization-of-our-culture" target="_blank">On the Medicalization of Our Culture</a> (Harvard Magazine)</li>
<li>Duelo: <a href="http://www.psychiatrictimes.com/depression/psychiatry-and-myth-%E2%80%9Cmedicalization%E2%80%9D" target="_blank">Um <b>contraponto</b></a><b> </b>às críticas (por Ronald Pies) , e <a href="http://www.huffingtonpost.com/allen-frances/mislabeling-medical-illne_b_2265198.html" target="_blank">uma resposta qualificada</a> (de Allen Frances, o "criticado" no primeiro artigo, que foi nada mais, nada menos que editor das edições anteriores do DSM...)</li>
<li><a href="http://www.quackometer.net/blog/2007/07/quack-word-20-iatrogenic.html" target="_blank">Outro <b>contraponto</b></a>, desta vez vindo campo cético (The Quackometer), mas atacando o abuso que o pessoal da medicina "alternativa" faz desses argumentos...</li>
</ul>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjN4HA27qv9SMxvdC_LGKerawnv2icIWq-aypqy5wYov4d4KuDPXSo15V6jkmyHt7vGUwuO2fILUz42hWCUUvN2EdX73y-N1_jG_LYkSxiUYDY2Ik8LTj8xvyobo7EGjXySgbNAPUv1-WQ/s1600/analysis5.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjN4HA27qv9SMxvdC_LGKerawnv2icIWq-aypqy5wYov4d4KuDPXSo15V6jkmyHt7vGUwuO2fILUz42hWCUUvN2EdX73y-N1_jG_LYkSxiUYDY2Ik8LTj8xvyobo7EGjXySgbNAPUv1-WQ/s1600/analysis5.jpg" width="319" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.gaiahealthblog.com/wordpress1/wp-content/uploads/2014/05/Drug-Companies-Accused-of-incenting-diseases-2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://www.gaiahealthblog.com/wordpress1/wp-content/uploads/2014/05/Drug-Companies-Accused-of-incenting-diseases-2.jpg" height="400" width="342" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://rmprasad1213.files.wordpress.com/2014/03/medicalization.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="https://rmprasad1213.files.wordpress.com/2014/03/medicalization.jpg" border="0" height="200" src="https://rmprasad1213.files.wordpress.com/2014/03/medicalization.jpg" width="130" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiuDxBI1pMlqKjWRIvcaTYCNqvquCndwjuSiPjGBgzaIyW-d9TB2fyJiLNVLiqt6qRBPH8zgDSry3T7DjOWLz4aYsRGIqYh0HGThtb0S76jYSPzGSFVszmEr8yGqCCjO39vflDZjLlnDrU2/s1600/hysterical.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiuDxBI1pMlqKjWRIvcaTYCNqvquCndwjuSiPjGBgzaIyW-d9TB2fyJiLNVLiqt6qRBPH8zgDSry3T7DjOWLz4aYsRGIqYh0HGThtb0S76jYSPzGSFVszmEr8yGqCCjO39vflDZjLlnDrU2/s1600/hysterical.png" border="0" class="transparent" height="192" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiuDxBI1pMlqKjWRIvcaTYCNqvquCndwjuSiPjGBgzaIyW-d9TB2fyJiLNVLiqt6qRBPH8zgDSry3T7DjOWLz4aYsRGIqYh0HGThtb0S76jYSPzGSFVszmEr8yGqCCjO39vflDZjLlnDrU2/s320/hysterical.png" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
(<a href="https://reproductivehealthcourse.wordpress.com/2014/03/31/hysteria-vibrators-the-historical-medicalization-of-womens-sexuality-and-sexualization-of-womens-mental-health/">vocês não vão acreditar</a>)</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
</div>
<div style="text-align: center;">
</div>
<div style="text-align: center;">
</div>
<div style="text-align: center;">
<a href="http://www.gaiahealthblog.com/wordpress1/wp-content/uploads/2014/05/Drug-Companies-Accused-of-incenting-diseases-2.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="http://cloudfront-assets.reason.com/assets/db/ad90e09daeb057b652b7683890e8e126.gif" src="http://cloudfront-assets.reason.com/assets/db/ad90e09daeb057b652b7683890e8e126.gif" height="320" width="310" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.stoa.org.uk/topics/cam/images/cam6.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://www.stoa.org.uk/topics/cam/images/cam6.jpg" height="320" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://api.ning.com/files/Hei-aNsD3-pdOX5Z-t0rOrzvqNL5BRtsgz0teLkZDnUelE3Yt8cidyE*LnWSJDRQI6pIFDNhWu4JOuyflCm8*jUSrZNX8QnP/alternativemedicinecartoon.jpg?width=515&height=600" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><br /></a></div>
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhyphenhyphenhnZFFV0aeRaj7GnoGHM-WsVwQUl-ZpbHOObhs6S0s7pPVTO8H3MyDNvNYvxek09oYk5w5Iwq5QwwmDlghNtKBSDZ2sWMN-o0B7xN51lNFcrBntFPXpw2G1DBrih-6xHW8TCT__hY_I/s1600/borgman-cartoon.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="256" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhyphenhyphenhnZFFV0aeRaj7GnoGHM-WsVwQUl-ZpbHOObhs6S0s7pPVTO8H3MyDNvNYvxek09oYk5w5Iwq5QwwmDlghNtKBSDZ2sWMN-o0B7xN51lNFcrBntFPXpw2G1DBrih-6xHW8TCT__hY_I/s1600/borgman-cartoon.jpg" width="400" /> </a><br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<a href="http://api.ning.com/files/Hei-aNsD3-pdOX5Z-t0rOrzvqNL5BRtsgz0teLkZDnUelE3Yt8cidyE*LnWSJDRQI6pIFDNhWu4JOuyflCm8*jUSrZNX8QnP/alternativemedicinecartoon.jpg?width=515&height=600" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://api.ning.com/files/Hei-aNsD3-pdOX5Z-t0rOrzvqNL5BRtsgz0teLkZDnUelE3Yt8cidyE*LnWSJDRQI6pIFDNhWu4JOuyflCm8*jUSrZNX8QnP/alternativemedicinecartoon.jpg?width=515&height=600" height="400" width="342" /></a><span style="font-size: x-small;"><span style="color: #999999;"> </span></span><br />
<br />
<div style="text-align: right;">
<span style="font-size: x-small;"><span style="color: #999999;">(novos enlaces e ilustrações: 14abr2015; rev. 21jan2016 ) </span></span></div>
</div>
Jeferson Arenzonhttp://www.blogger.com/profile/00611245031333585063noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-7092887688953351150.post-32749008776776181652015-02-24T07:36:00.002-03:002015-02-24T07:37:48.058-03:00Teoria de Tudo<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrqs7mhssWDtwnO0UCuvIGZof0WOPHqeUlhxwtMblWFazq79ckpxJB7g3gY-O7EYv_Lnw_kaXKWwa3u_5JTqGjczVHEeIHc0A77OOruhR6oECX-A6xW5Q-14ILvHYlGo8jiZ_JYWuEBRig/s1600/17192699.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrqs7mhssWDtwnO0UCuvIGZof0WOPHqeUlhxwtMblWFazq79ckpxJB7g3gY-O7EYv_Lnw_kaXKWwa3u_5JTqGjczVHEeIHc0A77OOruhR6oECX-A6xW5Q-14ILvHYlGo8jiZ_JYWuEBRig/s1600/17192699.jpg" height="266" width="400" /></a></div>
<br />
<br />
<br />
Poucos são os cientistas que, tendo alcançado a fama entre seus
colegas especialistas pelas importantes contribuições ao conhecimento
humano, vencem também a barreira protetora da academia e se tornam
conhecidos do grande público. Ainda mais raros são os que viram mitos.
Einstein, por exemplo, é imediatamente lembrado pela cabeleira, a
irreverente língua de fora e pelo vago uso da palavra “relativo”. Mas o
papel de Einstein na iconografia pop parece estar sendo ultrapassado
pelo físico inglês Stephen Hawking, que, como nenhum outro cientista,
tem uma presença muito forte na mídia. Só para citar os mais conhecidos,
já participou de seriados como <i>Os Simpsons</i>, Star Trek e <i>The Big Bang Theory</i>,
teve sua voz sintética utilizada por superbandas como Pink Floyd e Yes e
sua comunicativa cabeça imortalizada em uma jarra do seriado <i>Futurama</i>.
<br />
<br />
<br />
<a name='more'></a><br />
<br />
Hawking foi diagnosticado com esclerose lateral amiotrófica,
popularizada pelo recente desafio do balde de gelo, que progressivamente
reduziu seus movimentos musculares e o confinou a uma cadeira de rodas.
Atualmente, para se comunicar, ele usa um sintetizador de voz movido
por um único músculo da bochecha e sua trajetória é contada, do ponto de
vista de sua primeira esposa e mãe de seus filhos, no recente filme <i>A Teoria de Tudo</i>.<br />
<br />
Hawking dedicou boa parte de sua carreira aos buracos negros e às
condições iniciais do Universo, 13 bilhões de anos atrás. Fez grandes
contribuições, como o mecanismo que explica como um buraco negro perde
massa e evapora, efeito que leva o seu nome, a Radiação Hawking. Um
buraco negro se forma quando um corpo celeste, cuja massa precisa ser
algumas vezes superior à do nosso Sol, colapsa devido à sua própria
gravidade. Ao redor do buraco negro a força gravitacional (ou, em termos
relativísticos, a distorção do espaço-tempo) é tão forte que nem mesmo a
luz tem velocidade suficiente para escapar. Esta região, que esconde
tudo o que ali acontece, é delimitada pelo chamado horizonte dos
eventos. Ao redor dele, a luz apresenta uma complexa, e até há pouco
tempo desconhecida, dança, pela primeira vez representada no filme <i>Interestelar</i>.
A forma inusitada foi uma surpresa até mesmo para Kip Thorne, físico
aposentado que agora se dedica ao cinema, amigo e colaborador de
Hawking, e que foi o responsável pelas equações que, quando resolvidas
numericamente, levaram à representação da luz espiralando na direção do
buraco negro do filme. Este talvez seja o primeiro resultado científico,
publicável, obtido por uma equipe de cinema.<br />
<br />
Um buraco negro, portanto, consiste em uma enorme massa (o domínio de
estudo da Relatividade Geral) em uma região extremamente pequena (o
domínio quântico). A dificuldade surge porque cada um desses limites,
separadamente, é descrito por teorias bem sucedidas experimentalmente,
independentes, mas inconsistentes entre si. Ambas podem estar erradas,
mas não corretas simultaneamente. O título do filme, a Teoria de Tudo,
faz referência à busca, infrutífera até hoje, por Einstein, Hawking e
muitos outros, por uma teoria unificada das interações da Física, uma
gravitação quântica.<br />
<br />
Atualmente a área é efervescente, com resultados que podem nos obrigar a
reescrever os livros de Física. Por exemplo, na intersecção da
cosmologia com a física de partículas, a matéria escura e a energia
escura compõem, juntas, cerca de 95% da massa/energia do Universo e
ainda assim não sabemos qual a sua origem e composição. Não temos uma
teoria para elas, mas as evidências experimentais são fortes. A matéria
escura causa efeitos gravitacionais sobre a matéria visível, e a energia
escura, permeando todo o Universo, acelera sua expansão. Teorias são
ampliadas e fagocitam suas antecessoras, aumentando seus domínios de
atuação. Estas, por sua vez, não são abandonadas, mas continuam úteis
(por exemplo, a descrição da gravitação feita por Newton há mais de três
séculos ainda é boa o suficiente para mandar um satélite para o espaço,
mas não para o GPS do seu celular). O mesmo irá ocorrer com uma
eventual teoria da gravitação quântica. A menos que seja necessário usar
a forma mais ampla e complexa, suas antecessoras continuarão a ser
usadas.<br />
<br />
A busca por esta teoria final está no início, e obviamente existem
controvérsias, teorias alternativas, falta de consenso, debates
acirrados, egos abalados e mesmo teorias completamente malucas. Mas é
este o mecanismo que impulsiona o progresso científico, o debate de
ideias e a busca sistemática e rigorosa por novas e melhores
explicações. Controvérsias, pelo menos as científicas, são decididas
colocando-se todas as cartas (teorias) na mesa e comparando com o mundo
real. As resistências sentimentais são normalmente eliminadas no longo
prazo por esse processo autolimpante que é a ciência. No momento não
sabemos qual a teoria que sairá vencedora nesse ambicioso projeto de
unificação, nem se ela é uma das já propostas, mas certamente é
inspirador que a busca por uma teoria que integra todas as interações do
mundo real seja feita com tanta paixão por um cientista que interage
cada vez menos com esse mesmo mundo.<br />
<br />
Matéria publicada no jornal portoalegrense Zero Hora em 1/2/2015 (versão online <a href="http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/proa/noticia/2015/01/stephen-hawking-e-as-controversias-para-desenvolver-a-teoria-de-tudo-4691280.html">aqui</a>).Jeferson Arenzonhttp://www.blogger.com/profile/00611245031333585063noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7092887688953351150.post-23027143425520691502014-11-17T01:12:00.003-02:002014-11-17T01:15:16.692-02:00Um desafio darwiniano aos sistemas públicos de saúde do mundo: o vírus Ebola<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://i.huffpost.com/gen/1743038/thumbs/o-EBOLA-AFRICA-facebook.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://i.huffpost.com/gen/1743038/thumbs/o-EBOLA-AFRICA-facebook.jpg" height="200" width="400" /></a></div>
Com algum atraso, trazemos a Coluna <i>Observatório </i>publicada no mês de outubro de 2014 em <i>Scientific American Brasil</i>
(edição #149), que saiu com um título mais ameno que o original: "O desafio do Ebola -
Uma epidemia que não pode ser considerada um problema localizado na
África". Quando foi escrito, a crise estava em seu primeiro mês, e os casos ainda
restritos ao continente africano. A previsão aqui feita foi posta a teste, e por sorte, algum tipo de ajuda acabou chegando àquela
região esquecida, a maioria de países que não são primeiro mundo, como o Brasil, que <a href="http://www.brasil.gov.br/governo/2014/08/brasil-enviara-medicamentos-para-combater-ebola-na-africa-ocidental" target="_blank">fez a sua parte</a>, e Cuba. Foi, ademais, um alívio que nosso <a href="http://noticias.terra.com.br/brasil/primeiro-exame-em-paciente-com-suspeita-de-ebola-da-negativo,05d0f66690ff8410VgnVCM20000099cceb0aRCRD.html" target="_blank">primeiro caso suspeito deu negativo</a>. Estamos em novembro e apesar de a epidemia não ter cessado, também ainda não se alastrou pelo planeta. Esperemos que continue assim.<br />
<a name='more'></a><a href="https://www.blogger.com/null" name="more"></a><br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: medium;"></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: #990000;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-size: large;"><b>Um desafio darwiniano aos sistemas <br />públicos de saúde do mundo: o vírus Ebola</b></span></span></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="color: #990000;"><span style="font-size: xx-small;">Jorge A Quillfeldt [</span></span><span style="color: #990000;"><span style="font-size: xx-small;"><span style="color: #990000;"><span style="font-size: xx-small;"><i>escrito em 28ago2014</i>]</span></span></span></span><span style="color: #990000;"><span style="font-size: xx-small;"><span style="color: #990000;"><span style="font-size: xx-small;"><i><br /></i></span></span></span><span style="font-size: xx-small;"><i>Coluna Observatório</i> - Sci.Am.Br. # 149</span></span></div>
<span style="color: #990000;">
</span>
<div style="text-align: center;">
</div>
<span style="color: #990000;">
</span>
Vírus
são os parasitas perfeitos. Como aquele visitante indesejado que chega
em sua casa, sem carregar malas, instala-se e passa a utilizar tudo que
encontra pela frente sem pedir licença, desde a comida, até suas roupas e
tudo o mais... A seguir, ou vai ficando - parte do mobiliário, ou
despede-se dramaticamente, destruindo tudo, não deixando pedra sobre
pedra.<br />
<br />
A perfeição deste agente patogênico reside no “sem carregar
malas”, pois vírus são constituídos apenas de material genético, e,
dentro de uma célula, utilizam-se dos recursos moleculares e energéticos
da hospedeira para copiar-se profusamente. Também constróem, ali, seus
capsídeos, invólucros proteicos que permitem a sobrevivência e
transporte daqueles genes em sua versão dormente, que se difunde pelo
ambiente. Tal forma metabolicamente inativa – o <i>vírion </i>– não é
exatamente um “ser vivo”, mas, antes, um produto da evolução por seleção
natural com organização minimalista. Contém apenas o necessário para...
persistir! <br />
<br />
Vírus são fascinantes, mas também têm seu lado
aterrorizante enquanto agentes causadores de epidemias ou pandemias.
Parte desse medo tem fundamento, pois apesar de numericamente
majoritários no planeta, ainda sabemos pouco sobre esses patógenos. E
eis que entra em cena o vilão microscópico do momento, o vírus Ebola,
causador da febre hemorrágica com a mais alta taxa de mortalidade
conhecida: de 60% a 90%!<br />
<br />
Neste momento, o vírus se espalha em pelo menos
quatro países da África ocidental no maior surto desde sua descoberta em
1976. Até agosto passado, o vírus infectou e matou mais pessoas que a soma
de todas as vítimas dos surtos anteriores. Pelas condições precárias da
saúde na região, a longa duração deste surto favorece o acúmulo de
mutações nesses vírus que podem piorar a situação. Por isso, a OMS, em
8/8/2014, declarou a situação como “emergência de saúde de preocupação
internacional”.<br />
<br />
A situação preocupa por que é um vírus muito agressivo, com contágio
pelo simples contato entre pessoas e animais. E não existe tratamento ou
prevenção eficaz para a doença. Algumas
preparações antivirais estão sendo estudadas (TKM-Ebola, ZMab, Zmapp), e
vacinas estão em desenvolvimento, mas são propostas incipientes,
aguardando a fase de testes em humanos. A OMS estima que uma vacina só
estará disponível a partir de 2016.<br />
<br />
Um complicante é não
compreendermos todo o ciclo natural do vírus, uma vez que não sabemos,
com certeza, qual o seu <i>reservatório natural</i>, ou seja, que
organismo
hospeda o vírus de forma duradoura na natureza, sem, porém, contrair a
doença. O melhor candidato é uma espécie de morcego frugívoro da região.
Infelizmente esse animal também é considerado uma iguaria entre os
habitantes da região... Entre humanos, a disseminação se dá pelo
contacto com corpos e
secreções infectadas: devido à pouca informação e certos costumes, como
o de lavar ritualmente os mortos com as próprias mãos, a epidemia se
alastra. <br />
<br />
Os sinais e sintomas iniciais são confusos,
pois são muito similares aos de outras doenças: febre súbita, cefaléia, fraqueza e dor
muscular, seguidas de vômitos, diarréia, <i>rash </i>cutâneo e disfunção
hepática e/ou renal, podendo ocorrer hemorragias externas ou internas. A
confirmação do Ebola exige demorados testes laboratoriais (período
durante o qual podem ocorrer novos contágios se não houver isolamento do
suspeito), e o período de incubação varia de 2
a 21 dias (favorecendo o transporte do vírus até regiões isoladas antes
dos sintomas emergirem).<br />
<br />
O quadro é preocupante, e só não
chega a ser alarmante pelo fato de, até onde sabemos, o contágio se dar
apenas mediante contacto direto. O vírus parece não transmitir-se pelo
ar, apenas a partir de pacientes sintomáticos (ou mortos recentes), e os
sobreviventes parecem curar-se em até dois meses, não havendo registros
de doentes
crônicos. A alta letalidade do Ebola também limita naturalmente sua
disseminação, reduzindo o tempo de exposição/contágio.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.dailymaverick.co.za/images/resized_images/706x410q70ebola-system-under-strains.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="184" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/proxy/AVvXsEjCywv4stKnz19NY_zE2GNLi7SObMRsXg03AXcUII_zZyIlQ0mwgr4lgNKv1HG-Zv63ElElJ_jUzu3GNNQnA9uahjR68RVK_KPOvZG1mg9DnpVDVnJ9gX77fZAZupmxhyphenhypheni8JQQJBGOAcY3CwC8VJ8IE6h2CSM8IqTxolKNPrwPhfNbSpSYPxDeZsmBovV24KvDzBw-Kk0wnE2Xc3pQx=" width="320" /></a></div>
A
explosão do Ebola traz à tona a temática das chamadas “doenças
negligenciadas” – características dos países pobres, já bastante
prejudicados pelo baixo investimento em saúde. A escassez de
medicamentos e mesmo de conhecimentos científicos e tecnológicos
necessários se deve ao fato de que essas enfermidades não interessam à grande
indústria farmacêutica, mais dedicada às doenças crônicas prevalentes
nos países ricos, mais lucrativas no longo prazo. Choca saber que
investe-se, hoje, mais em pesquisa sobre calvície ou disfunção
erétil, que no estudo de doenças agudas que devastam regiões inteiras do
planeta.<br />
<br />
Diante dessas lacunas de conhecimento, os rumos da atual
epidemia ficam à mercê das limitações dos sistemas de saúde pública dos
países atingidos, sabidamente precários. Se já é ruim que a falta de
recursos afete o atendimento aos doentes, mais perversa ainda é a típica
ausência de serviços profiláticos, pois agentes de saúde bem treinados e
um esforço constante de educação da população poderiam fazer amenizar significativamente a propagação do vírus.<br />
<br />
O problema <i>é de todos</i>: de
nada servem investimentos adequados apenas nos redutos bem aquinhoados dos países do
primeiro mundo. Quando epidemias terríveis emergem, não há onde
esconder-se nesse globo encolhido pelo veloz transporte aéreo de massas.
Todos, ricos e pobres, acabarão pagando pela perpétua desigualdade
sócio-econômica que só favorece a expansão de epidemias como a do Ebola.<br />
<br />
Curiosamente, a causas dessa desigualdade não estão nos genes de nenhum ser vivo. Muito menos dos vírus.
<!-- Blogger automated replacement: "https://images-blogger-opensocial.googleusercontent.com/gadgets/proxy?url=http://www.dailymaverick.co.za/images/resized_images/706x410q70ebola-system-under-strains.jpg&container=blogger&gadget=a&rewriteMime=image/*" with "https://blogger.googleusercontent.com/img/proxy/AVvXsEjCywv4stKnz19NY_zE2GNLi7SObMRsXg03AXcUII_zZyIlQ0mwgr4lgNKv1HG-Zv63ElElJ_jUzu3GNNQnA9uahjR68RVK_KPOvZG1mg9DnpVDVnJ9gX77fZAZupmxhyphenhypheni8JQQJBGOAcY3CwC8VJ8IE6h2CSM8IqTxolKNPrwPhfNbSpSYPxDeZsmBovV24KvDzBw-Kk0wnE2Xc3pQx=" -->Jeferson Arenzonhttp://www.blogger.com/profile/00611245031333585063noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7092887688953351150.post-40284877736887643202014-06-13T14:59:00.000-03:002014-06-13T15:02:15.854-03:00De planetas distantes e luas próximas<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRRsYMx_RwU0u8wq-kyFFaGAOW-H5B75kHgUkGYR8bNHTPSKyQsMfR1TuB3evM09oU3gjgT8205U0vAjcyNfBnIvGWmQrqMXcZ-u5nJgWFdhkS9Jx7LwiwXQbds-oVZag31U9mL6LsSoU/s1600/saturn-moon-enceladus-water-ocean-640x598.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRRsYMx_RwU0u8wq-kyFFaGAOW-H5B75kHgUkGYR8bNHTPSKyQsMfR1TuB3evM09oU3gjgT8205U0vAjcyNfBnIvGWmQrqMXcZ-u5nJgWFdhkS9Jx7LwiwXQbds-oVZag31U9mL6LsSoU/s1600/saturn-moon-enceladus-water-ocean-640x598.jpg" height="186" width="200" /></a></div>
Que tempos estamos vivendo! Com apenas duas semanas de intervalo, a revista Science publicou, em abril de 2014, dois artigos que elevaram a jovem disciplina da Astrobiologia (ou Exobiologia) a um novo e inédito patamar de realismo. Em 4 de abril apareceu a hipótese <a href="http://www.sciencemag.org/content/344/6181/277/suppl/DC1" target="_blank"><span style="font-size: xx-small;">[1]</span></a>, bem fundamentada até este ponto, de que <a href="http://www.sciencedaily.com/releases/2014/04/140403142019.htm" target="_blank">existiria um oceano de água líquida aprisionado sob a espessa capa de dezenas de quilômetros de gelo em Encélado</a>, uma das luas de Saturno, o gigante dos anéis (uma lua que, aliás, passeia no meio de um desses anéis!). Em 18 de abril comunicou-se a <a href="http://scitechdaily.com/kepler-discovers-earth-size-planet-orbiting-star-habitable-zone/" target="_blank">descoberta de um planeta “certo” no “lugar certo”pelo telescópio espacial Kepler</a> que opera em órbita do Sol: Kepler-186f <a href="http://www.sciencemag.org/content/344/6179/78.long" target="_blank"><span style="font-size: xx-small;">[2]</span></a> é o primeiro candidato ideal a abrigar vida como a que conhecemos.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="color: #990000;"><span style="font-size: x-small;">(versão ampliada da coluna <i>Observatório </i>publicada por Jorge Quillfeldt</span></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: #990000;"><span style="font-size: x-small;">na <i>Scientific American Brasil</i> deste mês de junho de 2014)</span></span></div>
<br />
<br />
<a name='more'></a><br />
<br />
<br />
O que une esses dois achados é nada menos que a regra central da astrobiologia, que pode-se resumir na frase “Encontre a Água”. Como até o momento não se encontrou nenhuma evidência de vida extraterrestre e/ou de origem independente da nossa, muitos criticam esta área de investigações por não possuir um real “objeto de estudo”. Trata-se, porém, de um equívoco epistemológico, pois hipóteses bem construídas justificam plenamente a procura por seus “objetos”: por exemplo, as ondas gravitacionais, previstas por Einstein em 1916, só começaram a se “materializar” várias décadas mais tarde, e a primeira detecção direta – ainda em discussão - pode te-se dado apenas em 2014, 98 anos depois! Neste sentido, a hipótese astrobiológica é ainda bastante jovem.<br />
<br />
<a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Enc%C3%A9lado_%28sat%C3%A9lite%29" target="_blank">Encélado</a>, descoberto em 1789, é a 6a maior lua de Saturno, e pouco se sabia dele até ser visitado pelas sondas Voyager nos anos 1980. Desde então sabe-se que tem 500 Km de diâmetro e reflete a maior parte da luz incidente por tratar-se de uma superfície de puro gelo, com antigas regiões craterizadas e terrenos <br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
mais recentes, com deformações tectônicas. Vinte e cinco anos mais tarde, essa lua gelada está sendo escrutinada regularmente pela sonda Cassini, que estuda Saturno e suas luas, e foi em 2005 que um sobrevôo registrou três géiseres projetando-se do pólo sul, região que possui menos crateras e parece mais ativa geologicamente: isso sugere a existência de um bolsão de água líquida sob o gelo, possivelmente derretida pelo aquecimento geotérmico causado pela maré gravitacional exercida por Saturno. O mecanismo foi demonstrado para as luas de Júpiter, como Io, que tem vulcões ativos, e Europa, uma lua de gelo com dimensões similiares a nossa Lua, e que se crê possuir um oceano global sob o gelo. Sucessivos sobrevôos detectaram pelo menos três “pontos quentes” (relativos às temperaturas naquela distância do Sol, da ordem de 200 graus negativos!), de onde emergem os jatos de vapor d´água, além de detectar a presença de sais – que sugerem que a água de origem tem contato com uma superfícia rochosa - e moléculas como H2, CO2, CH4, HCN e NH3: com isso, Encélado é o único corpo do Sistema Solar – fora a Terra - que reúne, no momento, as quatro condições básicas para a habitabilidade, que são a presença de água líquida, carbono, nitrogênio e energia.<br />
<br />
A recente detecção de um oceano líquido sob o gelo do hemisfério sul de Encélado deu-se, por ora, apenas indiretamente. Utilizando-se simplesmente os sinais de rádio enviado pela sonda à Terra, media-se qualquer mínima variação de frequência durante os sobrevôos da sonda sobre diferentes regiões da lua: a atração gravitacional, proporcional à massa, produz pequena inflexão na btrajetória da Cassini e o sinal de rádio mostra isso pela variação de frequência, ou seja, ocorre um Efeito Doppler. A sensibilidade da Cassini permitiu descobrir uma assimetria entre os pólos norte e o sul de Encélado cuja única explicação seria a presença de um manancial de água líquida – que é mais densa que o gelo – no sul, com dimensões comparáveis ao Lago Superior no Canadá, que abriga 10% de toda água doce do planeta. Haverá vida microscópica sob o manto de dezenas de Km de gelo, como existem comunidades de microorganismos junto às fumarolas submarinas, géiseres localizados no fundo dos oceanos? Quem sabe.<br />
<br />
Kepler-186f é um exoplaneta que orbita uma estrela distante 492 anos-luz da Terra, e o primeiro a cumprir dois requisitos-chave, (a) dimensões semelhantes à da Terra e (b) órbita a uma distância que <br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgE_CgqTUJnP8vNSQmBy64VmCqz-1020eLrJ8ZDJbkuVQj_Ba4x2vo7yqpK_chRcKJcns-whIR4dP66j2tWKylCA8cLXs9GI0DLpnpbi7U3bnTga-9635hcFtW69L59O2l9EoT3cyschTw/s1600/Kepler186f-ComparisonGraphic-20140417_improved.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgE_CgqTUJnP8vNSQmBy64VmCqz-1020eLrJ8ZDJbkuVQj_Ba4x2vo7yqpK_chRcKJcns-whIR4dP66j2tWKylCA8cLXs9GI0DLpnpbi7U3bnTga-9635hcFtW69L59O2l9EoT3cyschTw/s1600/Kepler186f-ComparisonGraphic-20140417_improved.jpg" height="225" width="400" /></a></div>
permita haver água líquida em sua superfície – a chamada Zona de Habitabilidade. Trata-se de uma faixa de distâncias em que a quantidade de energia irradiada pela estrela é suficiente pra manter a água na fase líquida, desde, que, claro, exista uma atmosfera, pois o estado físico da água depende tanto da temperatura quanto da pressão. Como sua estrela é uma anã vermelha da classe M1, sua luminosidade é 25 vezes menor que a do Sol (classe G2 V), de modo que para receber a quantidade certa de calor, é preciso estar mais perto da fonte, É um princípio que qualquer bom assador de churrasco conhece: longe demais, frio demais (a água congela), perto demais, quente demais (a água vaporiza).<br />
<br />
Este novo planeta foi detectado pela técnica do trânsito, na qual se mede a queda no brilho da estrela quando o mesmo transita diante de seu disco. Com tais dados, pode-se estimar seu tamanho e sua órbita, mas não a massa nem a densidade: o raio é apenas 11% maior que o terrestre e seu “ano” dura cerca de 130 dias, orbitando sua estrela, porém, a uma distância menor que a de Mercúrio ao sol! Perto demais significa perigoso demais: além da possível rotação aprisionada, que afeta dramaticamente o clima, sua superfície seria constantemente castigada por flares e outras turbulências na superfície da estrela. E há pelo menos outros quatro planetas de dimensões similares neste sistema, orbitando ainda mais próximos ao astro, mas somente Kepler-186f está na Zona de Habitabilidade. Dito assim, esse exoplaneta não parece assim tão “habitável”, mas esse é apenas o primeiro de muitos achados que virão logo mais.<br />
<br />
O Telescópio Espacial Kepler examinou atentamente cerca de 145 mil estrelas em uma pequena região na Constelação do Cisne (imagine quanto falta observar só em nossa galáxia!) e já confirmou 961 exoplanetas em 76 sistemas planetários, praticamente dobrando o número total de exoplanetas conhecidos desde que estes foram descobertos em 1995. Resta analisar outros 3000 candidatos, e certamente haverão muitos exoplanetas semelhantes à Terra em termos de tamanho e distância ao astro. Esta é a realidade da astronomia atual, na qual conseguimos acumular dados de qualidade mais rapidamente que podemos analisá-los e interpretá-los.<br />
<br />
Esses dois achados estupendos só foram possíveis em função da moderna astronáutica, que permitiu posicionar nossos “sentidos” em diferentes pontos do sistema solar e examiná-lo dentro e fora. Encélado, devido aos geyseres que jorram água, minerais e moléculas orgânicas no espaço, pode ser a melhor opção para uma futura missão astrobiológica de coleta de amostras, ou mesmo para estudo in loco, concorrendo com vantagens com outros três candidatos, Europa (4a maior lua de Júpiter), Titã (maior lua de Saturno) e Marte. É quase certo que lá estaremos nos próximos anos. Já Kepler-186f, por mais que esse gêmeo galáctico, iluminado por um eficiente porém eterno crepúsculo avermelhado, incendeie nossos sonhos, visitá-lo está fora de cogitação sob qualquer cenário tecnológico atualmente concebível. Mesmo assim, já se está “escutando” as emissões de rádio daquele ponto do céu através da Rede de Rádiotelescópio Allen, afinal, por que não fazê-lo? Haverá alguma mensagem de rádio de algum organismo inteligente vivendo em Kepler-186f, enviada há 492 anos atrás, quando ainda engatinhávamos pelos oceanos da Terra? Sonhar não custa. Foram sonhos como este que nos levaram a enxergar tão longe, e talvez nos permitam obter conhecimentos que ultrapassem nossos mais insanos devaneios.<br />
<br />
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<br />
Jorge A Quillfeldt<br />
<i><span style="font-size: x-small;">Scientific American Brasil</span></i></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-size: x-small;">Junho de 2014</span></div>
<br />
<br />
<b><span style="font-size: x-small;">REFERÊNCIAS CITADAS:</span></b><br />
<span style="font-size: x-small;">(1) <a href="http://www.sciencemag.org/content/344/6181/277/suppl/DC1" target="_blank">Iess, L.; Stevenson, D. J.; Parisi, M.; Hemingway, D.; Jacobson, R.A.; Lunine, J.I.; Nimmo, F.; Armstrong, J.W.; Asmar, S.W.; Ducci1, M.; Tortora, P. (2014-04-04). "The Gravity Field and Interior Structure of Enceladus". Science 344 (6179): 78–80</a>.</span><br />
<span style="font-size: x-small;">(2) <a href="http://www.sciencemag.org/content/344/6179/78.long" target="_blank">Quintana, E. V.; Barclay, T.; Raymond, S. N.; Rowe, J. F.; Bolmont, E.; Caldwell, D. A.; Howell, S. B.; Kane, S. R.; Huber, D.; Crepp, J. R.; Lissauer, J. J.; Ciardi, D. R.; Coughlin, J. L.; Everett, M. E.; Henze, C. E.; Horch, E.; Isaacson, H.; Ford, E. B.; Adams, F. C.; Still, M.; Hunter, R. C.; Quarles, B.; Selsis, F. (2014-04-18). "An Earth-Sized Planet in the Habitable Zone of a Cool Star". Science 344 (6181): 277–280</a>.</span><br />
<div>
<br /></div>
Jeferson Arenzonhttp://www.blogger.com/profile/00611245031333585063noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-7092887688953351150.post-58709768413797814372014-05-14T09:47:00.003-03:002016-11-13T09:55:31.340-02:00Razões para o Uso de Animais em Experimentação<a href="http://dstats.net/download/http://www6.ufrgs.br/frontdaciencia/arquivos/Fronteiras_da_Ciencia-T05E10-Animais_em_Experimenta%C3%A7%C3%A3o-12.05.2014.mp3" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;" target="_blank"><img alt="http://dstats.net/download/http://www6.ufrgs.br/frontdaciencia/arquivos/Fronteiras_da_Ciencia-T05E10-Animais_em_Experimenta%C3%A7%C3%A3o-12.05.2014.mp3" border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj30TOyhRmwty0LhB3l1fR50gLMFj_qHhZTVM0RhzDzHth5Ip1hnQSWG6crMrUv2YKyi2ldySwkoqG4Z5pBFZ5yL6I30s7KTDj-MaX1N2y62_3YJmux04HB4Y4B6jfUBTmiCZhdrXbAABD-/s1600/fronteiras+da+ci%C3%AAncia.jpg" width="109" /></a><br />
<div style="text-align: justify;">
<br />
Como anunciado há algumas postagens atrás, chegamos ao <i>podcast </i># 163, um número a ser comemorado (por razões óbvias)!</div>
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<br /></div>
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Desta vez abordamos as <a href="http://dstats.net/download/http://www6.ufrgs.br/frontdaciencia/arquivos/Fronteiras_da_Ciencia-T05E10-Animais_em_Experimentacao-12.05.2014.mp3" target="_blank">razões que justificam o uso de animais</a> em experimentação, <a href="http://coletivoacidocetico.blogspot.com.br/2014/02/experimentacao-com-animais-o-que-esta.html" target="_blank">assunto que já havíamos comentado aquim, recentemente</a>. Nosso "entrevistado" fala bastante rápido - é verdade - mas o faz na tentativa de conseguir executar como que a "<a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Quadratura_do_c%C3%ADrculo" target="_blank"><i>quadratura do círculo</i></a>", no caso, <i>tentar expor o conjunto de argumentos mínimos necessários</i> para começar a refletir seriamente sobre este assunto, <i>dentro </i>do limitado tempo disponível. O assunto é daqueles sobre o qual a maioria das pessoas é muito ou completamente desinformada, mas que sempre vem acompanhado de uma forte resposta emocional.</div>
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<br />
<a name='more'></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Assuntos complexos exigem mais elementos para poderem ser ponderados, e são as primeiras vítimas nesta sociedade da rapidez e da superficialidade, onde os espaços de discussão oferecem cada vez menos tempo para se refletir e discutir<i> </i>(vide TV, Rádio, e mesmo Jornais). Como <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Political_views_of_Noam_Chomsky#Marginalization_in_the_mainstream_media" target="_blank">nos explica Noam Chomsky</a>, é difícil, sob tais condições, ir além da mera repetição de banalidades já conhecidas. </div>
<br />
Este é um daqueles assuntos que é impossível de ser compreendido, ou pelo menos responsavelmente abordado, com meia dúzia de frases feitas. <a href="http://dstats.net/download/http://www6.ufrgs.br/frontdaciencia/arquivos/Fronteiras_da_Ciencia-T05E10-Animais_em_Experimenta%C3%A7%C3%A3o-12.05.2014.mp3" target="_blank">Escute</a> e opine.Jeferson Arenzonhttp://www.blogger.com/profile/00611245031333585063noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-7092887688953351150.post-25662580391766546412014-04-28T16:20:00.001-03:002014-04-29T00:18:48.207-03:00Feliz Aniversário, Rádio Morabeza!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://radiomorabeza.cv/index.php/programacao/programa/26-fronteiras-da-ciencia" target="_blank"><img alt="http://radiomorabeza.cv/index.php/programacao/programa/26-fronteiras-da-ciencia" border="0" src="http://www.ufrgs.br/frontdaciencia/imagens/Morabeza_parceriaFdaC.jpg" height="348" width="400" /></a><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: xx-small;"><i><br />clique
para ampliar</i></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: xx-small;"><i> </i><span style="font-size: small;"><br /><br />
Está no ar o Fronteiras da Ciência<span style="font-size: small;"> especial de aniversário da <span style="font-size: small;"><a href="http://radiomorabeza.cv/" target="_blank">Rádio Morabeza</a><span style="font-size: small;">, </span></span></span></span></span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: xx-small;"><span style="font-size: small;"><span style="font-size: small;"><span style="font-size: small;"><span style="font-size: small;"><span style="font-size: small;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: xx-small;"><span style="font-size: small;">de Cabo Verde, </span></span>em seus 15 anos. </span></span></span></span></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: xx-small;"><span style="font-size: small;"><span style="font-size: small;"><span style="font-size: small;"><span style="font-size: small;"><span style="font-size: small;">O assunto não podia nos unir mais: o Oceano Atl<span style="font-size: small;">â</span>ntico<span style="font-size: small;">!</span></span></span></span></span></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: xx-small;"><span style="font-size: small;"><span style="font-size: small;"><span style="font-size: small;"><span style="font-size: small;"><span style="font-size: small;">Para<span style="font-size: small;">b</span>éns, caboverdianos e obrigado pela parceria na luta pela divulga<span style="font-size: small;">ção cient<span style="font-size: small;">ifica!</span></span></span></span></span></span></span></span><i></i></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<i><br /></i></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<i>Continuemos a ressoar, tanto a barlavento, quanto a sotavento!</i></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7092887688953351150.post-59214914622213394412014-04-24T02:55:00.000-03:002014-04-24T03:04:07.112-03:0023 de abril, Dia Internacional do Livro!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.readtogrow.eu/nl/Images/Scholen%20Info/world_book_day_Logo_Color.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://www.readtogrow.eu/nl/Images/Scholen%20Info/world_book_day_Logo_Color.jpg" /></a></div>
<br />
Mantendo a tradição de celebrar sempre com 1-2 dias de atraso as efemérides que se sucedem mais velozmente do que nossa limitada capacidade de reação permite, registro aqui que <i>ontem</i>, dia 23 de abril de 2014, foi o <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Dia_Internacional_do_Livro" target="_blank"><i><b>Dia Internacional do Livro</b></i></a>.<br />
<br />
Embora no Brasil exista também um <a href="http://www.prolivro.org.br/ipl/publier4.0/texto.asp?id=557">Dia
Nacional do Livro</a> (29 de outubro) é o dia 23 de abril que <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/World_Book_Day">está internacionalmente
dedicado à celebração e memória deste artefato</a> absolutamente central na história da humanidade.<br />
<br />
A efeméride restringia-se inicialmente à Espanha, que a celebrava desde 1923, tendo sido internacionalizada pelas mãos da UNESCO muito mais recentemente: apenas em 1995.<br />
<br />
Este dia era tido como sendo a data da morte de <a href="http://es.wikipedia.org/wiki/Miguel_de_Cervantes">Miguel de Cervantes</a>
e a UNESCO consolidou a efeméride reunindo-a com a coincidente data da morte de <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/William_Shakespeare">William Shakespeare</a>.
Na verdade, porém, Cervantes morreu um dia antes - o enterro é que foi nesta data - e como na Inglaterra vigia o <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Calend%C3%A1rio_juliano" title="Calendário juliano">calendário juliano</a>, sua morte ocorreu, de fato, 11 dias depois
da de Cervantes. Mesmo assim, tal incrível proximidade nas vidas de 2 dos maiores escritores-pioneiros da
literatura ocidental (<a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Lu%C3%ADs_de_Cam%C3%B5es">Camões
</a>precedeu-os, desaparecendo 36 anos antes) e a aparente coincidência desta data - 23/4 - fez com que a UNESCO adotasse essa escolha com naturalidade.<br />
<a name='more'></a><br />
<br />
Outros importantes escritores nasceram ou morreram nesta data, como <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Garcilaso_de_la_Vega" title="Garcilaso de la Vega">Garcilaso de la Vega</a> (no mesmo ano que os dois acima!), <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Maurice_Druon" title="Maurice Druon">Maurice Druon</a>, <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Vladimir_Nabokov" title="Vladimir Nabokov">Vladimir Nabokov</a>, <a class="new" href="http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Josep_Pla&action=edit&redlink=1" title="Josep Pla (página não existe)">Josep Pla</a> e <a class="new" href="http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Manuel_Mej%C3%ADa_Vallejo&action=edit&redlink=1" title="Manuel Mejía Vallejo (página não existe)">Manuel Mejía Vallejo</a>. <br />
<br />
Daqui a dois anos deveremos ter GRANDES celebrações, pois serão os 400 anos de sua morte!<br />
<br />
Quem sabe não fazemos as duas datas serem feriados no Brasil, uma por semestre? Dias de leitura em massa por todos os rincões de Pindorama!!!<br />
<br />
O Brasil precisa aprender a valorizar o livro!<br />
<br />
Saudações bibliófilas! <br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/a/a6/Printing3_Walk_of_Ideas_Berlin.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/a/a6/Printing3_Walk_of_Ideas_Berlin.JPG" height="320" width="240" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.risasinmas.com/wp-content/uploads/2012/05/los-clasicos-de-hoy-rsm-600x432.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://www.risasinmas.com/wp-content/uploads/2012/05/los-clasicos-de-hoy-rsm-600x432.jpg" height="287" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.rugusavay.com/wp-content/uploads/2013/02/Miguel-de-Cervantes-Quotes-2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://www.rugusavay.com/wp-content/uploads/2013/02/Miguel-de-Cervantes-Quotes-2.jpg" height="206" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.quotehd.com/imagequotes/TopAuthors/william-shakespeare-dramatist-cowards-die-many-times-before-their-deaths-the.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://www.quotehd.com/imagequotes/TopAuthors/william-shakespeare-dramatist-cowards-die-many-times-before-their-deaths-the.jpg" height="320" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://culture360.asef.org/wp-content/blogs.dir/1/files/2014/04/books-800x603.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://culture360.asef.org/wp-content/blogs.dir/1/files/2014/04/books-800x603.png" height="301" width="400" /></a></div>
<br />
<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7092887688953351150.post-981438805638827852014-04-22T22:42:00.002-03:002014-04-23T09:52:38.497-03:00Rumo ao 163!!!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://frontdaciencia.ufrgs.br/" target="_blank"><img alt="http://frontdaciencia.ufrgs.br/" border="0" src="http://www.ufrgs.br/frontdaciencia/imagens/podcast160.jpg" height="197" width="320" /><span id="goog_93199178"></span></a><span id="goog_93199179"></span></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
Extremófilas, no lugar mais seco que há...</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7092887688953351150.post-26333295978010701872014-04-14T13:29:00.001-03:002014-04-23T09:53:28.209-03:00Literatura Fantástica, Impressoras 3D e a origem da água dos Oceanos!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://frontdaciencia.ufrgs.br/" target="_blank"><i><img border="0" src="http://oglobo.globo.com/in/5194030-e5f-9f6/FT500A/2012-519544174-2012052060798.jpg_20120520.jpg" height="300" width="400" /></i></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;"><i>Fronteiras da Ciência</i>, em seu <span class="st">5º </span> ano, está com a corda toda!</span></div>
<br />
Nos programas mais recentes, cujos <i>podcasts </i>podem ser escutados <a href="http://frontdaciencia.ufrgs.br/" target="_blank">aqui</a> (ou <a href="http://www.if.ufrgs.br/%7Earenzon/fronteirasdaciencia.xml" target="_blank">assine nosso RSS</a>), abordamos os mais diferentes temas: <a href="http://dstats.net/download/http://www6.ufrgs.br/frontdaciencia/arquivos/Fronteiras_da_Ciencia-T05E04-LiteraturaFantastica-31.03.2014.mp3" target="_blank">entrevistamos os escritores Christopher Kastensmidt e Cesar Alcázar</a> (fundador da <a href="http://argonautaseditora.wordpress.com/" target="_blank">Argonautas Editora</a><b>)</b>, que organizaram a <a href="http://odisseialitfan.wordpress.com/" target="_blank"><i>IIIa Odisseia de Literatura Fantástica</i></a>, recém ocorrida em Porto Alegre, conversamos sobre o atualíssimo tema das <a href="http://dstats.net/download/http://www6.ufrgs.br/frontdaciencia/arquivos/Fronteiras_da_Ciencia-T05E05-Impressoras3D-07.04.2014.mp3" target="_blank">impressoras 3D</a> com o colega do IF, Rafael Pezzi - veja um exemplo incrível de aplicação médica <a href="http://super.abril.com.br/blogs/supernovas/category/biologia/" target="_blank">aqui</a> -, e debatemos a <a href="http://dstats.net/download/http://www6.ufrgs.br/frontdaciencia/arquivos/Fronteiras_da_Ciencia-T05E06-Origem_dos_Oceanos-14.04.2014.mp3" target="_blank">origem extraterrestre da água dos oceanos</a>, com o colega <a href="http://www.iau.org/administration/membership/individual/8172/" target="_blank">Othon Winter</a>, professor da UNESP / Guaratinguetá e também <a href="http://books.google.com.br/books/about/A_Conquista_do_Espa%C3%A7o_do_Sputnik_a_Miss.html?hl=pt-BR&id=dUWeiZCEGqMC" target="_blank">popularizador da ciência</a>.<br />
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
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Acompanhe!</div>
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Escute-nos!</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: center;">
Critique-nos!</div>
<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7092887688953351150.post-3909228895529446322014-04-01T14:05:00.000-03:002014-04-14T16:47:43.606-03:0021h de silêncio pela liberdade de expressão<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://frontdaciencia.ufrgs.br/" target="_blank"><img alt="http://frontdaciencia.ufrgs.br/" border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7Mv6uK301fPnk0C97fsT4YETLZABlrYyWG6_WpefKYTUvB_pT85q3ZGE2E1pIC4Ej4IV1faPjWZr2RDytP14Yl0N3es8nS1U5e2Dd1klCMHQ-aXzhJzZg11DBxH-gJiY92QmfI0IJHas/s1600/Lembrandoos50anos_31mar2014_v2.jpg" height="640" width="361" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="color: black;"><a href="http://www.fbes.org.br/images/stories/foruns_estaduais/sp/censura_na_ditadura.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><br /></a></span></div>
Unknownnoreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7092887688953351150.post-42483519798818667282014-03-12T23:38:00.000-03:002014-03-13T12:39:38.306-03:00Intolerância religiosa <div style="text-align: right;">
<br /></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbyK08HMFPmFWnq_OJUaLeEBZemSZAcXqMh-kP-af2ZR0OrPLR86HYnO_Ekfcvkxt1EHcbcN-JVOFszX-4c_jl7N_mvL6GRH9523ZkHc0P5FQFYscsooFX8UW-J2-glOs5j2Ee-A3Ltttx/s1600/antonio-prado-1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbyK08HMFPmFWnq_OJUaLeEBZemSZAcXqMh-kP-af2ZR0OrPLR86HYnO_Ekfcvkxt1EHcbcN-JVOFszX-4c_jl7N_mvL6GRH9523ZkHc0P5FQFYscsooFX8UW-J2-glOs5j2Ee-A3Ltttx/s1600/antonio-prado-1.jpg" height="219" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: right;">
Carlos Miraglia </div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: right;">
<br /></div>
No dia 11/03/2014 encontramos a <a href="http://www.cbnfoz.com.br/editorial/brasil/rio-grande-do-sul/11032014-105281-vereador-do-rs-pede-exoneracao-de-assessora-por-ela-nao-crer-em-deus">seguinte notícia</a> veiculada em várias mídias pelo Brasil: "Vereador de Antônio Prado pede demissão de servidora por ela ser ateia. Alex Dotti (PMDB) subiu à tribuna na sessão de 4 de fevereiro e pediu a exoneração da assessora de imprensa."<br />
<br />
<a name='more'></a><br />
<br />
Nos surpreende tamanha demontração de intolerância em uma cidade habituada à diversidade provocada pelo grande fluxo turístico. Apesar da perplexidade e desconforto, este episódio talvez possa servir de ensejo para deixar clara nossa posição. Alguém desavisado poderia concluir que como existe uma explícita oposição às práticas obscurantistas que pretendem sustentar suas credibilidades de forma equivocada, este blog poderia ser um espaço de forte intolerância. Não. Aqui é apenas um lugar de crítica. De questionamentos. Não censuramos ninguém e nunca vamos pedir censura. Todo mundo é livre para acreditar no que quiser. Assim como também somos livres e temos o direito de exercer nossa crítica (que também expõe sua face). Só apontamos nossas divergências publicamente. Não pedimos a prisão ou o emprego de ninguém.<br />
<br />
Não é o que está acontecendo em Antônio Prado. Certamente o vereador litigioso tem todo o direito de discordar da posição da assessora quanto às crenças que ela mantém. Mas daí impor arbitrariamente uma punição graças à sua divergência não é somente grotesco como também é flagrantemente ilegal. A assessora tem todo o amparo constitucional. Nossa estado é laico e mesmo que toda a população de Antônio Prado fosse de religiosos fanáticos, os órgãos públicos (republicanos) estão sob o regime dessa lei máxima. Não há o que discutir sobre a ilegitimidade da proposta do verador e por isso o acontecimento nos assusta pela inesperada implausibilidade. Neste caso, omissão não é uma opção.Jeferson Arenzonhttp://www.blogger.com/profile/00611245031333585063noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7092887688953351150.post-36742369396920576962014-03-07T17:37:00.000-03:002014-03-07T18:39:55.302-03:00Cansados de esperar?<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJUyIjQobULPuxQNTvpef2kIjR0Ny62BpsLOkP_Rt6W78unQmJHhCKsaHFlSDvb1hQcEmnaoK2saBidLbCLVQO-0CI8BybahhfyM1sKK5rsEYIJQ2opYRWpjWH4e53KkLJN0YT2tYwYwM/s1600/FdaC_inLogo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJUyIjQobULPuxQNTvpef2kIjR0Ny62BpsLOkP_Rt6W78unQmJHhCKsaHFlSDvb1hQcEmnaoK2saBidLbCLVQO-0CI8BybahhfyM1sKK5rsEYIJQ2opYRWpjWH4e53KkLJN0YT2tYwYwM/s1600/FdaC_inLogo.jpg" height="400" width="218" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: #990000;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: large;">Dia 10/3 estaremos de volta!</span></span></span><br />
<span style="color: #990000;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: large;"></span></span></span><br />
<a name='more'></a><span style="color: #990000;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: large;"> </span></span></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKXXY6Uk5JbVumxmtNzTwoZbpJmRoD8rS3r0rWvMlSB_6svwt7wS4rYrqg4OmRknokejqZyb9WXvEKNzO9VrZG6qa6nwflHOD9xJ6tL36yHTeouKRliH7oXuoQqhdeRktIK6PDZI9ubW4/s1600/5+ANOS.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKXXY6Uk5JbVumxmtNzTwoZbpJmRoD8rS3r0rWvMlSB_6svwt7wS4rYrqg4OmRknokejqZyb9WXvEKNzO9VrZG6qa6nwflHOD9xJ6tL36yHTeouKRliH7oXuoQqhdeRktIK6PDZI9ubW4/s1600/5+ANOS.jpg" height="320" width="266" /></a></div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7092887688953351150.post-6991674435139785372014-03-04T22:23:00.001-03:002014-03-07T18:30:43.111-03:00Ciência sem idolatria - o alerta de Susan Haack <div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://filosofiaparaelsigloxxi.files.wordpress.com/2013/05/unknown-1.jpeg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://filosofiaparaelsigloxxi.files.wordpress.com/2013/05/unknown-1.jpeg" /></a></div>
Talvez o maior êxito do advento da ciência seja a novidade quanto a sua atitude intelectual. Para sermos justos, a "descoberta" da razão é uma façanha grega da antiguidade clássica. Mas a ciência entendida como uma empresa coletiva e republicana voltada a uma explicação da realidade, guiada por uma postura racional (notadamente balizada por um ceticismo "saudável") é uma invenção da modernidade. São inegáveis seus espetaculares resultados teóricos e tecnológicos neste relativamente curto período histórico. Tão impressionantes que suscitaram em muitos uma compreensão equivocada da mesma, a ponto de comprometer sua legítima tarefa <i>epistêmica</i>. Principal erro: tomá-la como uma panacéia!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
No texto a seguir, <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Susan_Haack" target="_blank">Susan Haack</a>, de forma clara e lúcida, chama atenção para os perigosos excessos da idolatria à ciência, sem esquecer que, apesar de tudo, ela é uma das maiores conquistas humanas.</div>
<div style="text-align: right;">
</div>
<div style="text-align: right;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<a href="http://lihs.org.br/artigos/Haack_Seis_Sinais_de_Cientificismo_LiHS_2012.pdf" target="_blank">Leia o artigo de Susan Haack na íntegra aqui </a><a href="http://lihs.org.br/artigos/Haack_Seis_Sinais_de_Cientificismo_LiHS_2012.pdf" target="_blank"> (traduzido)</a></div>
<div style="text-align: center;">
</div>
<div style="text-align: right;">
<br />
Carlos A. Miraglia (UFPel)</div>
<div style="text-align: right;">
<br />
<a name='more'></a><br />
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
Recomendamos, desta mesma autora: </div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://era.org.br/wp-content/uploads/Capa_Haack_Manifesto.pdf" target="_blank"><img alt="http://era.org.br/wp-content/uploads/Capa_Haack_Manifesto.pdf" border="0" src="http://www.editora.vrc.puc-rio.br/imagens/destaque_manifesto_modap.jpg" height="200" width="133" /> </a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: small;"><a href="http://blog.criticanarede.com/2011/04/haack-apaixonada.html" target="_blank">Apresentação por Desidério Murcho (Critica na Rede)</a></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: small;"><a href="http://www.senado.gov.br/senado/biblioteca/servicos/getSumario.asp?cod=6088&tipo=A" target="_blank">Sumário do "Manifesto..."</a> </span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: small;"><a href="http://www.bulevoador.com.br/2012/12/susan-haack-contra-o-cientificismo/" target="_blank">Entrevista a Eli Vieira (LIHS / Bule Voador)</a><br /><a href="https://www.blogger.com/goog_623345779"><span id="goog_623345780"></span></a><a href="http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrissima/il2108201109.htm" target="_blank">Cabo de guerra multiculturalista (Oscar Pilagallo - FSP)</a></span><a href="http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrissima/il2108201109.htm" target="_blank"><span id="goog_623345771"> </span><span id="goog_623345772"></span><span id="goog_623345781"></span></a></div>
<div style="text-align: center;">
<a href="http://psiquecienciaevida.uol.com.br/ESFI/Edicoes/68/artigo252703-1.asp" target="_blank"><span class="titulomateria">Filosofia para dizer o quê? (Entrevista para Laura Talchin)</span></a></div>
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-size: x-small;">OBS.: Nesta postagem o colega do Ácido Cético Carlos Miraglia apresenta o texto de Susan Haack em tradução realizada por Eli Vieira e veiculada pelo blogue-parceiro <a href="http://www.bulevoador.com.br/2012/12/susan-haack-contra-o-cientificismo/" target="_blank">Bule Voador</a></span></i>. </div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7092887688953351150.post-82846747813105013662014-02-27T14:07:00.001-03:002014-07-22T15:38:27.005-03:00Experimentação com animais: o que está errado<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><b><a href="http://oanunciador.files.wordpress.com/2013/10/1375270_608354412561429_721477846_n.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://oanunciador.files.wordpress.com/2013/10/1375270_608354412561429_721477846_n.jpg" height="320" width="294" /></a></b></span></div>
<div style="text-align: left;">
No lamentável episódio da <a href="http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/10/instituto-e-um-dos-mais-importantes-nesse-tipo-de-experimentacao-no-pais.html" target="_blank">destruição de um importante laboratório científico-tecnológico brasileiro</a>, vemos o
resultado de vivermos em uma sociedade que se diz livre, mas que
na verdade está mesmo está <i>"livre" dos conhecimentos essenciais referentes </i><i>a sua própria
auto-subsistência</i>. Somos um paradoxo!</div>
<div style="text-align: left;">
<br />
Uma sociedade cuja mediação dos conhecimentos em
grande escala está <i>concentradíssma </i>nas mãos da grande mídia,
norteada basicamente por
interesses econômicos imediatos e dedicada a enfocar somente
aquilo que comove, abala, ou vende... Enfim, não é de
estranhar que existam cada vez mais pessoas que, abandonadas em meio à
neblina espessa da desinformação generalizada, acabam alimentando
toda sorte de postura obscurantista. Ironicamente o mesmo tipo de
obscurantismo que costumam criticar ou temer quando se manifesta noutras
latitudes...</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
O problema é complexo e multicausal,
não há dúvidas, mas se deve também, em boa parte, a <b>um fracasso da comunidade científica</b>, que não tem
feito sua parte, qual seja: um trabalho sistemático de <b>divulgação científica</b>
que esclareça à população <i>o que</i> se está fazendo, <i>por que</i>
se está fazendo, e que explique <i>por que é necessário</i> - pelo
menos por enquanto - <i>utilizar-se animais de experimentação</i> nas ciências biomédicas, em
diversos estágios do desenvolvimento científico e tecnológico. Ou por que seria uma imensa irresponsabilidade abdicar, neste momento, deste instrumento epistemológico.<br />
<br />
Na coluna <i>Observatório</i> da <a href="http://www2.uol.com.br/sciam/artigos/uso_de_animais_de_experimentacao_pela_ciencia.html" target="_blank">edição de fevereiro da revista <i>Scientific American Brasil</i></a>,
tentei sintetizar os
principais aspectos - geralmente desconhecidos e muitas vezes distorcidos - desse complexo e
incendiário tema. Leia a seguir.<br />
<a name='more'></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><b> </b></span></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: #274e13;"><span style="font-size: large;"><b>Uso de animais de experimentação pela ciência</b> </span></span></div>
<div style="text-align: center;">
<i>Os riscos de uma sociedade desinformada sobre coisas fundamentais das quais depende </i></div>
<div style="text-align: right;">
<br />
Scientific American Brasil - Ed. nº 141 (fev 2014)<br />
<span style="font-size: x-small;">texto integra da <a href="http://www2.uol.com.br/sciam/artigos/uso_de_animais_de_experimentacao_pela_ciencia.html" target="_blank">versão publicada</a></span></div>
<br />
<br />
O
maior desafio da popularização da ciência é explicar, para o maior
número possível de leigos, como funciona o processo científico que
produz novos conhecimentos acerca do mundo real, incluindo os
conhecimentos biológicos e clínicos que não apenas melhoram nossa
qualidade de vida, como muitas vezes representam a diferença entre a
vida e a morte. Em nenhuma outra área, compreender isso é tão vital como
no debate público da justificação do uso de animais na ciência,
especialmente após o saqueio do Instituto Royal em outubro passado,
evento cercado de mal-entendidos que a mídia não ajudou a esclarecer.<br />
Há
muita desinformação neste tema e alguns setores dos movimentos de
defesa dos animais pioram a situação exagerando relatos e distorcendo
fatos. Apesar do crescimento da pesquisa, a quantidade de animais
utilizados vem diminuindo devido aos esforços em substituir, reduzir
números e refinar procedimentos, base das chamadas políticas de
bem-estar animal, implementadas por lei em todo mundo, inclusive no
Brasil. Há comitês de ética monitorando o uso, e os movimentos têm
assento neles. A maior parte desses animais não experimenta desconforto
ou dor, e quando isso ocorre, é obrigatório o uso de medicamentos para
atenuá-los. Ao contrário do que se pensa, há maior bem estar animal no
ambiente científico que entre os animais criados para outros fins, como
animais de corte ou mesmo de estimação (como aqueles confinados a
apartamentos), práticas para as quais existem alternativas reais mas que
não são igualmente questionadas, nem são alvo de ações organizadas.<br />
<br />
Apesar
dos enormes avanços da medicina atual, ainda estamos longe de saber
tudo, e ainda existem doenças que não compreendemos a ponto de poder
debelá-las. A garantia de que tais benefícios da ciência estejam
igualmente disponíveis a todas as pessoas, é outro importante problema a
ser resolvido: mas o certo é que, se não se obtiver tal conhecimento,
não haverá o que distribuir.<br />
<br />
Para dispormos de medicamentos ou
procedimentos clínicos seguros e eficazes, deve haver uma série de
estudos prévios. Descobrir uma substância que atua inibindo determinada
doença, por exemplo, controlando um câncer in vitro, não garante que ela
possa ser utilizada de forma segura em um organismo integral: o corpo
humano é uma complexa rede de processos bioquímicos e fisiológicos,
envolvendo vários órgãos com diferentes papéis, e uma substância “boa”
aqui, pode ser “ruim” ali: nosso suposto agente anticâncer pode ser
tóxico ao fígado - o que muitas vezes é letal - e acabará descartado.
Mas será necessário causar a morte de uma pessoa, que poderia tentar
outro tratamento possível, apenas para descobrir se o mesmo é seguro ou
não?<br />
<br />
Testes de segurança contra efeitos colaterais como
toxicidade, teratogênese, mutagênese ou carcinogênese sempre precedem o
exame da substância em si, e geralmente são feitos em animais, até por
que a validação estatística exige estudar grande número de indivíduos. O
sacrifício humano acima, portanto, não resolveria a questão, e muita
gente teria de morrer à toa se não pudéssemos testar antes em animais.
Felizmente tal possibilidade foi banida após os horrores perpetrados
pelos “cientistas” nazistas durante a segunda guerra, resultando no
chamado Código de Nuremberg, fundamento de toda pesquisa científica
atual com humanos. Esta pode e deve ser feita, mas apenas com o
consentimento informado de voluntários, e somente em etapas posteriores
do estudo, quando há menos risco de danos irreversíveis.<br />
<br />
No
presente estágio do desenvolvimento científico, não existem alternativas
capazes de substituir o uso de animais, embora a busca continue.
Cultura de células, por exemplo, além de extraídas de seres vivos, não
permitem prever o que acontecerá com determinado fármaco ou procedimento
quando aplicado num animal inteiro, com fígado e rins que os processem e
modifiquem. Modelos em computador, por sua vez, incorporam apenas
conhecimentos já estabelecidos, e o objetivo da pesquisa científica é
acessar o que ainda é desconhecido. <br />
<br />
Assim, testes em animais seguem sendo necessários, sendo, de fato, a alternativa aos testes em humanos.<br />
Claro
que provar ser seguro em animais não garante 100% que também o seja
para nós: por isso, testes de segurança também são feitos em humanos,
mas somente depois de confirmado um razoável grau de segurança. Tais
testes funcionam e são úteis por que, apesar de sermos “tão diferentes”,
somos fundamentalmente muito parecidos: uma vez que toda vida na Terra
evoluiu a partir de ancestrais comuns, todos compartilhamos, em boa
parte, o metabolismo celular básico, e, entre mamíferos, também nossa
fisiologia de órgãos e sistemas. <br />
<br />
Devemos aos animais de
experimentação as muitas vidas que salvamos ou ajudamos a melhorar
graças às vacinas, antibióticos, hormônios (como insulina) e
medicamentos como analgésicos e antiinflamatórios, além de procedimentos
como transfusão, diálise, cirurgias, transplantes, métodos diagnósticos
e outros. Tudo isso é fruto de testes em animais. Mais: esses
conhecimentos também estão na base de toda a medicina veterinária de
hoje, fundamental para o bem estar animal, inclusive os de estimação.<br />
<br />
O
uso de animais pela ciência é uma complexa questão ética que merece
debate. E ele começa ponderando os vários fatores: o que é pior para
mais gente (e outros animais) no longo prazo, obter ou não obter estes
conhecimentos?<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
Jorge A Quillfeldt - Porto Alegre, 20 de dezembro de 2013</div>
Unknownnoreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7092887688953351150.post-88155634542468540992014-02-26T12:45:00.000-03:002014-03-07T18:33:45.801-03:00Cometa Cosmos completa primeira órbita em 9 de março!<b><span style="font-size: x-large;">1980 </span></b>foi um dos poucos anos, daquela fantástica era em que engatinhamos para fora do berço e começamos a explorar o sistema solar, no qual <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Solar_system_exploration#1980s" target="_blank">nenhuma sonda espacial foi lançada</a>, nem pelos EUA, nem pela então URSS. Mas foi neste ano que outro tipo de lançamento mudou a história da popularização da ciência: a <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Cosmos" target="_blank">série </a><i><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Cosmos" target="_blank">Cosmos</a> </i>foi ao ar, invadindo os lares de milhões de famílias, <a href="http://coletivoacidocetico.blogspot.com.br/2010/09/aos-30-anos-de-cosmos.html" target="_blank">marcando definitivamente as mentes</a> de milhares de futuros...cientistas. No Brasil exibia-se na Globo, no final das noites de domingo, sempre depois do "Fantástico". Na saudosa <a href="https://pt-br.facebook.com/video/video.php?v=267569896721698" target="_blank">dublagem de Herbert Richards</a> (não mais disponível), resultou em pelo menos 13 segundas-feiras de muito sono na escola (ou na Universidade), mas, mesmo assim, de pura euforia e imaginação.<br />
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="//www.youtube.com/embed/dBkMs_G6fGw" width="400"></iframe>
<br />
Em 9 de março, o cometa <a href="http://www.youtube.com/watch?v=dBkMs_G6fGw" target="_blank"><i>Cosmos</i></a> completa sua órbita elíptica de 34 anos e passa mais uma vez na Terra: estréia na TV Fox nos EUA a nova série <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Cosmos:_A_Space-Time_Odyssey" target="_blank"><i>Cosmos: Uma Odisséia pelo Espaço e pelo Tempo</i></a>, apresentada por <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Neil_deGrasse_Tyson" target="_blank">Neil deGrasse Tyson</a>, que promete deixar marcas tão ou mais profundas quanto o <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Carl_Sagan" target="_blank">velho Carl</a>. No <a href="http://www.planetary.org/blogs/casey-dreier/2014/0130-neil-degrass-tysons-cosmos-has-a-new-trailer.html" target="_blank">último <i>treiler</i> lançado em janeiro</a>, dá para "ouvir" um pouco mais este grande divulgador.<br />
<br />
No Brasil, <a href="http://www.ouniversodatv.com/2014/02/fox-e-nat-geo-anunciam-estreia-mundial.html" target="_blank">estreará na quinta, dia 13, às 22h30</a> e INFELIZMENTE apenas no canal de <a href="http://www.natgeo.com.br/br/especiais/cosmos" target="_blank">TV a cabo NatGeo</a>, pago, <i>por supuesto. </i><br />
<a name='more'></a>É lamentável que uma série que já teve papel tão relevante na educação científica de tod@s agora seja restrito à elite endinheirada, mas como desta vez a série não é um projeto de TV pública americana (em 1980 foi produzido pela PBS), a idéia vai ser mesmo lucrar com as transmissões, então talvez tenhamos de esperar bastante pela "abertura" do material (<a href="http://astropt.org/blog/2014/01/31/nova-serie-cosmos/" target="_blank">em Portugal a situação parece ser a mesma</a>). Mesmo assim, esperamos que a série entre logo em cartaz em algum canal aberto, ou mesmo na TV pública.<br />
<br />
Apesar desse lado triste, estamos contando as horas.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.ligadoemserie.com.br/wp-content/uploads/2014/02/cosmos2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://www.ligadoemserie.com.br/wp-content/uploads/2014/02/cosmos2.jpg" height="212" width="400" /> </a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.ligadoemserie.com.br/wp-content/uploads/2014/02/cosmosneil.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://www.ligadoemserie.com.br/wp-content/uploads/2014/02/cosmosneil.jpg" height="246" width="400" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: right;">
<span style="font-size: x-small;"><i><span style="color: #cccccc;">JAQ, 26fev</span></i></span></div>
Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7092887688953351150.post-48409618825133656192014-02-12T11:28:00.000-02:002014-03-07T18:35:23.386-03:00Feliz aniversário, Charles!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEablAVnP77Niucfou5XoRZDxGQX2a7uoVSgWeRNm4JpF_fJ9neilprAfIrbFs6b2wTdv5diiwge6CniaCKGKaVe_lobZkV2qihv62Uq3E-Xbhnsd6qvqQmId6G_hW4hD0AW3ViwSCjCg/s1600/DiaDeDarwin2014.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEablAVnP77Niucfou5XoRZDxGQX2a7uoVSgWeRNm4JpF_fJ9neilprAfIrbFs6b2wTdv5diiwge6CniaCKGKaVe_lobZkV2qihv62Uq3E-Xbhnsd6qvqQmId6G_hW4hD0AW3ViwSCjCg/s1600/DiaDeDarwin2014.jpg" height="307" width="400" /> </a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
E assim ressurgimos das cinzas (apenas no sentido metafórico, claro) para mais um ano de resistência! </div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<a name='more'></a><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://25.media.tumblr.com/9bd747d7c9a4a4bcd754298c0a4c75e9/tumblr_mhdco9RzqR1r7qpeho1_r1_500.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://25.media.tumblr.com/9bd747d7c9a4a4bcd754298c0a4c75e9/tumblr_mhdco9RzqR1r7qpeho1_r1_500.jpg" height="308" width="320" /> </a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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<a href="http://www.materiaincognita.com.br/wp-content/uploads/2010/09/frase-homem-x-macaco.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://www.materiaincognita.com.br/wp-content/uploads/2010/09/frase-homem-x-macaco.jpg" height="108" width="320" /></a></div>
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