quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Enquete sobre ensino religioso

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Está ocorrendo uma votação online na página do senado sobre o ensino religioso nas escolas públicas. Isso já foi discutido pelo Jorge, aqui neste blog, há alguns meses. Então, se você também acha que religião se aprende em casa, que o estado deve se manter laico e que o acordo assinado pelo governo com o Vaticano é inconstitucional e discriminatório, entre e vote NÃO. É importante, pois o resultado pode subsidiar as decisões do Senado sobre o assunto. Mas se você ainda tem dúvidas, eu cito este texto (os negritos são meus):

O ensino da religião católica não poderá ser substituída por matérias como história das religiões, de ética ou de cultura religiosa porque isso significaria dano e marginalização dos estudantes que pedem para estudá-la.
O governador regional da Congregação Vaticana para a Educação Católica, Zenon Grocholewski, faz esta afirmação em carta enviada aos presidentes das conferências episcopais datada do passado 5 de maio e que nesta quinta-feira, 10, publica o diário La Repubblica.

O ensino da religião não pode estar limitado a uma exposição das distintas religiões, em modo comparativo ou neutro, mas deve concentrasse no ensino da religião católica, acrescenta.

O poder civil deve reconhecer a vida religiosa dos cidadãos e favorecê-la, mas sairia de seus limites se tentasse dirigir ou impedir os atos religiosos, pois concerne à Igreja estabelecer os conteúdos autênticos do ensino da religião católica na escola garantindo assim aos pais e aos alunos o que vem ensinando no catolicismo.

O ensino da religião na escola - continua - se transformou em objeto de debate em alguns casos de novas regulamentações civis em determinados países, que tendem em substituí-lo com um ensino religioso multiconfessional ou de ética ou de cultura religiosa.

Se o ensino religioso fosse limitado a uma exposição das diversas religiões em modo comparativo ou neutro, se poderia criar confusão ou gerar relativismo ou indiferença religiosa, explica.

Assim segue a ordem dada aos bispos de se oporem a qualquer tentativa de ensino multirreligioso ou ética, assinala o diário.


Da EFE, publicado em O Estado de São Paulo em 10/9/2009


16 comentários:

Jorge Quillfeldt disse...

Está feia a coisa: acabei de votar e já está 2:1 a favor do "sim"...

Sim: 66%
Não: 34%
Votos: 27510 votos

Marco Idiart disse...

Bom, não é de se admirar. Mas tenho uma mensagem de otimismo para vocês: As aulas de religião que tive no Colégio Santa Inês onde fiz o ensino fundamental foram de grande contribuição para o meu ateísmo. :-)

Marco Idiart disse...

Por sinal a enquete é estranha, Se eu votar "não" significa que sou contra o "ensino facultativo" e portanto a favor do "ensino obrigatório" ou eu nem quero o "ensino facultativo"?
Ou seja, o que está sendo discutido o "ensino"ou o facultativo"?

Jeferson Arenzon disse...

A mesma dúvida apareceu no Pharyngula:

http://scienceblogs.com/pharyngula/2009/09/a_brazilian_poll.php

A pergunta deveria ser: o estado deve gastar dinheiro com professores de (uma) religião?

Mauro Paz - Blogger disse...

Eu tenho um filho de 5 anos, e tanto quanto eu posso mantenho longe das bobagens religiosas, mas é difícil, pois a sociedade está encravada em uma pedra chamada religião, "O vício de linguagem", o costume de estarem sempre pedindo milagres e coisas do genero disperta a curiosidade de crianças da idade de meu filho, mas acho que matar a "raiz do mal" em casa, no momento que meu filho pergunta sobre assuntos que ouviu ou viu na tv, eu sou claro e afirmativo, "isso não existe, isso é só fantasia, não precisa acreditar nisso, assim como o super homem não existe e o homem aranham também não , são personagens da fantasia humana", mas a influencia de parentes, principalmente avós é inegável e irritante, temos que preparar os nossos filhos para o pior, a pressão psicológica da religião, torna-los fortes o bastante para serem criticos e céticos, e com o conhecimento se tornaram automáticamente ateus e livres dessa bobagem toda.

André disse...

Que diferença faz se o PT colocar ensino religioso nas escolas, se ao mesmo tempo é partidário do assassinado de criancinhas e da proibição - filosófica, científica, antropológica etc que seja (em breve, obras de S. Freud censuradas ;) - de qualquer opinião contrária à viado-lesbo-traveco-sexualidade?

André disse...

Ademais que no Brasil só há dois tipos de catolicismo: a ridícula Renovação Carismática e a eminentemente herege e anti-cristã Teologia da Libertação.

Jeferson Arenzon disse...

André,

Pelo tom do teu comentário, imagino que tenhas uma "opinião contrária à viado-lesbo-traveco-sexualidade". Mas nesse blog costumamos discutir baseados em argumentos, e não em ataques gratuitos a segmentos legítimos da sociedade.

André disse...

Eu não tenho nada com a vida sexual dos outros. Ataquei quem, Sr. Jeferson? Você é que fugiu do assunto, chamando-me homofóbico.

André disse...

Se aprovarem a PLC 122, será crime neftepaíf achar, ahm, bisonha a figura do falecido Vanessão Ji-Paraná. Se rir da chup'tchinha ou dos fintchi reais, vai preso, SEU PORCO REACIONÁRIO!

Jeferson Arenzon disse...

von Kugland,

Atacaste ao usar termos pejorativos como "viado-lesbo-traveco-sexualidade". E não te acusei de homofóbico, fizeste isso sozinho...

Jorge Quillfeldt disse...

Parece que o André compartilha da ira dos pastores evangélicos com esse projeto de lei, os únicos cidadãos no universo que estão "preocupadíssimos" com isso, talvez por que tenham outros planos para esse pessoal...

Bem, a opinião é livre, mas ajudaria muito se fosse mais CLARA e menos agressivo, certo?

Marco Idiart disse...

Alo André

Criticaste o PT, os Católicos, ao Jeferson, usaste termos pejorativos, maiúsculas, etc. Mas não disseste no que acreditas e quais as ideias que defendes.
O tema é "enquete sobre o ensino religioso nas escolas". Defendes? És contra? Porque?
Eu gostaria muito de ler um bom argumento, sem ironia, sem PT. Discussões polêmicas são boas desculpas para desenvolvermos argumentos inteligentes.

André disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
André disse...

Sou absolutamente favorável ao ensino religioso nas scholas confessionais: nas scholas públicas, porém, não o deve haver.

Os professores das scholas públicas, que mal conseguem se virar co'a tabuada e a anályse syntáctica, como que poderiam lidar co'as subtilezas da theologia?

Dantes educação nenhuma que má educação, penso.

André disse...

Ademais que dar mais essa cáthedra à voz ignominiosa do Estado deixaria que bureaucratas desprezíbeis — quasi todos eles inimigos da Sancta e Cathólica Igreja — conspurcassem a educação das crianças nas cousas sublimes.