Estamos acostumados a celebrar a imensidão do cosmo, tentando conceber as enormes distâncias que separam os astros e sabendo que o espaço é um lugar essencialmente vazio. Pudemos experimentar esta sensação em parte nos últimos dias assistindo ao filme Gravity de Alfonso Cuarón (apesar de alguns deslizes que nenhum aficcionado deixaria passar - veja também aqui e aqui). Mas algumas analogias ajudam a desvendar um outro "ângulo" dessa sensação de solidão: planetas, asteróides e outros objetos são objetos suficientemente grandes para - em que pesem as distâncias - ainda assim parecer-nos grandes...
É contraintuitivo e divertido.
É o que nos trouxe recentemente Randall Munroe em sua webcomic XKCD (ao lado) onde ocasionalmente publica seus infográficos nerd baseados em dados reais: neste caso, o cálculo, sobre a superfície da terra, da área projetada pelo disco aparente de cada astro mencionado. Afora a primeira - a mancha central de um eclipse - que conhecemos melhor, há várias medidas surpreendentes, especialmente a última. Se pensarmos que a dimensão angular de um objeto distante está relacionada com a resolução possível de um telescópio, e se bactérias são facilmente visíveis ao microscópio, por que não podemos enxergar - alguns perguntarão - nossas sondas espaciais mais distantes através de um telescópío?
Fica o palpitante desafio!
Dúvidas? Consulte o professor Fernando Lang.
segunda-feira, 14 de outubro de 2013
Tamanhos surpreendentes!
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Um comentário:
Acho que não tinha lido com a devida atenção o final do texto, onde se coloca o desafio de explicar por que não se pode ver as sondas espaciais que se projetariam no instrumento de observação com uma dimensão semelhante a das bactérias, facilmente visíveis há décadas.
Vou dar meu palpite. Tem o problema de apontar o telescópio para o lugar certo, mas não deve ser o maior deles, porque acredito que haja um modelo razoavelmente preciso da trajetória das sondas, que poderia ser corrigido pela direção de onde vêm as emissões eletromagnéticas destes objetos. Acho que o problema maior deve ser a fraca iluminação natural das sondas pelas estrelas. E as sondas devem refletir o pouco captado de luz na direção certa para permitir a observação.
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