Acho que reconheci o Lincoln (um presidente norte-americano ateu? Sério?), o Einstein, o Darwin (acho - era ateu mesmo?) e o Sagan. Me ajudem com os outros.
Eu quase cheguei a pensar que fosse o Olivio Dutra (Mark Twain), mas aí eu lembrei que no Brasil nem os políticos socialistas são ateus. Pelo menos não assumidos, e não se concorrem a algum cargo.
Acabei de ouvir o programa. Certamente um dos melhores.
A postura do Marco e do Jeferson foi verdadeiramente a de entrevistadores e moderadores, deixando a palavra mais tempo com os convidados, o que contribui bastante para a exposição do conteúdo, afinal um convidado que tem presença esporádica no programa precisa de mais tempo do que os participantes regulares. Embora o Eli Vieira tenha demonstrado um ótimo posicionamento, me impressionou mais o discurso do Francisco Marshal: muito eloquente, sintético, significativo e com perfeito encadeamento das proposições (deve ter ensaiado :) ). Ademais, o roteiro do programa (se é que existe algum pré definido) acertou em passar direto sobre os chavões do debate crentes versus ateus e tocar diretamente nas questões mais profundas e interessantes.
Sobre a (ausente, para alguns) moralidade dos ateus, creio que ela não só existe sem prejuízo na ausência da religiosidade, como também é melhor, como afirmou ao final o Francisco. Penso que a amplamente difundida e aceita falácia de que a religião inventou e mantém a ética e a moral humanas induz os crentes a um preconceito sobre si, de que sua religiosidade é condição suficiente para merecerem os rótulos de bondosos, solidários e generosos. Esse pré convencimento, suponho, favorece até um certo ponto, a prática contrária das virtudes sem o ônus de um fardo na consciência.
Minha experiência diárias me faz concluir (talvez com algum viés do meu ateísmo), que as virtudes humanas se manifestam mais frequentemente em ateus que em crentes. Creio que os crentes são mais vulneráveis à “anestesia” ética causada pelo repetitivo discurso moralista desconectado da exigência da prática do mesmo. O ateu, em contrapartida, precisa de fato praticar virtudes para se dar à vaidade de considerar-se um nobre ser humano.
Chico, Não vamos "endeusar" (olha aí o trocadalho do carilho) os ateus. Talvez hoje eles só sejam melhores porque são poucos. E por falar em experiências, conheço um que é um excelente amigo, mas um rematado canalha e, sometimes, um grandessíssemo filho da p... Quanto a mim, sim, acho que hoje, ateu, sou melhor. Grande abraço.
Somos um coletivo de professores e estudantes da UFRGS preocupados com a crescente presença do obscurantismo na cultura brasileira, inclusive no meio acadêmico, que deveria caracterizar-se pelo espírito crítico. Neste espaço pretendemos nos encontrar ocasionalmente para "jantar" e conversar: os pratos preferidos serão pseudociências, crendices, posmodernismo, mistificações e pensamento mágico, alguns, mera picaretagem, outros, equívocos notáveis. Todos evitáveis... portanto, brindemos! *** Alerta de Conteúdo Adulto: Neste blogue não achamos feio discutir religião.
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6 comentários:
Acho que reconheci o Lincoln (um presidente norte-americano ateu? Sério?), o Einstein, o Darwin (acho - era ateu mesmo?) e o Sagan. Me ajudem com os outros.
Orson Welles, Grouxo Marx e Benjamin Franklin...
Tsc, tsc...
Que feio, crianças! Erraram!
Só lhes resta a atenuante de ser uma lista MUITO gringa - são "heróis" do panteão norte-americano, e não de nomes da cultura universal...
E ali não aparecem um, mas DOIS ex-presidentes norte-americanos!
OK, lá vão os nomes:
Ernest Hemingway - Abraham Lincoln - Carl Sagan (fila dos fundos)
Mark Twain - Thomas Jefferson (fila do meio)
Albert Einstein - Charles Darwin - Benjamin Franklin (fila da frente)
Alguns até podem ser questionados, mas é preciso analisar o contexto (como no caso de Espinosa). Uma boa lista de ateus famosos está aqui
Eu quase cheguei a pensar que fosse o Olivio Dutra (Mark Twain), mas aí eu lembrei que no Brasil nem os políticos socialistas são ateus. Pelo menos não assumidos, e não se concorrem a algum cargo.
Acabei de ouvir o programa. Certamente um dos melhores.
A postura do Marco e do Jeferson foi verdadeiramente a de entrevistadores e moderadores, deixando a palavra mais tempo com os convidados, o que contribui bastante para a exposição do conteúdo, afinal um convidado que tem presença esporádica no programa precisa de mais tempo do que os participantes regulares. Embora o Eli Vieira tenha demonstrado um ótimo posicionamento, me impressionou mais o discurso do Francisco Marshal: muito eloquente, sintético, significativo e com perfeito encadeamento das proposições (deve ter ensaiado :) ). Ademais, o roteiro do programa (se é que existe algum pré definido) acertou em passar direto sobre os chavões do debate crentes versus ateus e tocar diretamente nas questões mais profundas e interessantes.
Sobre a (ausente, para alguns) moralidade dos ateus, creio que ela não só existe sem prejuízo na ausência da religiosidade, como também é melhor, como afirmou ao final o Francisco. Penso que a amplamente difundida e aceita falácia de que a religião inventou e mantém a ética e a moral humanas induz os crentes a um preconceito sobre si, de que sua religiosidade é condição suficiente para merecerem os rótulos de bondosos, solidários e generosos. Esse pré convencimento, suponho, favorece até um certo ponto, a prática contrária das virtudes sem o ônus de um fardo na consciência.
Minha experiência diárias me faz concluir (talvez com algum viés do meu ateísmo), que as virtudes humanas se manifestam mais frequentemente em ateus que em crentes. Creio que os crentes são mais vulneráveis à “anestesia” ética causada pelo repetitivo discurso moralista desconectado da exigência da prática do mesmo. O ateu, em contrapartida, precisa de fato praticar virtudes para se dar à vaidade de considerar-se um nobre ser humano.
Chico,
Não vamos "endeusar" (olha aí o trocadalho do carilho) os ateus. Talvez hoje eles só sejam melhores porque são poucos. E por falar em experiências, conheço um que é um excelente amigo, mas um rematado canalha e, sometimes, um grandessíssemo filho da p...
Quanto a mim, sim, acho que hoje, ateu, sou melhor.
Grande abraço.
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