segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Três pitadas de pó de aranha, dois dentes de porca prenhe, mexer lentamente assoviando o Dies Irae...

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(atrasou um pouco, mas já está lá, junto com o Guia do FdaC#21)

*

11 comentários:

Costa disse...

Bem bueno esse programa, um dos melhores. Muito recentemente eu e uns amigos - colaboradores do Adaga do Xirú Occam - entramos numa discussão sobre o método científico, especialmente sobre o método hipotético dedutivo, e surgiram alguns nomes que vocês citaram no programa. Espero ansiosamente pelo guia de estudo.

abraços

Costa disse...

Em tempo - vosmecês bem que poderiam fazer um programa sobre a enxurrada das hidrelétricas que querem colocar no nosso Rio Uruguay-Pelotas. Acho interessante mesmo pela questão da energia, que imagino que os físicos entendam bem mais que os biólogos - ainda mais os em formação.

Israel disse...

Estou deveras ancioso.

Ronaldo Paesi disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Ronaldo Paesi disse...

Oi, parabéns pelo programa, está muito interessante. Já que entraram no tema do método, gostaria de saber se planejam algum programa para falar de psicologia(talvez mais voltado para psicanálise)? Fico confuso quando tento encontrar tento encontrar as áreas da psicologia que tem um fundamento científico mais fortemente embasado.

Abraços.

Israel disse...

Por que que não convidaram os professores de epistemologia do PRÓPRIO INSTITUTO DE FÍSICA?????

Os caras são ruins, é???

Marco,

"Na filosofia da Ciência (epistemologia) não existe método [...] logo, tudo valeria"

Muito errado, mas muito errado mesmo!

Não existe O Método, um método universal. Cada área de conhecimento possui os seus métodos, que devem buscar neutralidade, ter um equilíbrio entre a descrição da realidade e a praticidade. (Laudan)

A Filosofia da Ciência não diz tamanha bobagem: vale tudo. Muito pelo contrário, ela fala em processos longos e bem difíceis para quebra e sustentação de paradigmas.
Pelo fato da impossibilidade de demarcarmos o que é ciência através de um método de testes empíricos, falseabilidade, pois deixaríamos de fora uma grande parte do que chamamos de ciências, outros critérios de demarcação são aceitos, tais como possuir linhas de pesquisa.
Lakatos explica de forma bem simples as teorias sugerindo a existência de um núcleo rígido com seu cinturão protetor.

As teorias deixam de ser aceitas, em geral, por diversos motivos concomitantes ou não. Por exemplo, após terem muitas contestações, observações contrárias, após seus cientistas morrerem etc.
-

Muito bom a questão do Marco de poder criticar a astrologia. A explicação seguinte, do Arezon, também foi boa. A questão de validação dos resultados é algo importante.

-

Muito boa a explanação do Arezon sobre o fazer ciência. A relação entre aprendiz e mestre e seu (aprendiz) crescimento.

-

Quanto a explanação (definitiva) do Jorge sobre o que é ciência:
- Pré concepções nas observações: de acordo.
- Processo de produção do conhecimento, o fazer ciência, é um processo coletivo.
Lembrando que é um processo não apenas técnico, mas político e social (ou seja, é mais humano do que técnico).
- A realidade, por mais que há divergência sobre o que isso seja, ainda é um demarcador. Se contradiz o que é real, certamente não deve ser verdade.

Quanto a questão de ser faseável e testável, foi um tiro no pé.
Vejamos:
A evolução por meio da seleção natural é testável?
As teorias a respeito da origem dos órgãos dos seres vivos são falseáveis?

A realidade sustenta a evolução das espécies? O registro fóssil corrobora o que fora previsto (há anos diziam que o registro fóssil comprovaria a evolução)? A Drosophila evoluiu (já se passaram 100 anos)?

A teoria das Supercordas, M e a Cosmologia de Branas são testáveis?

Pois então, Jorge, a tua definição foi um tiro no teu pé.

Por que o evolucionismo é ciência? Porque (ainda) têm linhas de pesquisa, possui um núcleo teórico rígido que ainda é defendido por muitos cientistas.

Há muitos anos esse projeto de pesquisa está em regressão, criando explicações ad hoc para fatos não previstos pela teoria.

-

Lembrando a ideia de revolução científica de Kuhn, temos aos poucos teorias concorrentes tendo cada vez mais adeptos. Mas, nesse caso, o buraco é mais embaixo: tem muita politicagem nisso. Qual é a prova do que eu estou falando? A péssima divulgação científica quando o assunto é Darwin.

Mas, ciência é isso mesmo, a atividade humana mais interessante que conheço. Por isso que eu sempre digo: amo muito tudo isso.

-

No mais, muito bom o programa. Poderiam ter convidado os professores da física que trabalham com filosofia da ciência, né? E quero saber o por que que não os convidaram.

Parabéns.

Israel disse...

Por que que não convidaram os professores de epistemologia do PRÓPRIO INSTITUTO DE FÍSICA?????

Os caras são ruins, é???

Marco,

"Na filosofia da Ciência (epistemologia) não existe método [...] logo, tudo valeria"

Muito errado, mas muito errado mesmo!

Não existe O Método, um método universal. Cada área de conhecimento possui os seus métodos, que devem buscar neutralidade, ter um equilíbrio entre a descrição da realidade e a praticidade. (Laudan)

A Filosofia da Ciência não diz tamanha bobagem: vale tudo. Muito pelo contrário, ela fala em processos longos e bem difíceis para quebra e sustentação de paradigmas.
Pelo fato da impossibilidade de demarcarmos o que é ciência através de um método de testes empíricos, falseabilidade, pois deixaríamos de fora uma grande parte do que chamamos de ciências, outros critérios de demarcação são aceitos, tais como possuir linhas de pesquisa.
Lakatos explica de forma bem simples as teorias sugerindo a existência de um núcleo rígido com seu cinturão protetor.

As teorias deixam de ser aceitas, em geral, por diversos motivos concomitantes ou não. Por exemplo, após terem muitas contestações, observações contrárias, após seus cientistas morrerem etc.
-

Muito bom a questão do Marco de poder criticar a astrologia. A explicação seguinte, do Arezon, também foi boa. A questão de validação dos resultados é algo importante.

-

Muito boa a explanação do Arezon sobre o fazer ciência. A relação entre aprendiz e mestre e seu (aprendiz) crescimento.

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Israel disse...

Quanto a explanação (definitiva) do Jorge sobre o que é ciência:
- Pré concepções nas observações: de acordo.
- Processo de produção do conhecimento, o fazer ciência, é um processo coletivo.
Lembrando que é um processo não apenas técnico, mas político e social (ou seja, é mais humano do que técnico).
- A realidade, por mais que há divergência sobre o que isso seja, ainda é um demarcador. Se contradiz o que é real, certamente não deve ser verdade.

Quanto a questão de ser faseável e testável, foi um tiro no pé.
Vejamos:
A evolução por meio da seleção natural é testável?
As teorias a respeito da origem dos órgãos dos seres vivos são falseáveis?

A realidade sustenta a evolução das espécies? O registro fóssil corrobora o que fora previsto (há anos diziam que o registro fóssil comprovaria a evolução)? A Drosophila evoluiu (já se passaram 100 anos)?

A teoria das Supercordas, M e a Cosmologia de Branas são testáveis?

Pois então, Jorge, a tua definição foi um tiro no teu pé.

Por que o evolucionismo é ciência? Porque (ainda) têm linhas de pesquisa, possui um núcleo teórico rígido que ainda é defendido por muitos cientistas.

Há muitos anos esse projeto de pesquisa está em regressão, criando explicações ad hoc para fatos não previstos pela teoria.

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Lembrando a ideia de revolução científica de Kuhn, temos aos poucos teorias concorrentes tendo cada vez mais adeptos. Mas, nesse caso, o buraco é mais embaixo: tem muita politicagem nisso. Qual é a prova do que eu estou falando? A péssima divulgação científica quando o assunto é Darwin.

Mas, ciência é isso mesmo, a atividade humana mais interessante que conheço. Por isso que eu sempre digo: amo muito tudo isso.

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No mais, muito bom o programa. Poderiam ter convidado os professores da física que trabalham com filosofia da ciência, né? E quero saber o por que que não os convidaram.

Parabéns.

Jeferson Arenzon disse...

Há um bom motivo para os professores do IF-UFRGS que trabalham com filosofia da ciência não terem participado do programa, mas é confidencial. Quanto ao resto:

Os autores deste blog se reservam o direito de não comentar as
mensagens do Sr. Israel. Leiam a discussão ocorrida neste
item
(e alguns outros) e tirem suas próprias conclusões.

Israel disse...

Confidencial? Tu tem coragem de escrever um troço desse? Seria melhor ter omitido isso.

Imprime os nossos comentários e coloca na porta da tua sala. (duvido!)

Eu acho que seria ter um mínimo de seriedade e compromisso com os ouvintes (principalmente com os ouvintes do IF), explicar, nem que fosse de forma resumida, a questão que levantei. Não precisa falar mal nem bem. Tantas respostas educadas e elegantes possíveis e tu simplesmente diz que é confidencial? hummmmm...

Quanto a frase "Os autores deste blog se reservam o direito de não comentar as mensagens do Sr. Israel", normal, Jef, normal.

Já estava sem esperanças mesmo, mas assim até me decepcionei.

Abraço a todos.
Deus vos abençoe.

Israel disse...

Já descobri.

Obrigado