sábado, 4 de abril de 2009

A falibilidade do Papa

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O Vaticano se disse chocado com as críticas que choveram sobre as declarações de Bento XVI sobre preservativos e AIDS: "É surpreendente, já que parece óbvio a qualquer Estado democrático que o Santo Padre e a Igreja são livres para expressar suas próprias opiniões", disse o porta-voz Federico Lombardi. Todos podem e devem ser livres para tanto, mas também devem ser responsabilizados pelo que dizem. Principalmente
quando, sob tais alegações de liberdade, costumam se esconder tentativas de limitações da liberdade do próximo (ver o episódio das células tronco, por exemplo), prática comum das religiões, e a católica não é exceção. As declarações do papa foram consideradas por líderes europeus como equivocadas, perigosas e irresponsáveis. Segundo a ministra da Saúde francesa, Roselyne Bachelot, Bento 16 "proferiu uma monstruosa mentira científica". Richard Dawkins disse que o papa ou é ignorante, estúpido ou malvado (wicked tem vários sentidos). A África tem 2/3 das pessoas infectadas atualmente no mundo. Em alguns países, a doença atinge 40% da população. Não há nenhuma dúvida (científica) de que o uso de preservativos diminui o risco de contágio, mas uma política eficiente de prevenção deve obviamente conter vários elementos, principalmente no que concerne à informação. Milhares de crianças são violentadas anualmente na África porque se acredita que sexo com virgens cura a AIDS. O Vaticano acredita, contrariamente às evidências, que os poros existentes nos preservativos deixam passar o vírus do AIDS. Com mitos como esses, é inadmissível que autoridades continuem a espalhar tamanha desinformação.

Dada então a vasta lista de equívocos, onde fica a famosa infalibilidade do papa? Obviamente isso mina a credibilidade da igreja católica, até porque existem religiões alternativas com um índice muito menor de falibilidade (quase nulo), sem falar na existência factual da sua divindade.

Seguem alguns cartoons ilustrativos...

(Jesus & Mo, original e traduzido)




(dica da Liliane, de Montreal)




Um comentário:

Jorge Quillfeldt disse...

Jef,

Esqueceste essas duas:
uma
e
outra
e

rerere....