Estamos de volta! E muito entusiasmados em ver o enorme interesse (e o carinho) de tantos ouvintes. Em 10 horas, desde a postagem do MP3, já foram mais de 150 downloads deste programa e também cerca de 80 acessos ao Guia de Estudo correspondente!
Valeu a pena esperar para postar o anúncio do programa aqui (acima) e confirmarmos toda esta expectativa. Aliás, também a adesão ao Tuíter - mais uma gota no tsunami de redes sociais que infestam a internet - mais que dobrou em poucos dias, chegando a 143, logo depois de tê-lo mencionado au passant na página do programa (e olha que nem chegamos a "mostrar o passarinho"...).
Junte-se isso aos mais de 25.000 acessos do frontdaciencia.ufrgs.br, 10 programas com mais de 1000 descargas (o menos baixado, o foi 651 vezes!) e os mais de 50.000 acessos deste blogue até agora, e podemos concluir que... nos metemos numa encrenca danada!
Alertamos aos vários ouvintes de outros estados que escreveram dizendo que lamentavam ter de "esperar a postagem do MP3 para ouvir o programa", que a Rádio da Universidade tem excelente transmissão digital estéreo pela internet, bastando clicar no linke da mesma. Tente ouvir o programa em primeira mão, antes que todo mundo, e seja@ o primeir@ a comentá-lo! O único problema é que não podemos contar essa audição.
Por fim convidamos a tod@s @s interessad@s que também usem este espaço do blogue para comentar, sugerir, criticar e até elogiar cada programa. Já ficou batido dizer que "meia hora é tempo insuficiente" e que "mal dá para pegar o gostinho do tema": é verdade, mas nossa meta não é "esgotar" cada assunto no rádio, mas estimular o interesse (daí o Guia de Estudo), provocar a discussão (daí nosso correio e este blogue), e, se possível, irritar o ouvinte incauto.
Esperamos voss@s comentários aí embaixo!
12 comentários:
Olá,
Como sempre o último programa foi bastante legal, mas não gostei das "desinformações" do mago Kronnus. Já sou mágico amador há bem mais de uma década e estes argumentos utilizados pela maioria dos mágicos são ingênuos para dizer o mínimo, e assumindo estas posturas contrariam a totalmente a idéia de que a mágica é uma ciência. A velha idéia de que: "aquele truque não é dele para que ele revelasse" é boba e simplória, movimentos de prestidigitação e técnicas de misdirection são tão propriedade de alguém quanto técnicas de malabarismo, formas de pinceladas numa obra, ou técnicas de interpretação são propriedades de alguém.
Uri Geller também NUNCA admitiu não ter poderes e até hoje diz ter poderes diversos e se vende como psíquico. Existem vários mágicos, brasileiros inclusive, que dizem ter poderes e que alegam que a mágica é real. Esta idéia de que está subentendido que aquilo é um truque é falsa e falaciosa, aliás, os mágicos no Brasil tem um preconceito enorme com a palavra truque e a grande maioria rejeita o termo totalmente, como eles mesmo dizem "quem faz truque é cachorro, eu faço mágica".
O único motivo para existir o "código de ética" dos mágicos é a herança de charlatanismo, side shows de circo, e embuste. Um segredo existe não para proteger o entretenimento, mas para proteger o engano de espectador. A idéia de que saber o segredo irá tirar a "magia da mágica" é uma idéia tão boba quanto àquela expressa por Keats, de que Newton destruiu a beleza do arco-íris ao explicá-lo. Saber o nível de habilidade necessário para embaralhar um baralho e tirar os 4 ases não tira a "magia" da mágica, e sim dá outra faceta (ainda mais bela) à mágica. Dizer que um segredo revelado impede que uma mágica seja executada ou tira a beleza da apresentação, é uma mera desculpa para a falta de habilidade de um mágico ao entreter sua platéia. Se uma criança aponta para seus aros chineses e diz "eu vi na tv, tem um aro que aberto", você não fez um bom trabalho em convencê-lo que os aros são sólidos e precisa praticar um tanto mais. Penn & Teller possuem diversos números que são feitos EXPLICANDO os truques enquanto são utilizados, e são fantásticos, entre eles recomendo o "Penn & Teller Cups & Balls" e o "Penn & Teller Explain Sleight of Hand" (procurem no Youtube).
Continuem com o bom trabalho.
Atenciosamente,
Luiz Borges
Referente ao comentário de Luiz Borges:
Obrigado Luiz pela expressão "desinformações", mas acho que você deveria garimpar um pouco mais antes de postar e também ouvir a entrevista com atenção.
1) O argumento ingênuo de "aquele truque não é dele para que ele revelasse" não condiz com o meu comentário. O que eu disse foi que caso ele inventasse algo "COMPLETAMENTE novo" ele até poderia revelar. Seria um direito dele, não falando em Mágica mas sim em propriedade intelectual, afinal sou um advogado e não posso ignorar esse fato. OAB/RS 62.691.
É claro que na minha opinião Val Valentino (MR.M) continua sendo um profissional anti-ético e repudio completamente seu "trabalho".
2)Uri Geller já disse em entrevista publicada na MAGIC que : "My claims are part of my showmanship.." afirmação que realmente não NEGA a existência de poderes, mas que claramente admite o uso de técnicas teatrais em suas perfomances.
Só para você ter uma idéia do quanto o Uri Geller se aproximou dos colegas mágicos nos últimos anos, ele chegou a receber um prêmio que só é entregue a mágicas profissionais pelas suas "grandes realizações pela arte da mágica". Ora, se isso não é admitir o uso de truques, bom então eu não sei mais de nada.
A entrevista está disponível online apenas para assinates da MAGIC. Notícias sobre este prêmio tem várias. Uma é essa aqui: http://www.magicians.co.uk/news/international-magic-award/
Quanto à sua opinião leiga sobre o código de ética da mágica, bom, é apenas a SUA opinião.
Kronnus
Respondendo ao Kronnus...
Não vim aqui para discutir, mas para expor minha visão do programa que já acompanho a bastante tempo.
Sobre a propriedade intelectual, você como advogado deve saber que mágica não está protegida por direito autoral, vide Artigo 8 da Lei 9610/98, segue trechos abaixo:
"Art. 8º Não são objeto de proteção como direitos autorais de que trata esta Lei:
I - as idéias, procedimentos normativos, sistemas, métodos, projetos ou conceitos matemáticos como tais;
II - os esquemas, planos ou regras para realizar atos mentais, jogos ou negócios;"
E ainda que houvesse algum tipo de proteção, quem detém a propriedade de uma técnica que não possui autoria conhecida (como as clássicas da mágica que você cita). Existem muitos livros descrevendo técnicas clássicas (Robert-Houdin, Hoffman, Erdnase, Bobo, Hugard, Stanyon, Annemann, etc) mas muito poucos trazendo técnicas totalmente originais.
Ah, e antes que você alegue o artigo 154 do cógigo penal, lembre-se que até mesmo você disse que qualquer pessoa pode ter acesso a mágica, não depende de função, cadastro ou indentificação, basta entrar numa loja ou livraria, "são portas fechadas mas não trancadas..."
Não vou nem comentar a respeito do Uri Geller, ele continua se vendendo como psíquico, independente de UMA frase dita numa revista de público extremamente restrito.
Finalizando, nada contra você, já vi algumas coisas suas e sei que é um ótimo mágico (já conhecia sua fama no fórum Magico Amador), mas caracterizar meus argumentos como "opinião leiga" não faz os seus argumentos terem mais valor do que qualquer outra pessoa, na ciência não existe autoridade. Isso são apenas falácias...
Prezado Luiz
Respondendo: A mágica é protegida sim pelas leis de direitos autorais. Na ocasião de algo COMPLETAMENTE NOVO pode sim ser patenteado. A patente é de invenção. É claro que o uso de técnicas como o "empalme clássico" não se aplica, porém as ilusões "per se" (por ex. Zig Zag Lady de Robert Harbin. Uma ilusão clássica revelada por MR.M que é patenteada) são sim protegidas por patente. A lei que você menciona também é aplicável sim, porém o mais comum é aplicação complementar de normativas da OMPI da qual o Brasil é membro e signatário de diversos acordos internacionais bem como as leis nacionais da propriedade industrial. Caso tenha interesse no assunto recomendo o livro: http://www.amazon.com/Law-Magic-Collection-Christine-Corcos/dp/1594603553
Eu li. Leia também, é muito bom.
E quanto a Uri Geller CONFORME EU COMENTEI NA ENTREVISTA admitiu o uso de truques DENTRE seus colegas mágicos e não para o grande público.
Quanto a sua opinião, a minha continua a mesma.
Patente é uma coisa, direito autoral é outra. Não há forma alguma de se patentear uma técnica usada em mentalismo ou um passe de prestidigitação. Apenas objetos mágicos e ilusões poderiam (o poderiam é importante) ter patente.
Ah, meu comentário não foi em defesa desta ou daquela pessoa (muito menos do Mr. M), foi apenas em relação a idéia que você postulou, "aquele truque não é dele para que ele revelasse".
Luiz Borges
PS: Durante os mais de 10 anos que estudei, pesquisei e pratiquei mágica nunca encontrei um único caso julgado concedendo direto autoral na mágica.
Eu também não estou defendendo ninguém aqui, apenas o fato de que as informações que prestei são corretas.
Quanto ao Mr. M, caso ele tivesse inventado a Zig Zag Lady, ele poderia ter revelado. No entando ele revelou e a invenção era de Harbin. Além de ser uma atitude moralmente errada, é também legalmente condenável.
Para esclarecer: direito autoral e propriedade industrial formam a propriedade intelectual.
Sobre casos, o fato de você não conhecer nenhum não prova que eles não existem. Recomendo o livro que mencionei.
Sobre Uri Geller, você estava errado quando disse que ele NUNCA admitiu o uso de truques, pode ter sido uma frase, uma entrevista, uma convenção ou apenas um prêmio, mas já é suficiente para admitir entre seus colegas mágicos.
Eu também não estou defendendo ninguém aqui, apenas o fato de que as informações que prestei são corretas.
Quanto ao Mr. M, caso ele tivesse inventado a Zig Zag Lady, ele poderia ter revelado. No entando ele revelou e a invenção era de Harbin. Além de ser uma atitude moralmente errada, é também legalmente condenável.
Para esclarecer: direito autoral e propriedade industrial formam a propriedade intelectual.
Sobre casos, o fato de você não conhecer nenhum não prova que eles não existem. Recomendo o livro que mencionei.
Sobre Uri Geller, você estava errado quando disse que ele NUNCA admitiu o uso de truques, pode ter sido uma frase, uma entrevista, uma convenção ou apenas um prêmio, mas já é suficiente para admitir entre seus colegas mágicos.
Achei um post no Magic Cafe de 2008 que discorda disso, sei que não é uma fonte primária, mas como quem está alegando que existe a patente é você, e quem está pesquisando sou eu já é bastante:
"If the various mechanical aspects of Harbin's "Zig-Zag" had been patented, that patent would have expired in 1987 - 20 years ago. Harbin did not patent the "Zig-Zag" illusion, but if he had, his protection under patent law would long be gone. The copyright of the Harbin book will remain legally effective until sometime in 2027 (if I recall correctly); after that, anyone (likely Dover) can create copies for sale in printed (or e-book) form."
O argumento da família de Harbin contra a Fox é exatamente esse que você mencionou. A patente teria ficado pendente mas foi requerida em função da publicação em de de seus inumeros livros. Podes encontrar mais sobre o assunto no Conjuring arts Research center. Não conheço o desfecho da ação judicial, se é que ela já encerrou.
Quanto as patentes, a busca é livre no site do escritório americano de patentes e tem muitos números de mágica patenteados lá.
Aqui tem uma delas:
http://patft.uspto.gov/netacgi/nph-Parser?Sect1=PTO2&Sect2=HITOFF&u=%2Fnetahtml%2FPTO%2Fsearch-adv.htm&r=4&f=G&l=50&d=PTXT&p=1&p=1&S1=TENYO&OS=TENYO&RS=TENYO
Chega de bate e rebate, eu nunca disse que não se pode patentear objetos mágicos, pelo contrário, objetos PODEM ser patenteados (podem aqui é importante, nem tudo pode), leia meu comentário acima. O que eu disse depois foi que NUNCA vi uma ação judicial garantindo direito autoral (que não é o mesmo que patente) por uma técnica ou método de mágica...
http://patft.uspto.gov/netacgi/nph-Parser?Sect1=PTO2&Sect2=HITOFF&u=%2Fnetahtml%2FPTO%2Fsearch-adv.htm&r=4&f=G&l=50&d=PTXT&p=1&p=1&S1=(TENYO+AND+MAGIC)&OS=TENYO+AND+MAGIC&RS=(TENYO+AND+MAGIC)
Luiz, se você ouvir a entrevista, eu só estou defendendo o que afirmei. Quanto aos casos de patente, copyright e direito autoral posso digitar alguns no futuro, visto que o livro não está online.
Não estou querendo discutir contigo. Você me acusou de prestar desinformações sobre um assunto ao qual dedico toda minha vida e pesquisa, só estou tentando provar que minhas alegações tem fundamento sim.
Postar um comentário